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ALFA RAVEN de Escrava a Rainha romance Capítulo 217

NARRADORA

A maioria não queria, mas a vida de suas famílias dependia daquilo, e lutariam até as últimas consequências.

As Centurias se posicionaram nas muralhas espessas, e no meio delas, sua Alfa, encarava na direção de onde sabia que aquela desgraçada estava vindo.

E de fato, Silvana começou a avançar, seguida de seu “exército”, posicionando-se a poucos metros da linha de defesa.

— Me entreguem ele e poupem-se do massacre! Se fizerem isso, talvez eu deixe alguns vivos! — gritou para Raven com sarcasmo, sua voz carregada de magia ecoando nos ouvidos de todos.

— Tem que ser muito vadia sem dignidade pra correr atrás de um homem que nunca te amou! Por que não se rende você e talvez eu arranque sua cabeça mais rápido!

Raven respondeu, apagando o sorrisinho cínico do rosto de Silvana, que se enfureceu no mesmo instante.

— Vamos ver quanto tempo dura essa coragem falsa, sua vadia! VAMOS! O QUE ESTÃO ESPERANDO? ATAQUEM ESSAS DESGRAÇADAS! QUEM FUGIR VAI PAGAR COM A PRÓPRIA FAMÍLIA! — deu o grito de guerra, dando início ao confronto sangrento.

Uivos ecoaram quando os homens, ainda em forma humana, correram como bucha de canhão — os mais fracos do exército — para testar as defesas do castelo.

— CENTURIAS, ARCOS! — Raven ordenou, e cerca de cinquenta Centurias, as últimas de sua linhagem, perfiladas lado a lado, puxaram de suas costas um arco especial.

Seus braços se estenderam numa postura heroica, apontando para os inimigos que vinham como loucos, brandindo machados, espadas e maças pesadas.

— APOSTOS! — flechas de fogo se formaram em suas mãos — FOGO!

Os inimigos pararam, congelados e apavorados, ao ver o céu coberto por chamas mágicas que cortavam o vento em direção a eles.

Ficaram nervosos, alguns tentaram recuar de volta para a segurança das árvores, outros correram como suicidas em direção aos portões de madeira do castelo. Aquilo seria um massacre!

Jamais venceriam nesse cerco, mesmo em milhares!

Era o que pensavam… até que algo inacreditável aconteceu: das entranhas da terra, levantando o pó do chão, surgiram flores vermelhas entrelaçadas em raízes e caules espinhosos — pareciam rosas assassinas, horripilantes.

Elas se ergueram do solo e, antes que as flechas de fogo alcançassem seus alvos, devoraram a magia flamejante.

Ouviam-se os silvos delas, se movendo sozinhas, se contorcendo e rastejando pelo chão, com caules e raízes grossas e retorcidas, avançando até o castelo e formando um anel de proteção.

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