A imagem no espelho refletia uma mulher decidida e convicta. Os olhos castanhos esverdeados eram firmes e determinados no reflexo do espelho. O mesmo ímpeto flamejava em seu interior.
O vestido verde esmeralda se moldou ao seu corpo como uma luva, as sandálias de tiras de couro eram trançadas nos tornozelos, finalizando o conjunto elegante.
Amélia só usava um par de brincos de ouro branco com diamantes, que foi um presente de Ícaro. Ela passou a mão em suas orelhas, se lembrando do gesto sedutor, quando ele mesmo colocou as joias ali.
Ele deve estar muito preocupado com ela, e como o bebê. Levou as mãos ao seu ventre, o alisando suavemente.
- Não importa o que está nos esperando lá embaixo, eu serei uma boa mãe para você e vou te proteger de qualquer coisa, meu amor.
A imagem no espelho refletia uma mulher decidida, convicta. Os olhos castanhos esverdeados eram firmes e determinados no reflexo do espelho. O mesmo ímpeto flamejava em seu interior.
Uma onda de revolta percorreu seu peito, inflando seus pulmões com uma força que jamais imaginara possuir. As feridas do passado ainda ardiam em sua alma, mas não seriam elas que a manteria esmagada sob os sapatos de seus abusadores.
Não mais.
O medo, antes uma sombra sufocante, agora se dissipava diante da chama ardente que Ícaro acendera dentro dela. O milagre que crescia em seu ventre era prova de que ela tinha algo mais precioso do que qualquer dor; uma razão inquebrantável para lutar. Se o mundo quisesse desafiá-la, que tentasse. Ela não se curvaria. Com o bebê em seus braços, ela renasceria das cinzas, invencível e vitoriosa.
Uma batida na porta, fez Amélia verificar as horas no relógio da parede. Ainda faltava uma hora para o prazo que ela deu.
- Ainda não estou pronta, Leonora. – respondeu friamente.
A maçaneta girou lentamente, e alguém entrou fechando a porta atrás de si. Amélia achou que fosse aquela mulher que veio insultá-la uma vez mais. Por isso não se voltou, e continuou passando o batom nude nos lábios.
- Eu não sou mais a Melissa, e não sou mais a sua filha. – respondeu cruzando os braços no peito, para impor distância.
- Sei o que você deve pensar sobre mim, e você tem razão. – Aurélio alisou o rosto dela com as costas das mãos. – E não espero que me perdoe, só quero ficar perto de você. Nem que para isso eu tenha que ver sua mãe novamente e retornar para essa casa.
- O que você quer dizer com isso? – Amélia perguntou desconfiada.
- Sua mãe impôs uma condição para que eu pudesse te ver de novo. – Aurélio se sentou na poltrona, ficando de frente para Amélia que estava sentada na beirada da cama. Ele pegou as mãos dela entre as dele. – Eu nunca pensei que ela te encontraria antes de mim. Segui uma pista do seu paradeiro até São Paulo, mas deu em outro beco sem saída.
- Então era isso o que estava fazendo naquele restaurante?

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