Maria do Céu acordou em um luxuoso quarto de hospital, sem saber onde estava, e como havia ido parar ali. Não se lembrava do acidente e nem de nada do último mês que o antecedeu. Dormiu e acordou várias vezes, sem saber quantos dias haviam se passado. Quando conseguiu se manter acordada, percebeu haver uma enfermeira no quarto, trocando a medicação.
— Onde eu estou? O que aconteceu?
— Olá, você sofreu um acidente, o médico vai saber te explicar melhor o acontecido, ele já vem em seguida. — Assim que a enfermeira saiu do quarto, Maria não teve outra alternativa a não ser esperar.
—Olá Dona Maria do Céu, finalmente voltou para gente. Você sabe por que está aqui?
— Não. A enfermeira falou que foi um acidente, mas de que tipo?
—Acidente de carro, quando você estava saindo do trabalho. Você ficou em coma direto por um mês e faz uns três dias que está assim, dormindo e acordando.
— Então foi muito grave?
— Sim, mas agora está tudo bem, dentro de alguns dias, creio que poderá ir para casa. —Sentiu-se aliviada de o pior já ter passado.
— E por que eu estou nesse quarto? Deve ser bem caro.
— Não se preocupe, a Global Marketing está ao encargo das suas despesas médicas.
— Global o quê? —perguntou confusa.
—A empresa que você estava trabalhando. Você não se lembra?
Ela negou com a cabeça.
— Qual a última coisa que você se lembra?
— Do meu trabalho na Faculdade do Centro. Eu ia me encontrar com a diretora e saber para onde eu ia a seguir, mas não me lembro disso ter acontecido.
— Pelas informações que deram na sua ficha no dia do acidente já fazia um mês que estava trabalhando nesta empresa. Você deve estar com um tipo de amnésia, e pelo visto perdeu cerca de um mês de memórias.
Ela ficou meio chocada com o que o médico lhe dizia.
— Bom, pelo menos ainda lembro quem eu sou.
— Sim, não se preocupe, vamos fazer mais alguns exames, mas é possível que a amnésia seja temporária. Vamos dar tempo ao tempo. O mais importante é que você se restabeleça e lentamente vá retomando a vida normal. — Ela assentiu. E o médico continuou.
— Vou avisar ao pessoal da Global que você finalmente acordou. Eles estavam muito apreensivos. Deram todo o suporte, uma ótima empresa para se trabalhar. Logo deve vir alguém deles falar com você.
E assim foi, poucas horas mais tarde, entrou um homem alto e loiro em seu quarto.
— Olá, me chamo Andreas. É um prazer ver você se recuperando. Fui designado para te auxiliar e te dar suporte no que precisar. Ficou com alguma dúvida sobre o que aconteceu?
—Sim, como foi o acidente? Eu não consigo me lembrar de nada.
O homem pareceu hesitar um momento e respondeu.
— Bem, havia terminado seu turno, e parece estar se dirigindo ao ponto de ônibus, quando veio um carro. Segundo o motorista, você não o viu, e avançou a preferencial.
— Ah, entendo. O médico disse que vocês estão cuidando de tudo, as despesas e tal. — Sempre era bom confirmar, já que nem em sonhos ela conseguiria pagar um quarto como aquele.
— Sim, não precisa se preocupar com nada. Como estava em seu horário de trabalho, também já recebeu em sua conta bancária uma indenização pelo acidente. E a empresa vai pagar um salário benefício por alguns meses, até se restabelecer.
— Eu agradeço, mas, isso é mesmo obrigação de vocês? Eu sou terceirizada.
— Nós fazemos questão, disso, e do que mais estiver ao nosso alcance para te ajudar. Como não encontramos nenhum parente seu, nos colocamos como seu contato aqui no hospital, também tomamos a liberdade de cuidar da sua casa, da organização para quando voltasse. Assim que tiver alta, eu mesmo a levarei.
—Nossa!Muito obrigada, então. Espero que seja logo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: A vizinha do CEO
Livro ótimo, quero mais capítulos cadê, já estou ansiosa, pra ver o desfecho desse casal....