Amélia
O som de música clássica trouxe um terror pavoroso à Amélia. No passado, as variadas sinfonias eram cortadas por seus gritos de dor. Seus olhos se abriram desesperada para ser somente um pesadelo, mas não era.
O quarto luxuoso com decoração renascentista fez o seu estômago se revirar. Ela se levantou lentamente, procurando pela presença de seu algoz, mas não havia ninguém por perto.
Amélia correu até a janela, estava no segundo andar e não havia sacada. Se pulasse, poderia machucar ou perder o seu bebê. Procurou pelo jardim enorme por algo que pudesse ser seu fio de esperança para escapar.
Mas a estrutura familiar da fonte e o formato das vegetações, fizeram seus olhar se deter na estrutura de madeira mais a frente. Um anexo pequeno, de madeira branco, um lugar que foi construído para Melissa quando ainda era só uma garotinha.
- Não pode ser... – disse, observando melhor o quarto.
Entrou no closet e encontrou peças de suas roupas antigas, e alguns vestidos novos de grife. Sapatos de salto alto e chinelos de banho.
Esse lugar... esse lugar era...
- Finalmente você acordou. – a voz de Leonora a precedeu antes que ela adentrasse completamente o quarto.
Paralisada, completamente chocada, Amélia sentiu seu corpo ceder na beirada da cama.
- Não faça essa expressão tão desagradável. Achou que eu nunca a encontraria? – Leonora caminhou pelo quarto com sua postura ereta e altiva.
Seu tailleur azul inverno destacava seus olhos verdes. Os salto agulha a deixavam ainda mais alta e elegante. Amélia se encolheu sentada na cama, sem compreender por que estava ali.
Essa mulher odiava tudo o que sua filha biológica representava, e agora se deu ao trabalho de sequestrá-la. O que estava acontecendo?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A Estagiária Gordinha do CEO