Raven
Me levanto balançando a cabeça, com vontade de cuspir na cara dessa desgraçada, mas não quero dar mais motivos pra envergonhar o Cedrick e pra continuarem dizendo que sou uma selvagem vulgar, venenosa e agora também mentirosa.
Ouço ao meu redor as exclamações de indignação e os olhares acusadores, mas pra mim, só importava uma pessoa nessa matilha.
Como o meu Alfa estava me olhando?
— Cedrick... — murmuro e tento dar um passo na direção dele.
Mas Cedrick nem sequer olhava pra mim. E quando tentei falar com ele pelo vínculo telepático, ele tinha me bloqueado.
Algo dentro do meu coração quebrou.
Eu sabia… falhei de novo por ser ingênua. Me achei esperta demais, e no fim, eu era só a presa.
Por algum motivo, lembrei do meu julgamento, quando todos também me acusavam injustamente e ninguém me defendeu. Nem mesmo o meu companheiro.
Baixei a cabeça cheia de raiva, dor e humilhação... mais uma vez.
— Vamos, Luna. Vamos pro seu quarto. O Alfa mandou eu te buscar e te levar pra lá.
As mãos pálidas e frias da Lady Amalia me seguram com delicadeza pelos braços, e eu deixo ela me levar, como uma boneca quebrada, até o quarto.
— O que vai acontecer com Cedrick? — pergunto pra Lady Amalia no corredor.
— Ele… vai receber as chicotadas de punição na praça central — ela responde, e o tom dela parece preocupado.
— Na frente de toda a matilha?! Como o Alfa pode se humilhar desse jeito?! A gente não pode deixar isso acontecer, Amalia, não podemos! — começo a chorar de verdade agora, tomada pela angústia, e tento voltar.
— Raven, calma! Você só vai piorar tudo! Não se pode ofender o conselho desse jeito, entende?

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