NARRADORA
A armadura de escamas, mais macia na barriga, de repente se abriu.
Um líquido amarelado e sanguinolento escorreu lentamente pelo ventre da Drakmor e, logo depois, apareceram as garras de um pequeno Drakmor.
Aidan estava super concentrado, tentando soltar apenas uma escama, o que era difícil, quando o líquido viscoso e fedorento escorreu, sujando seus dedos.
— O que é isso?
Murmurou, olhando para as mãos com certo nojo, mas ao levantar a cabeça, o que viu a poucos centímetros de seu rosto quase o fez desmaiar.
Os olhos vermelhos da pequena criatura o encaravam fixamente.
Um rosnado baixo saiu da boca cheia de dentes afiados e mortais.
Os filhotes de Drakmor nasciam prontos para sobreviver e lutar em ambientes hostis.
Aidan até esqueceu de gritar por ajuda.
Ficaram se encarando por alguns segundos, enquanto o pequeno Drakmor piscava, tentando entender quem era aquela criatura fofa diante dele.
De acordo com seus instintos genéticos, a primeira pessoa que via era "mamãe".
Ele sibilou, tentando se comunicar, e se inclinou para frente em busca de carinho.
Foi então que Aidan reagiu, pulando para trás, tropeçando numa cadeira e caindo de bunda no chão.
O Drakmor, usando suas garras ainda imaturas, saiu de dentro do ventre da verdadeira mãe com um salto poderoso.
Em pé, ele tinha quase o mesmo tamanho que Aidan.
Sacudiu a cabeça com força para se livrar do muco amniótico e começou a caminhar na direção do "homenzinho de inverno".
Seu coração batia acelerado, e o sangue rugia em suas veias.
O Drakmor sentia tudo isso.
«Mamãe está emocionada em me ver?»
Ele não entendia muito bem aquela situação estranha, mas Aidan — a mamãe improvável — estava é quase se cagando de medo.
Levou a mão ao peito, pronto para sacar Theo, mas então algo curioso aconteceu.
O Drakmor abaixou a cabeça quase até o chão. Se ignorasse sua aparência aterrorizante, ele nem parecia ameaçador.
Sibilou baixinho e avançou bem devagar até o pé de Aidan.
Aidan, vendo-o abrir a boca, achou que ia ser mordido e puxou o pé com força contra o peito.

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