Aqui estou eu, indo em direção a casa que deveria ser o meu lar, o local que eu idealizei viver com o amor da minha vida depois da faculdade, o local que eu pensei em ter um futuro com ele.
Como algo que era bom, se transformou nessa sujeira de traições, decepções e agressões? Como alguém como o Rodrigo, que era tão calmo, tão companheiro e tão amigo, deu lugar a alguém tão possessivo, tão agressivo e tão covarde?
Eu ainda o amo tanto, eu queria que isso passasse apenas de um pesadelo, e que eu pudesse acordar, ir pro meu trabalho, e receber a mensagem de bom dia dele, dizendo que estava com saudades, ou uma ligação no meio do dia, pedindo um tempo pra nós dois.
Nossa vida era corrida, mas éramos felizes, pelo menos eu achava que éramos, mas alguém que é realmente feliz com outra pessoa, não trai, não mente, não coloca tudo a perder.
Já estava de noite quando estacionei o carro em frente a casa dele.
Eu fiquei um bom tempo dentro do carro, tentando criar coragem pra tocar a campanhia e falar o que precisava ser falado.
Fiquei lembrando do dia em que ele havia me levado pra conhecer a casa pela primeira vez, ele havia sumido o dia todo, e isso fez eu desconfiar dele, mas ali eu já estava sendo enganada, e a compra da casa foi só uma forma de tirar o meu foco da traição dele.
- Que fim triste foi o nosso Rodrigo, falei com pesar, tentando segurar as lágrimas.
Quando finalmente eu criei coragem, eu desci do carro, o travei e toquei a campanhia.
Eu sabia que pelo fato da casa ser grande, ele iria demorar a atender, então só toquei a campanhia duas vezes, uma seguido da outra pra ter certeza que ele ouviria.
Três minutos depois, ele abriu, apenas de bermuda, ele parecia estar vendo um fantasma.
Rodrigo: Mel? O que faz aqui? perguntou surpreso.
- O seu rosto está horrível, falei olhando pro nariz dele. Posso entrar?
Rodrigo: É claro, entra, me dá as chaves do seu carro, eu vou colocá-lo pra dentro, não é bom deixar ele do lado de fora.
- Eu não pretendo demorar.
Rodrigo: Mesmo que não demore Mel, é bom guardá-lo.
- Tudo bem, falei dando as chaves pra ele, e fiquei o analisando, enquanto ele colocava o meu carro pra dentro.
Assim que ele guardou o carro e fechou a casa, ele me encarou, e eu senti um leve frio na barriga.
Eu sei o quanto fui forte, tentando evitar o Rodrigo por todo esse tempo, apesar das milhares de vezes que senti falta do beijo e do toque dele.
Rodrigo: Vamos entrar?
Eu apenas concordei com a cabeça.
Cada cantinho da casa me fazia Lembrar da alegria que senti quando o Rodrigo me mostrou ela dizendo que era nossa.
Assim que entramos na área interna, percebi que a casa estava lindamente mobiliada, e com certeza havia um toque da Laura, pela harmonia na decoração.
Rodrigo: Você quer beber algo? perguntou indo em direção a cozinha.
- Sim, um suco se tiver.
Eu sentei nos bancos da bancada, enquanto ele nos servia com suco de maracujá, que era o meu preferido.
Ele ficou de frente pra mim, e eu respirei fundo antes de entrar no assunto.
- Primeiro eu vou escutar tudo o que você tem pra me falar, depois eu vou falar tudo o que está preso na minha garganta, e vou tentar tirar todas as suas dúvidas, mas quero deixar bem claro que não existe nenhuma possibilidade da gente reatar o nosso relacionamento, e se em algum momento eu ver algum sinal de descontrole, eu vou embora e nunca mais eu vou olhar na sua cara, entendeu?
Rodrigo: E qual é a lógica da conversa, se você não tem nenhuma intenção de voltar pra mim?
- Você passou esse tempo todo ligando pra mim, foi ao meu prédio mesmo eu falando pra não ir, me fez passar vergonha, tudo isso pra chamar a minha atenção, agora você a tem, eu estou aqui, e vou ouvi-lo, mas isso não vai mudar nada entre a gente.
Rodrigo: Não faz isso com a gente Melissa, não joga fora assim o nosso relacionamento por conta de um erro.
- Um erro? Você mentiu por dias, fez eu me passar por louca, disse que eu estava vendo coisa onde não tinha, me traiu várias vezes em momentos diferentes, e ainda comprou essa casa pra tirar o meu foco das traições que você estava cometendo. Não foi só um erro, e não foi eu que joguei o nosso relacionamento fora.
Rodrigo: Você não sabe o quanto eu lutei contra mim mesmo pra fazer a coisa certa Melissa.
- E porquê não fez?
Rodrigo: A Yanka ficava desfilando dentro de casa praticamente nua, de camisola, ela infernizou a minha vida até eu ceder, eu falei com a minha mãe a respeito, na tentativa dela fazer algo pra impedir da Yanka ficar se exibindo, mas foi em vão.
Eu comprei essa casa pra proteger o nosso relacionamento, não foi pra esconder nada de você.
- Mas escondeu, você destruiu o meu coração Rodrigo, e eu não me vejo em um relacionamento em que uma pessoa não respeita e nem valoriza a mulher que eu sou.
As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, pois falar sobre o mau que ele me causou, era muito doloroso pra mim.
Rodrigo: Eu não sei mais o que eu posso falar ou fazer pra você me perdoar.
- Você me deixar livre, parar de insistir em algo que não tem mais volta já é um bom começo.
Rodrigo: Você quer ficar livre pra fuder com aquele filho da puta do Diego não é?
Perguntou com a voz alterada.
Eu desci imediatamente da cadeira na intenção de ir embora, mas ele deu a volta na bancada e segurou a minha mão.
O simples toque da mão dele na minha, fez a minha pele arrepiar.
Eu sentia saudades, mas eu sabia que eu não podia me deixar levar pela emoção e colocar em risco toda a evolução que tive nesses três meses.
Rodrigo: Espera Melissa, desculpa.
Eu não consigo falar desse cara sem sentir raiva.
- Eu não vim aqui pra falar dele Rodrigo, eu vim aqui pra colocar um ponto final na nossa história da maneira correta.
Ele puxou a minha mão, deixando nossos corpos próximos um do outro, e eu pude olhar no fundo dos olhos dele, e tentei achar pelo menos um pouco do cara que havia ganhado o meu coração, mas tudo o que eu vi foi um olhar sombrio e triste.
Rodrigo: Você não me ama mais?
A pergunta dele atravessou o meu coração, me deixando ainda mais emotiva e frágil.
Eu desviei o meu olhar, na tentativa de esconder o que realmente eu estava sentindo.
Rodrigo: Olha pra mim Mel.
Ele pediu de maneira branda, calma mais ao mesmo tempo havia uma certa súplica no pedido dele.
Eu chorei ainda mais, pois eu não queria me sentir tão vulnerável a ele.
Rodrigo: Por favor, olha pra mim.
Quando eu o olhei, eu consegui ver o desespero no olhar dele.
Rodrigo: Eu escondi tudo de você, por medo de te perder, e você não sabe o quanto eu me culpo por isso.
- E o que adiantou? você me perdeu da mesma forma.
Ele segurou a minha cintura, me puxou pra mais perto ainda, deixando a boca dele bem próxima da minha, e o meu corpo todo estremeceu.
- O que você está fazendo Rodrigo? perguntei totalmente sem forças pra lutar.
Eu o queria tanto, mas eu sabia que eu não podia, e mesmo assim eu me mantive presa nos braços dele, sentindo nossas respirações descompassadas.
Rodrigo: Eu estou tentando fazer você ver e sentir o quanto eu te amo, e o quanto você me faz falta Melissa.
Foi então que ele me beijou.
Um beijo desesperado, intenso e cheio de saudades, e eu não fiz nada pra impedi-lo.
Só eu sabia o quanto eu senti falta daquele beijo, do toque dele, do cheiro dele, de tudo.
Ele começou a desabotoar a minha camiseta, me deixando apenas de sutiã, e a nossa respiração começou a ficar pesada, e eu comecei a ficar molhada.
Ele intensificou o nosso beijo, como se tivesse com medo de eu escapar dos braços dele, mas nesse momento, eu não estava pensando mais em nada, eu queria apenas sentir pela última vez o corpo dele junto ao meu.
Rodrigo: Eu te amo tanto Melissa, falou tirando o meu sutiã, e logo depois começou a chupar os meus peitos.
Eu joguei a minha cabeça pra trás, totalmente vulnerável ao toque dele.
Ele desceu e tirou o meu short e a minha calcinha, me levou novamente até o banco da bancada, e me sentou lá totalmente nua, e exposta.
Ele se encaixou entre as minhas pernas, e eu senti o quanto ele estava excitado e pronto pra mim.
Lá no fundo, eu sabia que eu iria me arrepender de tudo, mas eu fui em frente, sem pensar nas consequências do meu descontrole.
Ele colocou o pênis pra fora, e meteu inteiro dentro de mim.
Eu não tenho palavras pra explicar o que eu senti, o meu corpo inteiro reagiu a isso, me fazendo gemer e me entregar de corpo e alma.
As estocadas dele foram fortes, e ouvi-lo gemer a cada vez que entrava e saía de mim, fez eu delirar de prazer.
Ele me pegou no braço, me colocou em cima da bancada, abriu as minhas pernas e começou a me chupar, o orgasmo veio de forma avassaladora, eu gemi descontroladamente na boca dele.
Ele me desceu da bancada, me encostou na parede da cozinha, me deixando de costas pra ele, e meteu todo o comprimento dele na minha bunda, enquanto os dedos dele começaram a me masturbar.
A minha vagina estava pulsante ainda pelo orgasmo que eu havia acabado de ter, e enquanto ele me penetrava por trás, eu voltei a sentir outro orgasmo chegar, de maneira ainda mais intensa que o primeiro.
Ele aumentou as estocadas, de maneira violenta, segurou nos meus dois peitos, e então o orgasmo chegou pra nós dois.
Eu senti todo o gozo dele no meu ânus, enquanto as minhas pernas estavam trêmulas.
Ele voltou e me virar pra ele, e me encarou.
Havia uma pontinha de esperança no olhar dele, mas não existia nenhuma chance de eu mudar de ideia.
- Toma banho comigo?
Eu apenas concordei.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A filha do meu padrasto (Depois da verdade)
Tô aqui no capítulo 39, sei que o livro já terminou, mas espero sinceramente que a autora de uma chance ao Matheus, o Rodrigo é muito escroto, esse tipo não tem cura...
Adorei o primeiro livro, mas AMEI o segundo! Parabéns!!!...
Ameiiiiii !!!!!...
Gostei muito , porém poderia fazer mais um edição com o Demetrio para junto dar detalhes do futuro da Yanka e da Melissa. Sofreram tanto em 2 livros e não tem detalhes do final...