Vitório
A chuva açoitava a vidraça de seu escritório, lá fora o mundo estava desabando. Observando os raios e trovões, decidiu ficar mais uma noite no sofá do escritório.
A escolta de Lucila enviava informativos a cada meia hora, portanto não precisava se preocupar com a segurança dela. Na verdade, sair de casa foi a decisão mais assertiva em relação a ela.
Com tudo o que estava se passando, ficar longe de Lucila era a forma mais efetiva de protegê-la. Mesmo que isso causasse uma ruptura irremediável nessa relação fantasiosa.
O escândalo do retorno de Astrid Darius estava revirando a Acrópole e as vidas pessoais de todos os Darius. A situação na holding ainda era delicada, os investidores estavam inseguros devido à repercussão do caso, e exigiam medidas de estratégia financeira.
Não foi fácil elaborar um plano de contingência em um período tão curto, mas as lições de seu pai se provaram mais valiosas que qualquer diploma na sua gaveta.
Enfim, era possível respirar sem a corda no pescoço.
A única coisa que ainda permanecia perturbando cada segundo de sua existência era aquela mulher imprestável. Ainda não acreditava em sua ousadia e atrevimento; tinha que reconhecer que a autoconfiança de Astrid era inquestionável.
Ela realmente acreditava que ainda possuía algum poder sobre ele, pensava que ainda poderia usar o passado como moeda de troca. Ele riu, se servindo de Bourbon.
Pagaria para ver a cara daquela vagabunda quando percebeu que acabou, que não havia mais como chantageá-lo. Vitório sabia onde ela estava e informou ao Alberto, que estava lidando com as questões mais pessoais de Ícaro.
Quando os homens de seu irmão mais novo chegaram no hospital, ela já tinha desaparecido sem deixar rastros. Aparentemente, Fernando Vidal enviou alguém mais cedo para buscá-la, e foi nesse momento que ela se apavorou e fugiu.
Isso provava que ela não sabia da armação. Mas sem Astrid para invalidar as acusações, as coisas ficavam mais lentas para provar a veracidade dos fatos.
Vitório recebeu uma mensagem. Seu assistente no clube informou que ele foi convidado para uma sessão. Todos os sócios conheciam sua atuação e preferência, convites como esse não eram incomuns mas também não eram frequentes.
Uma dominatrix adentrou a sala, usando apenas uma gravata de seda e botas de cano alto, ela puxava uma corrente dourada onde estava presa à coleira de sua escrava. A garota foi colocada no centro no palco de vidro, a dominatrix se virou e puxou uma segunda corrente, um escravo homem.
Ambos estavam usando capas de veludo vermelho, e somente sua dona usava máscara. Ela puxou seu capuz, revelando o rosto deles. Vitório se levantou de uma vez, pronto para correr até o palco.
A garota se moveu exibindo o restante de seu corpo, não havia uma marca de nascença em seu seio. Ela não era Lucila. A semelhança de seus rostos quase o fez cometer uma loucura.
A dominatrix começou a sessão despindo totalmente seus escravos e os colocando de joelhos. Vitorio olhava fascinado para aquele rosto delicado de olhos azuis, obedecendo com prazer tudo o que era mandado.
Não pode evitar pensar em sua jovem em bela esposa fazendo exatamente o que a escrava fazia, só que com ele. Pensar em Lucila dessa forma era muito depravado, mas não podia evitar.
Aquele escravo fodia aquela menina de rosto angelical com tanta vontade, enquanto ela chorava com as chicotadas e beijos de sua dona. Vitório estava alucinado de desejo, já não sabia se era uma boa ideia ou não vir a Masmorra essa noite.

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