NARRADORA
— Aaron, congele essa criatura agora! — gritou Dalila furiosa.
— NÃO! — Aidan reagiu, levantando-se e agarrando o pequeno Drakmor desesperadamente contra o peito.
— Aidan, o que está fazendo? Afaste-se desse monstro assassino!
Raven já ia liberar seu lobo de fogo, mesmo sabendo que contra essas criaturas, as chamas eram inúteis.
— Não! Não machuquem ele! Ele é bom, é um bom menino! Mamãe, papai, ele é bom, ele não me fez nada!
Aidan segurava o feioso Drakmor junto a si, protegendo-o, enquanto o pequeno ainda sibilava ameaçadoramente, avisando que se alguém ousasse tocar na sua "mãe", ele os devoraria.
Então, o ambiente congelou.
Que tipo de situação maluca era aquela?
*****
— Segundo o que Aidan nos contou, parece que a criatura sobreviveu à morte da Drakmor e o reconhece como família.
Realmente, essas criaturas eram duras na queda.
Dalila concluiu isso um tempo depois, quando todos já estavam mais calmos.
Todos saíram de perto do cadáver da Drakmor, para não estimular o pequeno feioso a atacá-los por vingança.
Estavam agora na sala principal do Santuário, sentados de um lado, enquanto Aidan estava do outro, com sua nova "lapa" grudada nele.
— É assim também com o Alfa que meu tio controla. É como se o Drakmor o considerasse família — explicou Ilia.
— Talvez seu tio, por obra do destino, ao cair daquele penhasco, tenha encontrado um ovo abandonado de filhote de Drakmor, e o pequeno tenha nascido bem diante dele, tomando-o por sua família — sugeriu Vincent.
E não estava muito longe da verdade.
— Parece ser isso mesmo. Na verdade, é uma sorte inacreditável. Os Drakmor protegem muito seus filhotes.
— Suas majestades, com licença, vou me retirar para disciplinar minhas cachorrinhas. Peço desculpas em nome delas.
De repente, Ilia se levantou.
— Por favor, considerem minha proposta. Sei que não parece muita coisa agora, mas juro pela minha vida que, se me ajudarem a recuperar meu Rei e o trono, conquistarão aliados eternos entre os Homens-Bestas.
Ela fez uma reverência e saiu, lançando um olhar zangado para Zeraphina e Sophia.
Algumas cachorrinhas hoje dormiriam com as nádegas ardendo.

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