ALFA RAVEN de Escrava a Rainha romance Capítulo 49

Raven

Ando de um lado pro outro do quarto como uma loba enjaulada.

Estou nervosa e, por alguma razão, sinto um pressentimento muito ruim.

Decido ir ver Lady Amalia, que com certeza também está reclusa e assustada.

Assim, nós duas podemos nos dar um pouco de apoio — e além disso, talvez ela possa me contar algo mais sobre os invasores.

“Raven, estou sentindo o cheiro de dois machos do lado de fora da porta.” — Sena me alerta de repente, bem quando eu ia tocar na maçaneta para abrir.

Fico tensa e com medo, porque Cedrick não me disse nada sobre alguém ficar de guarda na porta. Seriam guerreiros da matilha… ou alguém mais?

Abro a porta com cuidado e vejo que são dois guerreiros enormes fazendo guarda do lado de fora.

— Luna, por favor, permaneça dentro dos seus aposentos. Não se preocupe, vamos protegê-la aqui até que o Alfa retorne — um deles se vira e me diz.

— Quero ir ver Lady Amalia. Não vou sair da mansão — explico.

— Sinto muito, temos ordens para protegê-la e não deixá-la vagar. Além disso, Lady Amalia está descansando.

— Essas ordens… quem deu? Foi o Alfa?

— Não, Lady Amalia mandou que cuidássemos da senhora.

“Mais parece que mandou te vigiar” — Sena resmunga, e é exatamente essa impressão que eu tenho também. Não quero ser injusta nem maldosa com ninguém, mas…

— Tudo bem. Obrigada pela proteção — digo e fecho a porta.

Enfrentar de frente não é uma opção — e seria bem burro.

Preciso sair do quarto porque não gosto nada de me sentir uma rata presa. E se algo acontecer, não tem nem pra onde correr.

Então começo a andar em círculos pelo quarto, procurando possíveis saídas. Mas essas duas salas nem sequer têm janelas.

“Sena, o jardim.”

Claro!

Caminho rapidamente até o pequeno jardim, onde as pobres plantas ainda não conseguiram se recuperar do incêndio localizado que causei antes, e examino todas as paredes altas que cercam o lugar.

“Sena, o muro é muito alto. Não acho que vou conseguir pular nem tentando.”

“Mas eu consigo, Raven. Se acharmos um apoio, eu consigo chegar lá em cima.”

E assim fizemos, como sempre, cheias de ideias arriscadas.

Me despi e coloquei minha roupa mais velha — mas prática pra trocar. Encostei o sofá do quarto como apoio contra o muro e me transformei na minha loba.