AMALIA
— Espero que os vermes devorem com gosto a sua carne podre e que você nunca consiga descansar em paz, assim como eu nunca tive um único dia de felicidade desde que você arrancou de mim o que eu mais amava — cuspo nele com ódio e raiva.
— Eu sei muito bem que o Liam morreu protegendo você de um ataque que era pra você! Ele deu a vida dele pra você manter a sua, seu maldit0!
— Eu queria ter matado sua mulher na sua frente, pra você sentir o mesmo que eu senti! Pra você morrer um pouco todos os dias sentindo falta dela! — minha voz falha e minhas emoções se descontrolam, mas não vou mais hesitar.
Foi aqui que chegou o fim do Alfa Cedrick.
— Mas fica tranquilo, maninho… Eu vou me encarregar de transformar a vida dela num inferno enquanto você não estiver mais aqui. A Raven não vai ter um segundo de paz enquanto respirar — e tudo vai ser por sua culpa! Morre, seu maldit0 assassino!
Desço a adaga afiada com toda a minha força, querendo perfurar de vez esse coração podre, mas mais uma vez… não consigo completar minha vingança.
Uma mão cheia de sangue e em carne viva agarra a lâmina de aço pelo fio, detendo-a no ar.
Eu empurro com toda a força das duas mãos juntas, mas a poucos centímetros do peito dele… ela para.
Meus olhos, surpresos e apavorados, encaram os olhos azuis do meu irmão.
— Se eu não tivesse escutado com os meus próprios ouvidos… até o fim, sempre acreditei que você não seria capaz de me trair assim. Chega desse jogo doentio, Amalia. Chega!
Cedrick ruge e eu dou um salto pra trás, tentando escapar antes que ele me agarre.
— Por que você ainda tá vivo?! Como, se eu vi com meus próprios olhos ela te queimando por completo?! Você tem que morrer! Você TEM que morrer!
Balbucio sem conseguir acreditar. Quantas maldit4s vidas esse homem tem?!
Vejo ele se levantar, meio instável, a expressão dura de dor estampada no rosto.
Os olhos dele varrem o quarto e sei que está procurando por ela. Quando finalmente a encontra, tenta dar um passo em direção à Raven, mas dessa vez… as coisas não vão acontecer como ele quer.
Me lanço sobre a mulher desmaiada, que tá sangrando pela testa e caída no chão.

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