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A Proposta do Sr. Bennett romance Capítulo 27

Elena

Uma semana depois…

Os sons dos risos divertidos no jardim, me despertam de um sono profundo. Trabalhar para a Ricci Holding é bem mais cansativo do que eu pude supor, mas confesso que manter as longas horas do meu dia ocupados foi o que aconteceu de melhor para mim nesses últimos dias. Sem a Nora aqui do meu lado, não sei como seria viver e conviver dentro dessa casa.

Novamente os risos e gritos animados da minha filha preenchem os meus ouvidos e me pego sorrindo também. Portanto, saio da minha cama e ansiosa, aproximo-me de uma janela. Afasto a cortina e imediatamente os meus olhos percorre o jardim a sua procura.

O meu sorriso se desfaz no mesmo instante que a vejo. Contudo, não é a Anita quem está brincando com ela e sim, o Alex.

Já tinha alguns dias que não o via por aqui, embora a casa esteja sempre cheia de buquês de flores. Sempre renovadas com seus incansáveis de bilhetes de pedido de desculpas. Mas isso é…

— Bom dia, Senhora Ricci! — Uma empregada diz atrás de mim, mas eu não consigo desviar os meus olhos de cima deles.

Por um instante, as minhas pernas perdem a firmeza e o meu coração dispara forte e rígido dentro do meu peito. Tão forte que chega a roubar o meu ar.

O fato de Alex erguê-la do chão e rodopiar com a minha filha me faz lembrar das vezes que sonhei que ele voltaria para nos proteger. Mas ele nunca voltou.

— Quando ele retornou? — Procuro saber em um fio de voz.

— Hoje cedo, Senhora.

Engulo em seco quando Alex beija as bochechas da minha filha e lágrimas de emoção preenchem os meus olhos. Contudo, o nó em minha garganta se transforma em uma pressão insuportável. Eu não posso permitir isso. Não posso me deixar envolver pela doçura dessa cena, por mais perfeita que ela seja. Cada riso de Aurora em seus braços é um risco.

Um risco de que Alex descubra tudo.

Pensar nessa possibilidade faz um suor frio escorrer a minha nuca e o meu peito arde. Os batimentos acelerados em descompasso com a lógica. Meus olhos permaneceram grudados nessa imagem mágica por alguns segundos que pareceram horas, mas o encanto logo se transforma em pânico.

— Chame Anita aqui, agora! — ordeno, sentindo o som frio na minha voz logo que me afasto da janela e vou para dentro do banheiro.

Aurora não pode ser descoberta. Não ainda. Não assim.

O desespero percorre cada parte do meu corpo, à medida que a água fria molha os meus cabelos e percorre pelo meu corpo. Tudo dentro de mim está se tremendo violentamente. E se ele descobrir? Deus, Alex Ricci poderia roubá-la de mim. Ele não pode. Não pode me destruir assim outra vez. Eu não suportaria isso. Com certeza fraquejaria e me arrastaria aos seus pés apenas para tê-la comigo para sempre. Amedrontada, desligo o chuveiro e respiro fundo algumas vezes.

Preciso dar um basta nisso. E preciso fazer isso agora!

— Mandou me chamar, Senhora Ricci? — Anita pergunta ao entrar no meu quarto. Fito-a através do espelho da penteadeira.

— O que significa o que acabei de assistir lá fora?

A babá balbucia.

— O Senhor Alex chegou de repente…

— Nós temos um acordo, Anita. — Lembro-a, a interrompendo e no ato, fico de pé para olhar dentro dos seus olhos. — Você sabe muito bem que Alex Ricci não pode, em hipótese alguma, se aproximar da minha filha. — Avanço um passo na sua direção.

— Eu sei, Senhora.

— Mas essa manhã eu os encontro brincando? Por Deus, o que você pensa que está fazendo?! — Altero um pouco a minha voz.

— Eu sinto muito, Senhora!

Rio sem vontade.

— Você sente? — ralho um tanto irritada. — Que droga, Anita! Se o Alex desconfiar… se ele…

Desesperada, não consigo concluir a minha frase.

— Eu vou agora mesmo tirar a menina…

— Se eu perder a minha filha, a culpa toda sua. Eu jamais a perdoarei por isso. — Uma lágrima escorre pelo meu rosto.

— O Senhor Ricci acredita que a Aurora é a minha filha. — Encolho os olhos.

— Por que ele acreditaria nisso? — Anita hesita um pouco. — Anita?

Ela morde o lábio inferior.

— Não é a primeira vez que Aurora e o Senhor Alex brincam juntos — afirma um tanto hesitante.

Meu coração para uma batida violenta.

— O que está me dizendo — sussurro, sentindo as minhas forças escaparem do meu corpo. — Merda! Merda! Merda! — rosno quando ela abaixa os olhos. — E quando você pretendia me contar isso?

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