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ALFA RAVEN de Escrava a Rainha romance Capítulo 297

NARRADORA

Cedrick foi o único que se transformou em humano, mas era igual aos seus machos — na verdade, parecia forte e heroico, com uma genética excelente para acasalamento —, só que não possuía as características orelhas ou cauda do seu animal.

— Foram vocês que mataram os Drakmor adultos na caverna? Como conseguiram?

Essa era uma das coisas que Ilia mais desejava saber.

— Com nosso poder, é claro. Armamos uma emboscada para eles quando atravessaram para o nosso Continente pela caverna — respondeu Cedrick.

— Onde estão seus machos?

— Nós...

— Majestade, os homens-corvo estão vindo nesta direção!

De repente, a sentinela desceu de uma árvore próxima e avisou apressadamente.

— Nesta direção? Achei que não nos procurariam tão longe, maldiçã0! E agora, onde vamos nos esconder?! — começaram a entrar em pânico.

Elas desconheciam aquele território e só haviam se aproximado tanto da toca dos Drakmor por desespero, fugindo justamente dos espiões do atual rei.

Cedrick não entendia nada.

Olhou para o céu como elas e parecia que uma tempestade se aproximava, o vento rugia entre as copas das árvores altas.

— Rápido, venham conosco, vamos para a caverna, lá vocês podem se esconder! — propôs, assumindo o risco de confiar naquelas desconhecidas e levá-las para perto da passagem ao seu reino.

Elas não pensaram duas vezes.

— Desculpe-me, Sacerdotisa, depois você me b**e com o bastão — disse Cedrick a Dalila, pegando-a pela cintura e também carregando Aidan do outro lado.

— Majestade, acredite ou não, eu vou bater! Eu poderia ter chamado meu lobo de fogo!

Mas Cedrick não teve tempo de discutir nada. Começou a correr pela floresta, guiando-se pelo caminho que haviam feito até ali com seus guerreiros e Hakon.

Atrás deles, um grupo de enormes leoas predadoras, e montadas em algumas delas, as mulheres que haviam se transformado em humanas.

A Rainha carregava nos braços uma filhote que olhava curiosa para o traseiro de Aidan, que era carregado como um saco de batatas por seu pai, que saltava, se abaixava e esquivava raízes e galhos baixos.

— Entrem, rápido, vamos!

Apesar do forte cheiro de Drakmor que ainda impregnava o local, advertindo intrusos para ficarem longe, as leoas não tinham muitas opções.

Entraram na caverna, ofegantes e suadas pela corrida veloz.

De repente, antes que pudessem falar qualquer coisa, sentiram um rebuliço lá fora.

O céu escureceu quando uma revoada de enormes corvos sobrevoou o local.

Todos se encostaram nas paredes, escondendo-se entre as sombras.

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