CEDRICK
À meia-noite, Anastasia chegou com uma notícia que mudaria o destino de todo o reino.
Observei enquanto Dalila examinava meu pequeno filhote, que estava enrolado em uma manta grossa para mantê-lo aquecido.
— Dalila, por favor, diga logo o que está acontecendo — a voz angustiada de Anastasia perguntou.
Todos estávamos reunidos na sala do trono: Raven, Vincent, Dalila, Anastasia, Aidan e eu.
— Aidan encontrou o paradeiro dos Homens do Inverno.
Ela anunciou, e todos ficamos em choque.
— Majestade, o filhote está exausto, usou demais seu poder e ainda é muito imaturo. Acho melhor levá-lo para descansar. Tudo o que ele descobriu, eu já sei.
A anciã Centuria disse a Raven, que assentiu, levantando-se para abraçar e beijar Aidan.
— Conversem vocês, depois você me conta, meu Alfa. Vá, filhote, despede-se da Ana.
A voz doce da minha companheira disse, e Aidan abraçou Anastasia, que acariciou sua testa com ternura e agradeceu.
Logo em seguida, ele veio correndo até mim.
Me levantei e o peguei no colo, abraçando-o com força.
— Tenho orgulho de você, filhote. Você fez muito bem, Aidan — olhei para seus olhinhos azuis, que brilhavam.
— De verdade, papai? Você vai procurar aquele vovô que é como a gente? — perguntou, e assenti.
— Mas tome cuidado! Não vá procurar na outra caverna!
Ele me alertou com medo, e prometi que não faria isso.
Depois, recebi um beijo quente na bochecha.
Não me importo que meu filhote me beije, ele é meu bebê e sempre será.
Levei-o até sua mãe e o coloquei no chão, pois Raven já não conseguia mais carregá-lo.
— Descansem. E não se preocupe, o que quer que seja, eu vou resolver — beijei sua testa e os vi partirem de mãos dadas.
Vou proteger minha família do que quer que venha.
— Muito bem, me diga... com o que estamos lidando? — virei-me para encarar o meu destino.
*****
Acontece que os sonhos de Aidan não estavam tão longe da realidade.
O último e mais importante grupo dos Homens do Inverno fugiu do ataque das Centurias e se escondeu no pântano.
Numa noite, surgiram criaturas estranhas, que não pertenciam a este reino.
Com pele escamosa, quase impenetrável, dentes afiados e mortais, eram rápidas apesar do tamanho, emboscavam, jogavam sujo, e sua inteligência era subestimada.
O pior de tudo era que não sabíamos quantas realmente existiam.
Naquela noite, duas atacaram — e quase dizimaram toda a matilha do pântano.
Rastreando sua origem, encontraram aquela enorme caverna com dois portais que levavam a continentes diferentes e desconhecidos.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: ALFA RAVEN de Escrava a Rainha