Suas mãos se fecharam. “Ela não está aqui. Não pode dizer ou fazer nada para me diminuir.” Pensou ela.
- Amélia? – Ícaro chamou.
- Minha mãe não me via como a filha que ela idealizou. Ela odiava ter uma filha gorda, completamente fora dos padroes. – soltou de uma vez.
- Pela sua resposta, vocês não se davam bem.
- Acho que ela não foi capaz de relevar meus defeitos.
- O que quer dizer?
- Ela queria uma filha perfeita. Uma copia de sua própria imagem, para ser moldada de acordo com sua vontade.
- Imagino que ela foi tirana desde o início.
- Sim. Ela não aceitava nada menos do que a perfeição. E eu, nunca fui o suficiente para sequer agradá-la.
- Tomou a melhor decisão em cortá-la da sua vida.
Ícaro fez uma cara de desgosto ao pronunciar aquela frase. Era como se ele soubesse como Leonora Rockfeller destruiu a autoestima da própria filha.
O garçom chegou com os seus pedidos. Aumentando o tempo do silêncio sepulcral. Amélia olhou para o prato de raviolle a cogumelos flambados.
A voz de Leonora praticamente gritava dentro de sua mente. “Sabe quantas calorias tem essa porcaria?! Você só come o que não deve! Joguem isso no lixo, e tragam uma salada verde para ela, agora!”
- Algo errado com o seu prato. – o toque das mãos dele, a voz e a presença de Ícaro exorcisava seus fantasmas. Amélia se sentiu grata por ter alguém assim.
- Não... eu so... – Levantou a cabeça, encontrando o refúgio dos olhos dele. – estava pensando em algumas coisas.
- Como o que?
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