Resumo de Capítulo 12 – Capítulo essencial de Além do horizonte por Paula Tekila
O capítulo Capítulo 12 é um dos momentos mais intensos da obra Além do horizonte, escrita por Paula Tekila. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Atílio se aproximou e ia lhe dar um beijo na boca, Lupe abaixou o rosto e ele beijou sua testa. Como estava com os braços feridos ele apenas pegou em sua mão, Ester foi falar com a filha depois da chuva de arroz, enquanto Leonel bebia tudo o que via pela frente. A família de Gabriel decidiu não ir a cerimônia, pareciam estar prevendo que o filho pudesse aprontar alguma por lá.
– Me fale agora mesmo, o que aconteceu? – Ester perguntou enfurecida e não aceitaria nenhuma resposta a não ser a verdade.
– Gabriel queria me levar embora daqui, Atílio atirou em Raio de sol e caímos na estrada de terra.
– Meu Deus um tiro, não devia ter se casado com ele!
– E o que eu deveria ter feito Ester? Aceitado ver minha noiva ir embora com outro? – Atílio escutou e tratou de se defender.
– Já chega de gritos, estou muito cansada...mamãe não se preocupe comigo.
– Como não vou me preocupar se agora tenho certeza de que esse homem é um completo louco e Gabriel?
Atílio engoliu seco com ciúmes da preocupação da sogra com seu rival.
– Está bem e foi embora, leve o papai para casa.
Ester chorou e abraçou forte a filha, até se esqueceu dos machucados que ela tinha.
– Não chore mais, por favor! – Guadalupe secou as lágrimas da mãe.
Enxuguei as lágrimas de minha mãe, nada que eu pudesse dizer a ela traria conformidade.
– Vamos para casa cuidar desses ferimentos. – Atílio pegou em sua mão.
– Sim.
Eles entraram, Amélia deu algumas ordens aos empregados para servirem as comidas e bebidas da festa pois alguns convidados ainda estavam ali.
Entrei em casa de mãos dadas com ela, estava calada e hostil.
– Vou pedir a Amélia que prepare um banho de ervas. – Atílio a ajudou a subir as escadas.
Fomos para o quarto, eu mesmo havia preparado tudo para nossa primeira vez. Exigi que todos os lençóis daquele dia fossem brancos, assim teria a certeza de que Guadalupe só havia sido minha. Ela passou a mão sobre a cama e se sentou, respirava fundo.
– Minhas roupas? – Ela perguntou com voz embargada.
– Estão no armário, junto com belos vestidos e presentes que encomendei na cidade para você.
– Pode chamar Amélia para me ajudar?
– Sou o seu marido e posso me encarregar de você!
Me sentei atrás dela e fui abrindo cada um dos botões de seu vestido de noiva, ela tentou se levantar, mas a abracei pela cintura fazendo-a se sentar de novo.
– Guadalupe - Não quero que se incomode. – Ela tremia e queria fugir.
– Não quer é que eu te toque e fique perto, preferia ele não é? – Atílio gritou revoltado.
– Com licença filho, Sebastião disse que mandou me chamar. – Amélia interrompeu aquele momento.
Graças a Deus que ela tenha chegado para me acalmar os ânimos, antes de cometer uma loucura movido pelo ciúme daquele maldito. Me levantei, Guadalupe segurava contra os seios o vestido que eu havia aberto.
– Prepare um banho de ervas e traga. – Atílio pediu olhando para ela.
– Eu já volto Lupe.
– Obrigada Amélia.
Esperei Amélia sair do quarto para continuar a conversa de onde paramos.
– Por que ia embora com ele?
– Eu não ia! – Guadalupe gritou.
– Como saberia que você viria só com Sebastião? Como saberia exatamente como fazer para sumirem minutos antes de subirmos ao altar?
– Não sei.
– Não sabe, mas eu sei. Achou que seria mais esperta do que eu, é apenas uma caipirinha pobre e graças a mim vai deixar de viver na lama para se deitar em lençóis de seda fina.
– Eu preferia dormir com os porcos do que com alguém arrogante e orgulhoso como você! – Ela gritou e deu dois passos para trás.
– Devia ter atirado nos dois.
– Ainda pode desfazer o erro comigo, ainda está com sua arma?
Guadalupe me desafiava e as coisas entre nós apenas pioravam a cada segundo. Amélia entrou e percebeu o clima ainda mais pesado do que havia deixado a minutos atrás.
– Venha Lupe, vou te ajudar a se lavar e tratar esses ralados. – Amélia se aproximou, mas Atílio a impediu.
– Deixe a panela com as ervas e saia por favor.
– Mas eu pensei que me deixaria cuidar disso....
– Saia Amélia! – Ele pediu rispidamente.
Guadalupe sabia que não adiantaria nada implorar e chorar, talvez fosse ainda pior adiar as coisas entre eles. Amélia saiu e fechou a porta, ficou alguns minutos encostada do lado de fora da porta pedindo a Deus que acalmasse os ânimos de Atílio.
Ele pegou a travessa com a infusão das ervas, havia apenas o chá. Foi até o banheiro e encheu a banheira com água morna, do quarto Guadalupe ouvia tudo o que estava acontecendo.
Ela se levantou da cama, Atílio chegou mais perto.
– Vou tirar seu vestido. – Ele disse olhando o para ela de maneira intensa.
Delicadamente a despiu pelos ombros, retirando devagar as mangas que estavam rasgadas para que não ferisse ainda mais. Naquela época todas as mulheres usavam uma peça chamada anágua, semelhante a uma saia rodada e longa por baixo dos vestidos.
Estava com os seios cobertos pelos cabelos longos e apenas aquela peça de roupa debaixo, Atílio a olhou em total encantamento e desejo. Respirou fundo para se concentrar no que tinha que fazer antes a pegou em seus braços e levou para a banheira.
Senti a água morna me aquecer o corpo, me sentei devagar na banheira.
Atílio pegou um sabonete líquido e espalhou nas mãos dela, sabia que se a tocasse perderia totalmente o juízo.
– Se...se lave e assim que acabar me chame. – Evitava olhar para ela.
Ele guiou a mão dela até o sabonete em barra, preferiu sair um instante.
Fui para fora daquele banheiro, estava excitado e o corpo dela exalava feromônios eu transpirava de desejo. Aquele fogo me queimava de dentro para fora, chegava a ser uma dor física e inexplicável.
Uns minutos mais tarde.
– Atílio! – Ela chamou.
Atílio dançava sobre o corpo dela, deleitando-se em prazer e luxúria a queria tanto que não pode controlar chegando ao orgasmo poucos minutos depois.
– Eu...hmmm!
Derramar-me de prazer dentro dela, tudo o que mais sonhei estava acontecendo e eu não queria acordar desse sonho.
Quase deixei escapar a frase que tanto escondi dela desde que a conheci, eu a amo...amo apesar do orgulho e de tudo o que eu tenho nessa vida! Retirei-me devagar e saí de cima dela ofegante, trêmulo e realizado.
Ela se deitou de lado encolhida me virando as costas, me senti o mais enjeitado de todos os maridos desse mundo.
– Tudo o que fez comigo, foi por isso que fizemos agora? – Guadalupe perguntou a chorar ao lado dele.
Eu abracei seu corpo, mesmo sabendo que ela não queria nenhum toque meu.
– Foi rápido sim, mas não será sempre assim...eu te queria tanto, tanto que não pude me conter.
– Um momento como esse valeram tantas lágrimas, uma noite na cadeia, a vida do meu melhor amigo?
– Eu não queria matar seu cavalo, mas não tive outra escolha. Temi que Gabriel sumisse com você para sempre! – Atílio apertou um pouco mais o corpo dela contra o seu, falando rente ao ouvido dela.
– Quanto tempo?
– Como quanto tempo? – Ele perguntou de volta.
– Sim, quanto tempo terei que ficar aqui na sua casa?
– Estamos casados.
– Te ouvi dizer a Amélia que me queria por um tempo, para aproveitar e depois me deixaria voltar para casa. Tenho o direito de saber quando vou poder voltar para eles!
– Já chega desse assunto, disse que estava cansada então durma um pouco e depois vamos comer. – Atílio deu um beijo e uma leve mordida no lóbulo da orelha dela.
– Não vou conseguir.
Me levantei, fechei a calça e desci as escadas indo em direção a cozinha. Amélia estava sentada em uma cadeira e me lançou um olhar condenatório.
– Preciso de um remédio para a dor. – Diz Atílio abrindo as portas dos armários.
– Você ou Lupe?
– Guarde sua bronca Amélia.
Ela pegou um remédio e me entregou a ele.
– Me apavora só de pensar no quanto vai sofrer por isso Atílio, a vida tem seu jeito de cobrar as pendências.
Atílio pegou o remédio, encheu um copo com água e foi para o quarto.
– Aqui, beba!
– É para dormir? – Guadalupe perguntou e já foi colocando no fundo da garganta.
– É para a dor.
Ela tomou e se deitou, ele ficou sentado em uma cadeira olhando-a dormir tão bela e de coração partido.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Além do horizonte
Amei este livro,super indico a leitura.Parabéns à autora Paula Tekila.Super emocionante :)🥰...