15 DIAS DEPOIS…
RAVEN
Estou na carruagem ao lado de Cedrick e preciso confessar que estou extremamente nervosa, quase a ponto de roer as unhas, mas tenho que me acalmar. Tenho que fazer isso porque eu sou a peça principal desse plano arriscado.
A paisagem vai passando e, pouco a pouco, as terras do Rei dos Alfas nos recebem.
Já faz um mês, e é hora do início do torneio entre matilhas.
— Fica calma, não se apavora. Também não vai ser chegar e cortar cabeças. Vamos ficar aqui por uma semana e vamos fazer tudo durante o banquete, como combinamos com todos — Cedrick se inclina ao meu lado e sussurra baixinho.
Assinto e deixo que ele aperte minha mão com mais força, me transmitindo sua coragem e firmeza.
— Cedrick, você não acha suspeito o Rei fazer esse torneio? Sabendo o quanto alguns o odeiam… juntar tantos Alfas fortes no castelo… ele não teme uma rebelião? — pergunto.
— Aquele homem é um arrogante, o poder inflou o ego dele de um jeito que você nem imagina. Sabe por que ele convida os mais fortes? — ele me pergunta, olhando com aqueles olhos azuis intensos, e eu balanço a cabeça negando.
— Ele faz isso pra contabilizar e marcar os bons guerreiros. Assim, da próxima vez, pode exigir que sejam enviados como tributos. E, de quebra, conhece a força dos Alfas e mantém todos sob controle — ele me explica.
— Então, você não pode mostrar sua verdadeira força!
— Fica tranquila, pequena. Eu não vou. Nunca mostrei. Vamos passar despercebidos e esperar o momento certo.
Entendo e fico mais tranquila. Quando atacarmos e tomarmos o trono, poderei me dar por satisfeita.
Uma hora depois, a carruagem para num enorme pátio interno, logo após os muros. Cedrick, vestido formalmente, desce e estende a mão para mim.
Levanto a saia do meu lindo vestido azul celeste e olho maravilhada para as torres brancas do palácio opulento do Rei.
Um criado nos dá boas-vindas e leva nossa pouca bagagem para dentro. Vejo outras pessoas chegando e mais carruagens vindo pelo caminho.
Cedrick cumprimenta friamente alguns conhecidos, e nossos aliados secretos ele nem olha.
De braço dado com ele, finalmente entro no palácio do Rei Alfa. Seguimos o criado por corredores decorados com ouro, tapetes vermelhos e bordados elaborados. Todo esse brilho e luxo foi pago com sangue e tributos das matilhas do reino.
— Este é o quarto de vocês. Aproveitem a estadia. Uma criada…
— Não é necessário. Eu mesma cuido do meu Alfa — o interrompo, porque não quero nenhuma mulher babando pelos músculos do meu homem.
Já foi o suficiente ver os olhares furtivos de algumas lobas.
— Entendi. Lembro que daqui a uma hora será o baile de recepção. Sua majestade espera a presença de todos — confirmamos que vamos e ele sai, nos deixando a sós.
— Está com ciúmes, Luna? — ele me abraça por trás e beija meu pescoço.
— Mmm… tô sim. Você chama atenção demais. Devia ter te deixado em casa — respondo e sorrio ao ouvir a risada baixa dele contra minha nuca.
— Vamos nos arrumar pra ver o arrogante do Rei Alfa — diz ele, finalmente me soltando.
— Por pouco tempo, meu amor. Só por pouco tempo — viro e respondo antes de beijá-lo nos lábios.
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