RAVEN
— Então vem, Centuria, me mostra do que você é capaz, vamos lá! Faz tempo que tô querendo te dar uma lição!
Ela me desafia com os caninos pra fora, rosnando, e algo nela mudou completamente.
Já não é mais aquela loba pálida e frágil. Essa mulher tava escondendo o verdadeiro poder esse tempo todo.
Mas eu não tenho medo, vou lutar até o fim.
Me levanto, deixando o corpo do meu companheiro no chão, e me jogo sobre ela.
Lutamos como duas lobas furiosas, naquele espaço apertado, destruímos todo o quarto, rasgamos a pele com as unhas, mordemos até sangrar.
Eu queria matar como nunca antes.
Lutamos na forma humana, e Amalia mostrou uma força que nunca tinha revelado.
Os músculos ágeis dela escapavam das minhas garras, seus caninos afiados rasgavam minha pele sempre que eu me distraía.
Ela era uma loba poderosa, mas eu era movida por uma fúria incontrolável e desejo de vingança. Eu tava esperando, ganhando tempo. Meu poder ia voltar logo e eu não ia hesitar em usá-lo contra ela.
BAM!
Batemos contra o armário pesado que balançou perigosamente, quase caindo em cima da gente. Uma ideia passou pela minha cabeça.
Continuei desviando dos golpes, batendo e apanhando.
O fato de eu não saber lutar tava pesando.
Eu fazia tudo no instinto ou pelas orientações da Sena, e dava pra ver que a Amalia já tinha sido treinada de verdade.
Eu percebia o armário atrás dela balançando, uma das pernas já meio quebrada e inclinada.
— Você não passa de mais uma ferramenta do Alfa, sua idiota! Vem comigo e se torna uma mulher poderosa e independente, chega de depender de macho!
Ela tentava me seduzir com essas palavras venenosas enquanto a gente continuava trocando golpes, ataque e defesa, ataque e defesa.
Ela acerta um soco forte no meu estômago que me tira o ar.
Eu me encolho de dor, deixando de propósito minha postura vulnerável, e sei que ela não vai desperdiçar essa chance.
Claro que ela se j**a em cima de mim pra me dominar, mas eu me levanto de repente, agarro a cintura dela com força, pegando-a desprevenida, e a empurro com tudo contra o armário, que já tá praticamente em cima da gente.
BOOM!
Um estrondo enorme quando ele cai em cima da Amalia.
E não importa o quão forte ela seja, nenhuma humana aguenta aquele peso em cima do corpo.
Respiro ofegante e ferida, vendo a poeira da destruição subir, as lascas de madeira flutuando no ar.
Não consigo acreditar que acabei com essa ameaça tão fácil. Só que… eu não sei se o Cedrick vai acreditar quando eu disser que… Cedrick!
Me viro desesperada e agora, com a mente mais sóbria, mesmo com medo do que posso encontrar, vou checar se ele tá vivo.
Cedrick é forte, não é qualquer lobo, ele é um Alfa!
Cometo o erro fatal de virar as costas pra minha inimiga e subestimá-la.

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