O relógio marcava pouco mais de quatro da manhã, mas Ícaro sabia que aquela noite foi só a prévia de dias turbulentos. As palavras de Alberto ecoavam em sua mente como um alerta sombrio.
Até onde Fernando estava disposto a ir? A tentativa de assassinato dentro do hospital, a armadilha óbvia para manchar sua reputação, a presença de um profissional invisível às câmeras… nada daquilo indicava indicava o que estava depois da neblina.
Ele sentiu o peso da responsabilidade de proteger sua mulher se fechando ao seu redor, e a única certeza que tinha agora era que precisava descobrir o próximo passo antes que fosse tarde demais.
- Se Astrid sabia que sua vida estaria em jogo, ela é mais louca do que eu pensava. – Alberto falou, o chamando de volta a conversa. Seu irmão flexionou as costas e pernas. – O Fernando já deve saber a verdadeira identidade da Bastos, toda essa manobra é para te desqualificar e denegrir frente a sociedade e para a mulher que ele quer de volta. Qual garota traumatizada ficaria com um homem violento e perigoso?! É esse lado que o procurador quer que todos vejam, para que quando ele tiver a esposa de volta...
- Não repita isso! Nunca mais diga uma coisa dessas!
- Pare com essa sensibilidade piegas, usei esse termo porque legalmente ela ainda está casada com o procurador. – o telefone de seu irmão começou a tocar. – É o Samuel, preciso atender.
- Vou ver como Amélia está. – respondeu Ícaro se levantando.
Ainda não tinham conversado sobre o que estava acontecendo, na noite anterior só deu uma rápida explicação sobre a situação e já desceu para o escritório. Ele pediu que Samanta ficasse com ela essa noite, porque não queria Amélia sozinha enquanto mais um conflito acontecia.
Subiu as escadas rapidamente e se dirigiu ao seu quarto. A porta estava aberta e o som da conversa delas chegava ao corredor.
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