Alberto
Ticiano olhava para mim com a expressão mais desagradável que já havia apresentado durante todos esses anos que se conheciam. Camila, por outro lado, parecia se divertir com o que estava acontecendo.
“Essa maluca do caralho.” Ele pensou irritado.
- Não posso fazer isso, Camila. Você terá que abrir mão de ser Catarina na Masmorra de qualquer forma, então que seja agora.
- Eu sei disso, Alberto. E é exatamente isso o que Ticiano e eu queremos. Vou abandonar a Masmorra permanentemente.
- Está falando sério? – ele perguntou, provando se café.
Combinaram aquele café da manhã na Acrópole por motivos profissionais, porém havia uma questão pessoal pairando entre eles. A suposta posição de submissa de Catarina, que Camila representava na Masmorra Diè.
Camila escolheu usar um pseudônimo enquanto estivesse como submissa para proteger sua postura de CEO do grupo Camargo.
- Estou, mas preciso que faça isso por mim.
- Não vou fazer mais isso, porra. – Alberto, pediu mais um café preto sem açúcar. – Sabe bem o problema que me arrumou com a minha mulher? Ela pensa que você é minha submissa.
- Explique a verdade a ela. – Ticiano respondeu com uma carranca.
- Samanta está irredutível. Principalmente porque viu o Vitório me acompanhando nas últimas vezes que você esteve lá. Ela acha que dividimos a mesma mulher. – Alberto falou com um esgar repulsivo.
- Você não pode estar falando sério? – Camila soltou uma risada. – Por mais que adoro todos os Darius, eu nunca pensei que minhas provocações seriam vistas com tanta importância.
- Eu disse a você que passava a impressão errada para as pessoas. – Ticiano expirou irritado. – Quando nos conhecemos na empresa, também pensei que você estava dormindo com o Alberto.
Camila riu ainda mais, chegando a brotar lágrimas em seus olhos.
- Desculpa, amor, mas é muito divertido pensar na cara que você fez quando acreditava nisso.
- Não é engraçado Camila. – Ticiano a advertiu. – Acha louvável que pensem que você está trepando com dois irmãos ao mesmo tempo?!
- Pare de repetir isso. – Alberto sibilou, removendo os óculos de grau.
Ele não precisava usá-los frequentemente, mas como estava trabalhando demais, o objeto virou seu companheiro fiel.
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