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Recebi alguns pedidos e aqui está a continuação, o ato 2 do nosso casal de milhões!
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Violet.
Um ano. Hoje faz exatamente um ano desde que entrei em um cartório ao lado de um homem quase desconhecido para me casar.
Naquele momento, tudo o que eu queria era esfregar na cara do meu ex que eu podia ser feliz sem ele. O que eu não esperava era que essa felicidade sem ele fosse real.
Agora, um ano depois, felicidade não é exatamente o que sinto. Estou furiosa, muito furiosa.
— Edgar! — Passei as mãos no rosto, tentando reunir paciência. — Já falei que você não pode usar um terno salmão! Essa é a cor das madrinhas da noiva!
— Eu me recuso a usar aquele traje preto sem graça que o seu noivo insiste em chamar de "padrão". EU NÃO SOU PADRÃO!
Há um ano, Edgar, o melhor amigo do meu noivo, estava animadíssimo ajudando a escolher meu vestido de noiva. Hoje, ele está mais preocupado em encontrar um terno para si mesmo do que em me ajudar a não cometer um assassinato antes do casamento.
Cruzei os braços e soltei um suspiro longo, tentando lembrar que eu gostava do Edgar. Pelo menos, na maior parte do tempo.
— Edgar, pelo amor de Deus… só escolhe um terno decente. Cinza, azul-marinho, qualquer coisa que não faça você parecer uma madrinha infiltrada.
Ele revirou os olhos e colocou as mãos na cintura, teatralmente ofendido.
— Primeiro, eu fico ótimo de salmão. Segundo, eu ainda não entendi por que você está tão nervosa. Você já sobreviveu a um casamento fake, esse agora pelo menos é de verdade.
Eu quis rir. Mas, em vez disso, minha mente foi direto para a razão pela qual eu estava com tanta raiva.
Exatamente um ano depois de ter entrado naquele cartório, eu estava prestes a fazer isso de novo. Só que, desta vez, com uma aliança que não era só um acordo, com um homem que já não era um desconhecido… e com um coração que, contra toda a lógica, havia decidido bater um pouco mais forte por ele.
E isso me assustava mais do que qualquer coisa.
Damon, por mais atencioso que fosse, estava ocupado demais com o novo trabalho. Deixar a empresa da família para trás após entrar em conflito com sua mãe tinha virado sua vida de cabeça para baixo. Acostumado a dar ordens, agora ele se via no lado oposto, tendo que responder a superiores — e isso estava sendo um verdadeiro desafio para ele.
A frustração era evidente, mesmo que ele tentasse esconder. Passava horas no escritório, tentando se adaptar a um ambiente onde sua opinião não era lei, onde precisava provar seu valor em vez de simplesmente ocupar um cargo herdado. E, no meio de tudo isso, por mais que tentasse, ele não conseguia estar tão presente quanto antes.
Eu entendia. Mas isso não tornava as coisas menos difíceis.
Com as férias escolares, eu estava livre do trabalho, o que significava que minha vida agora girava exclusivamente em torno dos preparativos do casamento. Cada minuto do meu dia parecia preenchido por listas, reuniões e decisões intermináveis.
Lembro-me de quando planejava meu casamento com meu ex. Naquela época, tudo parecia tão mais fácil. Minha ex-sogra tinha gostos muito parecidos com os meus, então ela praticamente organizou tudo, e eu só precisava dar o aval final. Não havia discussões sobre cores, estilos ou fornecedores—ela resolvia e eu concordava.
Agora, tudo era diferente. Cada escolha dependia de mim. E, para piorar, eu queria que esse casamento fosse especial, queria que tivesse significado. Mas quanto mais me esforçava para fazer tudo certo, mais sobrecarregada eu me sentia.
Me joguei no sofá no centro dos provadores, soltando um suspiro pesado enquanto Edgar experimentava mais um terno.
Salmão.
De novo.
Ele só podia estar tentando me enlouquecer. Não havia outra explicação.
— Acho que a Megan poderia escolher um vestido preto e ser madrinha do Damon, enquanto eu uso essa belezinha aqui e sou o seu padrinho. Que tal? — Edgar sugeriu, exibindo um sorriso travesso enquanto girava diante do espelho, admirando o terno salmão como se fosse a melhor invenção da moda.
Eu fechei os olhos e respirei fundo, contando até três. Talvez até dez fosse pouco.
— Eu não vou usar um vestido preto no casamento da minha melhor amiga! — Megan surgiu de repente por trás de uma arara de vestidos, os olhos arregalados em pura indignação.
Edgar bufou, cruzando os braços.
— Que dramática. Você ficaria um luxo, Meg. E, convenhamos, seria um ótimo equilíbrio visual.

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