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ALFA RAVEN de Escrava a Rainha romance Capítulo 261

HAKON

Estou como um animal enjaulado, andando em círculos na praça central do palácio.

Tudo está em silêncio, a lua no céu ilumina de longe as Centúrias que patrulham por cima das muralhas.

De repente, passos apressados ecoam pelo corredor e o doce aroma da minha companheira me atinge.

Viro-me para vê-la se aproximar e se jogar sobre mim.

— Ana...

A abraço, segurando-a pela cintura enquanto ela envolve as pernas em mim e minhas mãos apertam com força suas bundas para sustentá-la.

Ela abaixa a cabeça e me dá um beijo apaixonado, cheio de amor e compreensão.

Eu sei, ela já descobriu meus motivos, o porquê de eu tê-la torturado por tanto tempo e colocado nossa união em risco.

Nos beijamos como loucos, nos devorando, com intensidade, querendo dizer tantas coisas um ao outro.

— Nós vamos conseguir. Vamos ter nossas filhotas sem medo — sussurra contra meus lábios, e eu juro que, pela primeira vez na vida, um nó aperta minha garganta.

Lágrimas caem sobre meu rosto e eu olho pra cima, direto para aqueles olhos verdes que me enlouquecem e são o meu mundo inteiro.

— Nós vamos conseguir, quero várias pequenas Centúrias correndo atrás de mim me chamando de papai — respondo, e não consigo evitar sorrir ao imaginar essa cena.

Ana também sorri, mas logo um traço de tristeza passa pelo seu olhar.

Ela leva a mão trêmula ao colar que sempre usa no pescoço e o abre para me mostrar.

Um fio de cabelo repousa encapsulado ali.

— Era da minha filhota, Alana. Ela... ela não está mais... eu a perdi, Hakon. Eu não consegui protegê-la...

Ela me abraça com mais força e enterra o rosto no meu pescoço, desmoronando.

Ela soluça e toda a dor dilacerante escondida no seu coração me atinge em cheio, sem filtros.

Se eu me sinto destruído, imagina como ela se sentiu durante todos esses anos.

Eu a abraço apertado, quase fundindo-a com meu peito, angustiado, querendo protegê-la até dos próprios fantasmas.

A embalo como uma criança e só posso deixá-la chorar, enquanto a luz da Deusa nos ilumina.

— Já passou, meu amor, já passou, minha Ana... eu vou protegê-las, vou protegê-las com minha vida, minha fêmea, ninguém vai machucar nossas filhotes, nem você. Darei minha alma, se for preciso, pra mantê-las a salvo.

Acaricio seus cabelos de fogo e beijo sua testa, suas bochechas, sussurrando palavras de carinho e promessas que pretendo cumprir até a morte.

Só que eu nunca imaginei o quão perto estava de falhar com todas as minhas promessas… e de colocar em risco o que era mais importante pra ela, pra nós dois.

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