ALFA RAVEN de Escrava a Rainha romance Capítulo 295

NARRADORA

O Drakmor não era tão tolo a ponto de permanecer na mesma caverna onde nasceu.

Aquele lugar já não era seguro, então ele mataria o filhote e depois buscaria outra toca.

Era um predador superior, poderia sobreviver.

Mas nunca contava que só havia conseguido a vantagem devido ao fator surpresa.

— Solta-me, solta-me, bicho feio!

Aidan gritou furioso e com dor, socando-o com seus pequenos punhos.

— Theo!

Sua magia de inverno envolveu seu corpo, faiscando e ferindo as escamas do jovem Drakmor, que ainda não eram tão duras quanto as de seus pais.

— Aaagggr! — rosnou de dor, desequilibrando-se e tropeçando em um tronco.

Rolaram pelo chão em meio a uma pequena clareira entre árvores gigantes.

O sol da manhã já penetrava pelas folhas.

Quando o Drakmor recobrou os sentidos, sacudindo a cabeça para dissipar o efeito da descarga de magia fria, percebeu que tinha soltado o filhote.

Levantou-se rapidamente para procurá-lo, mas o encontrou a um metro de distância — e, pior ainda, diante dele havia um pequeno lobo rosnando de forma ameaçadora.

«Ssshhhh»

O Drakmor sibilou em advertência, mas não ousava dar mais um passo. Sentia o frio e o perigo daquela magia.

Aidan estava no chão.

Sangue escorria das feridas em seu abdômen macio e a dor era intensa, enquanto Theo se postava à sua frente, pronto para defendê-lo.

A atmosfera ficou estagnada; ninguém se movia, todos se estudavam, até que, finalmente, o jovem Drakmor atacou Theo.

Via o lobo apenas como um filhote fraco, sem perceber que ele próprio também era apenas um filhote.

— Theo!

Aidan gritou preocupado, vendo-o se enredar nas garras afiadas do predador, lutando e mordendo com fúria.

Ambos rolavam no chão em uma batalha feroz.

Apesar da dor, Aidan começou a manipular sua magia como lhe ensinaram.

Criou uma pequena adaga de gelo e correu para ajudar seu lobo de inverno.

Apesar da pouca idade, o Drakmor era um inimigo formidável, um caçador nato com herança de genes assassinos. Mas agora, dois contra um, era demais para ele.

Aidan escapava de suas garras por milímetros, aplicando tudo que seu pai havia lhe ensinado em combate.

Se coordenava com Theo para defender e atacar, cravando sua adaga sempre que podia, pois o Drakmor era rápido e astuto.

Theo o agarrou pela pata traseira, sacudindo-o e imobilizando-o, e Aidan aproveitou para segurar seu pescoço e congelá-lo profundamente.

A magia penetrou pela armadura de escamas, atravessando músculos, tendões, veias e ossos.

O Drakmor rugiu de dor, frenético, conseguiu se livrar deles e começou a fugir.

Não morreria como seus pais.

— Theo, não! Volte! — Aidan gritou para seu lobo de inverno ao vê-lo prestes a persegui-lo, não queria que se separassem.