Além do horizonte romance Capítulo 11

Resumo de Capítulo 11: Além do horizonte

Resumo de Capítulo 11 – Além do horizonte por Paula Tekila

Em Capítulo 11, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Além do horizonte, escrito por Paula Tekila, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Além do horizonte.

Havia chegado a hora de me unir a Atílio, medo, ansiedade e muitos outros sentimentos se misturavam dentro de mim. Mamãe me ajudava a colocar o vestido e arrumar os meus cabelos, eu pensava em como seria minha vida sem ela daqui para frente e eu tenho que desfazer quaisquer laços de dependência de agora em diante seremos apenas Deus e eu.

Senti as rendas daquele tecido passando as minhas mãos por ele, sabia que minha mãe havia feito um lindo trabalho.

– Ficou lindo mamãe, muito obrigada por tudo.

Ela não me respondeu.

– Mamãe? – Perguntou confusa com aquele silêncio.

– Perdoe-me filha, me emocionei ao te ver assim tão linda e pronta para começar sua vida.

– Não chore, por onde eu for sempre serei sua filha amada. A senhora e meu pai são e sempre serão a coisa que mais amo nesse mundo.

– Até que tenha os seus filhos, aí sim entenderá qual é o maior amor desse mundo.

– Não terei filhos com ele. – Guadalupe respondeu sem receio.

– Ainda com essa cisma?

– Não é cisma, apenas não quero me prender a um homem que cedo ou tarde pode dizer que não me quer mais.

– Meu amor, pense bem no que está dizendo...

Ouvem bater na porta.

– Posso entrar? – Era Leonel e estava ansioso para ver a filha vestida de branco.

– Sim papai, entre.

– Você está fabulosa, uma verdadeira princesa.

– Obrigada.

– Atílio mandou um carro para nos buscar Ester, e Sebastião já está te esperando lá fora filha Raio de sol também te espera e com uma sela toda enfeitada.

Guadalupe deu um sorriso modesto, estava prestes a mudar tudo o que conhecia. Viver em uma casa que não conhecia e com pessoas que não conhecia.

– Vamos então. – Ela pediu pegando na mão da mãe.

Eles saíram, Ester e Leonel entraram no carro seguindo para a fazenda na frente.

– Vamos Lupe? – Sebastião já a esperava com o cavalo preparado.

Guadalupe ficou em silêncio, estava se despedindo de sua casa e dos ares daquele rancho onde cresceu e foi tão feliz na infância. Gabriel surgiu por trás de Sebastião e o golpeou na cabeça com força deixando-o desmaiado no chão.

O cavalo rinchou assustado...

– Sebastião? O que aconteceu? – Perguntou ela aflita por aquele barulho.

Gabriel a pegou pela cintura, colocou sobre o cavalo montando em seguida por trás e agarrando as rédeas...fazendo o cavalo correr dali.

– Me perdoe Lupe, mas não podia te entregar nas mãos daquele monstro!

– O que está fazendo, por favor pare! – Ela suplicava.

Eu sabia que iriamos pagar caro pela loucura de Gabriel, Atílio iria nos seguir até o fim do mundo.

Atílio recebia os convidados em sua casa, estava elegante como nunca antes. Usava um terno alinhado de cor escura e o maior de todos os adornos, era a felicidade que estampava no rosto.

– Leonel e Ester, sei que fiz muitas coisas das quais não me orgulho especialmente ao senhor. Quero pedir perdão e dizer que amo, amo sua filha e farei tudo para que ela seja feliz ao meu lado.

Ester suspirou aliviada, agora podia confiar que estava entregando a filha a um homem que a queria bem.

– Tudo está esquecido, desde que ela esteja bem. – Leonel Avisou.

– Fui orgulhoso, mas essa noite e a confissão que fiz ao padre me fizeram refletir sobre como eu estava sendo injusto comigo mesmo e sobretudo com ela. Mas hoje ainda no altar eu direi o quanto a amo na frente de todos que estão aqui!

– Sim filho, sei que vocês podem e serão felizes juntos. – Ester sorriu.

O padre chegou, Amélia estava ajudando a recepcionar os convidados que se sentavam na parte externa.

Tudo estava enfeitado com flores naturais assim como ele havia pedido, algum tempo depois Sebastião chega com um ferimento na cabeça e cambaleando. Atílio sentiu que algo muito errado havia acontecido e ia correndo perguntar a ele passando pelo meio dos convidados.

– O que aconteceu, onde está minha mulher? – Atílio perguntou dando um chacoalhão em seu empregado de confiança.

– Aconteceu uma desgraça... – Sebastião revelou colocando a mão no ferimento e sentindo a dor.

– Calado, aqui não. Vamos para trás da casa e lá você diz. – Amélia levou os dois para dentro da casa, era melhor que os convidados não soubessem e ela pressentia o pior.

Atílio saiu puxando-o pelo braço nervoso, ansioso enquanto Amélia corria atrás dos dois e todos olhavam aquela movimentação estranha.

– Fala de uma vez. – Atílio intimou aos berros.

– Me golpearam na cabeça antes que eu a trouxesse para cá, caído no chão eu vi Gabriel fugir com ela no cavalo patrão.

– Não acredito que ela tramou com ele para me expor ao ridículo no dia do casamento. – Atílio cerrou as mandíbulas, seu rosto se avermelhou de raiva.

– Como sabe que ela foi por sua própria vontade? – Amélia questionou tentando acalmar os ânimos.

– Sim...ela sabe que mandei prender o pai dela, que vingança poderia ser maior do que me deixar feito um paspalho sozinho no altar? Mas eu mato, mato os dois agora mesmo! – Atílio gritou e Amélia não conseguiu impedir seu ataque de revolta.

– O que vai fazer? Por favor espere menino.

Atílio correu para dentro da casa, subiu as escadas feito uma bala. Abriu a gaveta do armário e pegou sua arma, conferiu bem rápido se estava carregada e antes de sair Amélia entrou em sua frente.

– Por Deus Atílio, deixe essa arma.

– Saia da minha frente Amélia.

– Sei que não vai machucar ela, mas se matar aquele rapaz perderá para sempre o amor dessa moça.

– A essa altura, pouco me importa o amor dessa maldita traidora! – Ele tirou Amélia da sua frente.

E saiu e nada o impediria de encontrar os dois, desceu e foi até um de seus carros. Sebastião abriu a porta do lado do motorista e entrou no carro...

– Eu vou ajudar o senhor a encontrá-los, não pegaram a estrada principal eu sei por onde ele foi.

– Então dirija! – Atílio segurava a arma com tanta força que parecia ser uma extensão de seu corpo.

Sebastião saiu acelerando, Amélia ficou encarregada de explicar o atraso ao padre e aos convidados.

– O que aconteceu? – Ester se aproximou para perguntar.

– Nada demais só iremos demorar um pouquinho mais do que pensamos.

– E Lupe, já chegou com Sebastião? – Ester olhava dentro dos olhos de Amélia, sabia que estava escondendo alguma coisa.

– Si...sim...só está lá dentro arrumando o vestido e alguns detalhes.

Ester sentiu uma angústia por dentro, algo estava errado.

Em fuga Gabriel e Guadalupe se afastavam da vila.

– Por favor Gabriel, vamos voltar. Atílio vai pensar mal de mim, por favor!

– Ele é um monstro, prefiro que me odeie toda a vida por ter te livrado das mãos dele. – Gabriel fazia o cavalo correr mais e mais.

Atílio segurou forte no pulso de Guadalupe puxando-a para si.

– Achou que seria fácil se livrar de mim, assim como ele? Hoje Guadalupe se eu confirmar as suspeitas de que aquele verme te tocou, juro por Deus que mandarei trazer a cabeça dele em uma bandeja. – Guadalupe tentou puxar seu braço de volta, mas não conseguiu.

– Você é um monstro Atílio, não quero e não vou mais me unir a você depois do que fez. Eu tinha dentro de mim uma pequena esperança de que em ti houvesse alguma humanidade, mas eu estava completamente errada.

Ele a abraçou forte, Lupe gemeu de dor por seus ferimentos.

– Experimenta, me dizer não naquele altar. Você já sabe que mandei seu pai para cadeia. Ouse me dizer não! – Atílio gritava e apertava o queixo dela com violência, fazia seus rostos ficarem frente a frente.

– Atílio? Lupe, está machucada e suja o que aconteceu? – Amélia se aproximou preocupada.

Atílio a soltou, Guadalupe chorava compulsivamente.

– Lave os braços dela, estou indo Guadalupe e te espero na frente do padre e de todos, você tem 5 minutos! – Ele a intimou com um olhar desafiador.

– Vem comigo.

Amélia a levou para o banheiro, lavou seus braços ralados, deu um jeito no cabelo e lavou também seu rosto para esconder a muitas lágrimas.

Se Atílio queria me ferir eu precisava ir contra, mostrar força. Parei de chorar e me mostrar vulnerável depois de tudo, tenho que estar forte na frente dos meus pais ou irão sofrer ainda mais do que eu.

– Vamos Amélia. – Guadalupe se levantou da cadeira.

– Vou preparar um banho para você, não pode se casar assim e Atílio terá que entender.

– Ele disse 5 minutos e os convidados estão já estão me esperando.

– Está bem. – Amélia concordou.

As duas desceram as escadas e foram para a parte de fora onde os convidados aguardavam.

– Filha o que houve com seus braços e seu vestido? – Ester estava assustada ao ver a filha naquele estado.

– Nada demais mamãe, depois eu explico tudo para a senhora depois.

– Ela está machucada! – Diz o padre.

– Um pequeno incidente com o cavalo, mas nada demais padre. Vamos seguir com a cerimônia como estava programada. – Atílio só queria que aquilo acabasse de uma vez e fossem marido e mulher oficialmente.

– Sim, vamos seguir. – Guadalupe repetiu deixando o noivo surpreso.

– Está bem, em nome do pai do filho e do espírito santo....estamos aqui presentes, para unir no sagrado matrimônio Atílio Ribeiro e Guadalupe Hernandez.

Ele a olhava misturando ódio, amor, revolta e tantas coisas que o sufocavam por dentro. O padre deu as bênçãos iniciais, mas todos os convidados estranharam o estado em que a noiva se encontrava e a expressão séria de ambos.

– Atílio Ribeiro é de livre e espontânea vontade que decide se unir a Guadalupe?

Ele suspirou e olhou para ela profundamente.

– Sim padre!

– Guadalupe Hernandez é de livre e espontânea vontade que decide se unir a Atílio?

Não, não queria viver com aquele homem cruel e vingativo e toda esperança que eu tinha antes de ser feliz com ele, havia morrido com meu cavalo. Mas não queria que meus pais sofressem nas mãos dele.

– Sim, padre. – Uma lágrima de tristeza fugiu de seu olhar.

Os dois trocaram as alianças com as mãos trêmulas.

– O que Deus uniu, que o homem não separe pode beijar a noiva.

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