Amor Sombrio romance Capítulo 15

Resumo de CAPITULO 14: Amor Sombrio

Resumo de CAPITULO 14 – Capítulo essencial de Amor Sombrio por Thay

O capítulo CAPITULO 14 é um dos momentos mais intensos da obra Amor Sombrio, escrita por Thay. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

O rei Leopold sorriu sarcástico ao amassar o jornal, jogando-o para longe enquanto segurava-se para não quebrar o aparelho celular em sua mão. Em todos os locais estava a fotografia de Lis sendo carregada por Sebastian ao entrarem no hospital. Seus assessores já haviam assegurado que estavam contendo a divulgação das imagens e informando que a jovem sofreu um colapso devido ao estresse, mas ainda assim sempre que seus olhos iam de encontro a imagem sentia vontade de bater em Michael por ter permitido uma situação como aquela.

— Eu deveria visita-los? – Perguntou ao olhar para a sua esposa, a qual se mantinha sentada alheia a tudo que acontecia. Glória mantinha seus olhos fixos no livro tentando não prestar atenção ao que seu marido dizia. Ela estava aliviada por Michael estar longe deles e principalmente de problemas.

— Apenas deixe que a publicidade resolva. A garota estava desmaiada e não se agarrando com ele. Por Deus.

Leopold bufou ao concordar em silêncio.

—Ainda assim seria melhor enviar alguém para reduzir os riscos.

— Fala como se estivéssemos em uma guerra – Sorriu descontraída ao fechar o livro e encarar o seu marido – Mande Augusto, será interessante ver como o príncipe herdeiro vai se comportar diante de uma situação assim.

— Isso pode ficar interessante – Sorriu ao se aproximar de Glória, acariciando o seu rosto – Eu gosto quando a vejo pensar assim.

— Eu sei – Deu de ombros ao abrir o livro, retomando a sua leitura ignorando o seu marido.

***

Os olhos de Philipe se dirigiram para a figura que o encarava em frente a porta. Ele ergueu uma sobrancelha assim que viu Lis acenar timidamente para ele, como se pedisse permissão para entrar no cômodo e ao suspirar a chamou. Sentou no sofá sem se importar em estar vestindo uma regata branca e um short de malha.

— Eu sinto muito – Lis falou ao encará-lo – Espero que consiga fazer as pazes com seu irmão.

— Sempre brigamos, não se preocupe com isso – A olhou mais detalhadamente e sem hesitar, levantou do sofá tocando a testa dela. Sem perceber o modo como a jovem arregalou os olhos diante de sua figura – Parece que não tem mais febre, isso é bom.

Lis não conseguiu assentir, e nem mover o seu corpo mesmo sabendo que deveria fazer. Ela não conseguia acreditar que alguém da família real estava demonstrando algum tipo de preocupação com ela. Insegura e inquieta tocou no próprio braço assim que Philipe se afastou, seus olhos foram na direção oposta de forma instantânea.

— É estranho alguém de sua família estar sendo gentil comigo.

— Acho que compreendeu errado – Philipe disse sério – Estou fazendo isso para evitar futuros escândalos. Um escândalo afetaria a minha carreira e a minha paz, e isso é a ultima coisa que eu desejo.

Um sorriso desconfortável enfeitou a face de Lis ao assentir antes de dar as costas a Philipe.

— Agradeço de qualquer forma, e vou embora. Não quero continuar atrapalhando a sua vida. – Um bolo se formou em sua garganta. Ela se sentia tola por ter imaginado que alguém daquela família poderia ser normal e sentir empatia por alguém. – Eu estou indo embora. – Contudo, assim que chegou na porta do cômodo, Philipe segurou a sua mão. – O que foi? – Perguntou ao se virar.

— Deveria ficar aqui por mais dois dias para se recuperar – Algo em sua voz a fez sorrir levemente, negando com a cabeça – É o correto a ser feito.

— Não devemos seguir tudo ao pé da letra – Sorriu – Obrigada de verdade. Você conseguiu que eu tivesse um pouco de esperança, mas posso perguntar algo? – Ele assentiu – Michael sempre foi sádico e doente? Teve algum momento em que ele foi... normal?

Philipe a soltou, assentindo.

— Meu irmão já foi uma pessoa normal – Confirmou o que Lis imaginava – Mas não posso falar muita coisa, passei parte da minha vida morando longe da minha família. – Diante do olhar confuso dela, suspirou – A família real tende a trazer o que há de pior em nós, por isso optei por me afastar ao máximo.

— Ele não teve essa chance?

—Sim, mas acho que foi destruída – Passou A mão pelos cabelos – Deseja comer algo? – Lis assentiu ao pensar em suas opções – Se está pensando em salvá-lo, desista. Michael deixou de ser humano. – A avisou antes de passar por ela, ir em direção a cozinha e olhar de relance para Sebastian adormecido no sofá.

E quando eu deixei de ser um lacaio daquela família?

Philipe se viu pensando ao começar a cozinhar. Ele havia saído mais cedo do trabalho, algo que jamais fazia, assim que recebeu a ligação de sua família. O terceiro príncipe havia prometido a si mesmo que não faria algo como aquilo desde que havia ido morar em outro país.

— E agora, olhe onde eu estou – Sussurrou ao quebrar os ovos – Eu realmente preciso mudar a minha vida.

***

Por mais que Philipe insistisse para que ficasse por mais alguns dias, Lis negou veementemente ao se recordar das lembranças que tinha de Michael entrando no quarto e tocando em seu cabelo. Ela não queria confiar no demônio e muito menos ter esperança de que ele não fosse a mesma pessoa que se mostrava, contudo se viu ansiosa para encontra-lo. Apenas para lhe questionar.

Mesmo consciente da personalidade homicida do príncipe, se viu curiosa sobre ele. Curiosa sobre os motivos para desconfiar de todos.

— Para que médico? Eu estou aqui – Sorriu devasso ao olhar para o corpo dela. – Posso descobrir isso bem rápido.

— Não – Sussurrou assustada ao colocar suas mãos no peito dele – Por favor – Implorou ao sentir as lagrimas vierem aos seus olhos – Eu não quero que minha primeira vez seja assim, eu realmente não quero.

Michael a encarou por alguns segundos. Tocou em uma das lagrimas que caiam de seus olhos, levando aos lábios em seguida.

— Eu não iria estupra-la – Disse calmo, saindo de cima, sentando-se ao seu lado – Se isso for realmente verdade, por qual motivo ele a escolheu?

— Eu já disse que não sei – Gritou frustrada – Quantas vezes preciso falar? Se eu soubesse teria feito algo. Não quero continuar presa a você. – Confessou.

—Estamos de acordo nisso – Levantou da cama sem olhar para ela – Por qual razão veio até o meu quarto?

Lis arrependia-se por ter feito aquela tolice. Praguejou em pensamento ao se sentar na cama, olhando para as costas – também repleta de marcas – o que a fez levar a mão até a boca afim de evitar gritar.

— Quem fez tudo isso com você?- Acabou perguntando – Por isso não confia nas pessoas – Acabou se dando conta.

— Isso não lhe interessa – Respondeu com a voz amargurada – Além do mais, não respondeu o motivo de ter vindo até aqui.

— Sinceramente, não sei mais – Se levantou indo em direção a porta – Eu não tenho motivos para mentir, e muito menos para querer ficar ao lado de alguém que deseja a minha morte como você. Estou aqui forçada, provavelmente assim como você, então pare de achar que sou sua inimiga.

— Nunca falou dessa forma gentil e suave comigo. Está com pena por ter visto meu corpo?- Disse sério ao encará-la.

—Não. Suas cicatrizes dizem o quanto sofreu e o quanto lutou para sobreviver, Michael. Eu sinto admiração, apenas isso. E estou falando assim de forma gentil provavelmente pelo sonho que eu tive.

— Sonho?

— Onde você foi até a casa de Philipe e tocou em meu cabelo. Deve ter sido um sonho, certo? – Sorriu diante do olhar perdido dele – Até mais, príncipe – Saiu do quarto fechando a porta atrás de si, refugiando-se em seu próprio quarto.

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