A Noiva Inocente do CEO romance Capítulo 29

Parte 1...

Kostas olhou para o relógio pela quarta vez desde que terminara de se arrumar e ela ainda não havia saído do banheiro. Estava mais do que curioso com a esposa trancada há mais de meia hora.

De quanto tempo precisaria para vestir duas peças de roupa?

Nathaly tinha nascido rica, mas dava sinais de que não estava acostumada a essa riqueza, o que seria impossível visto que era a única herdeira de tudo.

A soma em dinheiro que havia depositado era grande e ainda assim ela retirara tudo, mas não tinha comprado uma única peça de roupa. O closet não tinha quase nada, com exceção de algumas calças jeans sem graça e outras peças comuns.

Com certeza o tio se encarregara de deixá-la amparada e com empregados para cuidar dela quando criança. Deve ter tido muitos mimos feitos pelos empregados para satisfazer a boneca de Yago Demétriou.

No entanto, a encontrou na cozinha parecendo uma qualquer comendo um lanche simples que ela mesma havia feito. Uma coisa não batia com a outra. Não parecia a mesma que o tio vendera a imagem.

Quando aceitou se casar com ela levou em consideração sua beleza física e seu desejo por descobrir o que ela escondia naquele comportamento fechado e desinteressado que demonstrou.

Ficou intrigado achando que seria um charminho para atrair sua atenção. Mas então descobriu que ela era mesmo tímida. E ser virgem não entrava no conceito que tinha dela como herdeira fútil e mimada. Esperava que fosse chata, egoísta e safada.

Não estava batendo.

Já estava de saco cheio de imaginar o que havia de errado com ela. Impaciente foi até o banheiro e empurrou a porta sem bater. Ela se virou para ele com o estojo de maquiagem na mão. Ficou pasmo.

Nathaly estava maravilhosa. Usava a saia preta que mandara, mas a blusa havia sido trocada por uma colada ao corpo que realçava seus seios pequenos em um decote generoso, mas era mais comprida e não mostrava a pele.

O rosto com uma maquiagem leve destacava os lindos olhos azuis escuros e a boca bem feita com um tom vermelho, o que fez o oposto do que ele queria para provocá-la e aborrecê-la.

Ela não parecia uma desclassificada vulgar apesar da roupa, estava parecendo uma ninfeta sedutora com ar de inocência. Isso iria lhe trazer problemas com certeza.

Com a boate cheia ela chamaria a atenção muito mais do que ele queria. Teria que levar seus seguranças para o caso de precisar retirá-la de algum admirador mais assanhado com sua aparência.

“Merda!”

Estava se sentindo possessivo com relação a ela e isso não era bom. Ele nunca havia se incomodado com o que suas amantes vestissem ou se atraíam o olhar de outros homens, mas com ela não gostou desse pensamento.

— Por que me olha com essa cara de reprovação - fechou o estojo — Foi você quem me obrigou a usar esse pedaço de pano.

— Não está usando o top que escolhi - quis continuar na direção da noite.

— Não vou sair por aí expondo minha cicatriz - disse sem emoção — Quer que seus amigos falem que comprou um produto com defeito? Que pagou caro por mercadoria danificada?

Ele não disse nada. Realmente ela tinha razão em não querer se expor tanto. As pessoas podem ser bem maldosas em seus comentários. Assim como ele, refletiu.

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