RAVEN
Não tenho coragem nem de tocá-lo pra ver se ainda respira.
A pele dele está em carne viva e preta como carvão, nem consigo olhar direito de tanto terror que sinto.
Todos os meus sentidos estão bloqueados pela dor extrema. Eu o matei, matei meu Alfa, matei meu companheiro!!
— Aaaahh, aaaahhhh!! — grito como louca e choro descontroladamente, abraçando finalmente o corpo inerte dele entre meus braços, colocando sua cabeça contra o meu peito.
O que foi que eu fiz?! Por que eu me confundi desse jeito?! Por quê?!
Plas, plas, plas, plas!
Em meio à minha agonia, eu escuto. O som de passos… e palmas.
Levanto a cabeça soluçando, a visão embaçada pelas lágrimas, e a vejo saindo das sombras, ela é quem está aplaudindo. Seus olhos já não são gentis, são cínicos.
O sorriso no rosto dela não tem compaixão, é cruel e sombrio.
— Tenho que admitir que saiu melhor do que eu imaginava. Bravo. Que poder formidável, querida escrava… e olha que ainda nem está no seu potencial máximo. Mas vamos dar um jeito de te adestrar como uma cadela e tirar o melhor de você.
— Amalia, sua maldit4!! O que foi que você fez?! — pergunto entre dentes, misturando minha dor com raiva e ódio.
— Não, melhor perguntar: o que foi que você fez, Raven? Acabou de matar o Alfa da matilha, porque você é uma infiltrada dos rebeldes. Tem ideia da gravidade disso?
Ela para a poucos metros de mim e diz com sarcasmo.
Nem sequer olhou o próprio irmão caído no chão.
— Do que você está falando? Rebelde? Você! Foi você desde o começo! Você era a rata traindo o Cedrick! Ele é seu irmão!! Como teve coragem de trair ele desse jeito?
— Rata? Acho melhor cuidar dessa boca venenosa, porque já estou de saco cheio dessa sua carinha de sonsa e dessa atitude desafiadora — ela dá vários passos ameaçadores em minha direção — Afasta dele e vem aqui!

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