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A Estagiária Gordinha do CEO romance Capítulo 164

Amélia

Digitou uma resposta pela enésima vez e apagou. Não sabia o que dizer a Lucila. Ela estava preocupada com o marido, e todos os dias pedia informações sobre ele.

Vitório estava sobrecarregado na Acrópole em razão de tudo o que estava acontecendo com Ícaro, mas Lucila insistia que ele estava diferente, que alguma coisa estava acontecendo com ele desde que saiu de casa.

- Ainda não respondeu para ela? – Ícaro perguntou, adentrando a cozinha, vestindo somente uma cueca cinza grafite.

Amélia levou a caneca de café e o copo de suco para a mesa.

- Eu não sei o que dizer. – respondeu, se sentando de frente para ele.

- Já disse para dizer a verdade. Vitório nunca escondeu sua participação ativa no clube. Diga a ela que ele estava na Masmorra ontem a noite.

- Não quero magoar minha amiga. O que a Lucila sentiria se soubesse que ele estava no clube transando com a submissa que ele divide com o canalha do Alberto.

- Isso é um assunto deles. O que acontece na Masmorra é privado e consensual, não tem nada lá que mereça julgamentos ou represálias. – ele respondeu provando o café.

- Se é assim, por que nunca me levou até lá? – ela perguntou, encontrando seu olhar cansado.

Ícaro estava trabalhando incansavelmente para resolver o problema que Fernando criou. Ele praticamente não dormia, e o pouco que comia, era por insistência dela.

- Porque eles não são dignos de olhar para você. – respondeu seriamente. – Nunca permitiria que você fosse até lá. Por mais respeito que possa haver entre os sócios, se alguém olhasse para você com malicia, eu seria obrigado a quebrar os seus pescoços.

- Está me dizendo que eu não posso ver o que fazem lá porque você tem ciúmes possessivo?

- Entenda como quiser, pequena. – ele respondeu terminando o café. – Eu serei somente o seu Mestre, e você será minha única e exclusiva submissa. – Ícaro se levantou, e abraçou seus ombros, beijando seus cabelos. – Posso te mostrar tudo o que há para se descobrir no clube, mas aqui, na nossa casa, longe das vistas de outras pessoas que possam te cobiçar.

- Você é ciumento e pervertido. – ela constatou divertida. – Não vejo a hora desse primeiro trimestre acabar, Mestre.

- Não tenha pressa, temos todo o tempo do mundo. – um beijo profundo e faminto foi arrancado de seus lábios, e em seguida ele se endireitou para subir para o quarto. – Responda sinceramente a Lucila, ela merece a verdade.

- Vou responder.

- É claro... – respondeu, se levantando de prontidão.

Um carro escuro estava estacionado em frente a garagem, ela reconheceu o modelo e a placa. Era o carro do filho de Lola, um rapaz que deu muito trabalho para a mãe, mas que agora estava se redimindo enquanto lutava contra o câncer.

- Lola, está tudo bem com o seu filho? – ela perguntou tentando enxergar através dos vidros escuros.

- Não, você ... você poderia ficar com ele enquanto eu... – Lola fungou, retorcendo as mãos. – Enquanto aviso Ícaro que preciso levar o meu...filho ao .. hospital.

- É claro. Pode ir tranquila, eu fico com ele.

Lola puxou a maçaneta da porta traseira para que Amélia entrasse. Mãos ágeis e fortes a agarraram.

- Eu..sinto muito.. – a voz de Lola foi abafada pela porta fechada.

Ela tentou lutar contra o homem que a agarrava, mas seus esforços se tornaram inúteis quando um pano com um cheiro forte foi pressionado contra suas narinas.

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