Raven
— Me solta, desgraçado! — gritei com uma dor absurda, sentindo que ia ficar careca dessa vez, por causa dos puxões violentos no meu cabelo.
Minhas costas estavam todas feridas pela brita no chão enquanto eu continuava sendo arrastada, até que ele me jogou com força perto de onde estava Lady Amalia.
Os outros, alertados pelos gritos, já vinham vindo.
"Raven, vamos fugir, se os três se juntarem vai ser impossível resistir!" — pensei em me transformar na hora, mas não me deixaram.
— Ah não, gatinha, nem tenta fugir, a festa só tá começando.
— Aaahhh! — recebo um chute no estômago que me faz me encolher de dor no chão.
— Raven! É só uma mulher indefesa, seus desgraçados! — ouço os gritos de Amalia. — Deixem ela em paz, vocês já me têm! Eu vou com vocês, deixem ela ir embora!
— Roger, quem é essa loba? O que tá acontecendo? — ouço a voz dos que se aproximam correndo, e mais uma vez sinto um puxão no cabelo que me faz gemer de dor, e uma mão aperta com força meu maxilar.
— Olha só, ela queria resgatar a senhorita... será que é uma das criadas?
— Não, porra, é a nova Luna. Eu vi ela hoje escondida na multidão. Ela é a companheira do Alfa — vejo que esse tal de Leo me encara de cima a baixo, com um olhar nojento e cheio de luxúria.
— Uma pelo preço de duas... será que hoje é nosso dia de sorte? O chefe vai dar uma recompensa daquelas! Amarra ela também na árvore!
— Não, não, espera aí, Silvio... por que a gente não se diverte um pouco antes? Tu disse que a fraca não, mas essa mulher tá bem forte e saudável. Já pensou meter nela onde o Alfa Walker meteu a rola?
— Que porra, Leo, tu só pensa nisso, caralho! O que que tem dentro dessa tua cabeça pervertida?
— Eu vou comer que tô com fome. Enquanto ela ficar inteira, faz o que tu quiser — e vejo minha última esperança ir embora.
— Beleza, beleza. Vou abrir só um pouco, mas vou devolver ela inteirinha — ele sorri e quase me dá vontade de vomitar.
O outro ainda segura meu cabelo e minha cabeça lateja de dor, assim como meu estômago.
— E tu, Roger, vai comer ou vai foder? — o chefe pergunta pro animal que me chutou e me mantém prisioneira.
— Nah, vou comer primeiro. Talvez depois me divirta um pouco. Ela é toda tua — e me j**a pro homem nojento, que me espera pra se aproveitar de mim.
— Meu irmão vai arrancar o couro de vocês! Seus bandidos! Vocês não vão escapar dessa! — Lady Amalia os ameaça, mas só leva outro tapa na cara e é amordaçada.
— Ei, vai pra outro canto, a gente vai comer. Não faz tuas nojeiras aqui na frente dessa mulher, senão ela é capaz de infartar — ele ordena ao tal Leo e me puxa pelo braço, me arrastando até atrás de uns arbustos altos.

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