Resumo de CAPITULO 16 – Amor Sombrio por Thay
Em CAPITULO 16, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Amor Sombrio, escrito por Thay, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Amor Sombrio.
— Eu não acredito nisso – Lis se viu falando antes de bater na porta de Sebastian contrariando todo o bom senso, pois sabia que deveria ficar longe de todos da realeza incluindo o segurança, mas ainda assim se viu indo até ele para desabafar. Nem ela soube como conseguiu sair do apartamento ainda inebriada pelo ar de perigo que Michael exalava mesmo distante. – Oi, posso entrar? – Perguntou assim que Sebastian abriu a porta lhe dando passagem. O segurança segurava um copo com cerveja e vestia um pijama de listras. – Eu estou incomodado? – Tornou a perguntar assim que passou por ele, e ao vê-lo negar com a cabeça, sorriu – Desculpe, mas não tenho ninguém com quem conversar. Deve ser estranho que eu venha até você, certo?
Sebastian poderia citar todos os elementos estranhos na jovem a sua frente, contudo a sua necessidade de conversar seria a única coisa normal. O modo como os lábios dela estavam avermelhados, seus cabelos desgrenhados, seu rosto ligeiramente avermelhado e suas pupilas dilatas. Sebastian percebeu cada detalhe ao apontar para o sofá, indicando que ela deveria sentar-se.
— Cerveja ou chá? – Perguntou ao ir em direção a cozinha.
— Cerveja – Respondeu mesmo sabendo que não deveria beber. Ela ainda tinha medo de uma recaída de sua enfermidade causada pelo príncipe sádico. Agradeceu cálida ao pegar o copo com cerveja que Sebastian lhe ofereceu minutos depois. – Posso perguntar algo?
— Vá em frente – Disse sentar-se no chão logo em frente a ela. Ele estava curioso pelo estranho comportamento da noiva do príncipe.
— Imagino que conheça Michael há muito tempo – Ele concordou ao beber mais um gole da cerveja – As marcas em seu corpo quando aconteceu?
— Parece que ficaram íntimos – Murmurou cuidadoso ao encará-la e diante do seu silencio, suspirou – Acho que no exército. Não olho muito para os corpos dos príncipes – Sorriu ligeiramente exibindo uma expressão que Lis jamais havia visto. Sebastian sorria como um cafajeste. – Se ficou tão intimida dele poderia perguntar ao próprio.
— Seria mais fácil, mas ele não é o tipo fácil de pessoa – Respondeu ao não revelar a verdade. Lis ainda pretendia entender contra quem estava lutando. – Deve achar estranho a minha pergunta.
— Um pouco – Admitiu – Mas não é como se fosse da minha conta, certo? – Bebeu mais um gole – Beba também – A incentivou tentando segurar o riso diante da careta assim que engoliu o primeiro gole – É a sua primeira vez bebendo?
—Não exatamente, quero dizer, ano passado tomei um pouco de vodka com alguns amigos, mas é a primeira vez bebendo cerveja.
— Você é como uma criança – Sorriu relaxando – Deve estar sendo difícil viver tudo isso – Ela concordou ao beber mais um gole acompanhando uma careta – E pela sua cara não está gostando.
— No momento em que ela cai pela garganta é agradável, mas assim que o gosto da cevada fica evidente torna-se amargo e repulsivo. É como me sinto quando olho para Michael – Se viu falando sem perceber – Eu realmente preciso beber mais – Se deu conta ao virar o copo, erguendo em direção a Sebastian – Espero que tenha mais cerveja – O segurança gargalhou ao concordar, levantando-se trazendo algumas garrafas consigo – Eu realmente quero esquecer tudo por alguns instantes – Murmurou ao beber mais um gole da bebida.
— Esquecer é bom – Incentivou – Não está preocupada com as noticias? – Diante da expressão confusa dela – Sobre a foto em que estou a carregando no hospital. Parece que o palácio emitiu um comunicado dizendo que estava estressada devido a mudança. Caso alguém pergunte, deve concordar com eles.
— Sempre é assim? Apenas um gravador repetindo tudo sem se importar com nada.
— Agora você é uma figura publica, e duvido que a verdade seria uma versão atrativa para o público. – Ponderou ao vê-la beber novamente – E a versão nova é bonitinha.
— Tudo em diminuitivo é ruim – Sorriu levemente – E não sei o motivo das pessoas ficarem tão entusiasmadas com isso tudo. A realeza é doente, mas são pessoas normais. Quero dizer, são humanos.
— Somos ensinados a gostar de coisas assim desde crianças – Sebastian se viu falando ao colocar a cerveja de lado – Mas parece que nunca teve esse desejo.
— Não, sempre quis ser uma advogada de sucesso. Aquele tipo de pessoa que fala: eu protesto, e todos olham com orgulho – Sorriu largamente ao olhar para a cerveja em seu copo – É um motivo tolo, eu acho.
— Nenhum motivo é tolo, Senhorita Muller.
— Apenas Lis, por favor. – Ele concordou ao beber mais um gole – E não se cansa de trabalhar para essa família?
— Não, é como se fosse uma parte de mim – Deu de ombros – Uma parte que eu não me vejo sem.
—Isso foi bonito – Sorriu ao beber mais um gole tentando esquecer as marcas no corpo de Michael.
***
O barulho de objetos caindo fez com que Michael se levantasse da cama, abrindo a porta do quarto em seguida. Ele sorriu somente em imaginar esmurrar alguém para livrar-se de suas frustrações, mas assim que olhou para a porta do quarto de Lis, encarou a jovem sentada no chão em meio a bagunça, incrédulo.
Ele ainda se recordava do olhar amedrontado dela ao segurar em seu cabelo, mas não imaginara que ela iria embebedar-se para fugir da realidade.
Não é como se eu nunca tivesse feito isso. Fiz coisa pior para esquecer tudo.
Deu de ombros ao encostar no batente da porta, e manter seu olhar na jovem risonha a sua frente. Lis parecia inerente a sua presença e ele duvidava que ela se importaria de vê-lo naquelas condições. Aproximou-se tentado a provoca-la, mas assim que parou atrás dela, a viu se virar e sorrir para ele.
O enjoo veio acompanhado de uma dor de cabeça latejante assim que Lis abriu os olhos, sentindo o seu corpo dolorido ao se sentar no chão. Levou a mão até a cabeça descendo em direção aos seus lábios. Permaneceu parada durante um tempo tentando se recordar as imagens desconexas que dançavam em sua mente, deixando-a ainda mais zonza e languida.
— Ressaca? – Se perguntou incrédula ao se apoiar no chão para se levantar repudiando a si mesma por ter bebido tanto, contudo se viu questionando como havia saído do apartamento de Sebastian e chegado até o seu quarto. – Ele me trouxe? – Não soube responder. Nada fazia sentido para a jovem. Se dirigiu para o banheiro acreditando que um banho gelado a ajudaria, mas se viu perplexa ao perceber que não, assim que terminou de se vestir. Uma calça jeans e uma blusa larga na cor azul. A sua cabeça girava ainda mais a cada segundo. – Merda – Balbuciou ao abrir a porta do quarto, andou a esmo até parar na cozinha, beber um pouco de água e virar-se, se deparando com Michael a olhando. O seu olhar a fez hesitar antes de suspirar. Ela se sentia cansada demais para tentar compreender as ações do sádico a sua frente. O ignorou o máximo que conseguiu até escutar a sua voz.
— Começo a entender como seduz todos.
— Vá para o inferno – Respondeu sem encará-lo. Ela só queria ficar em um lugar silencioso e dormir até não sentir mais nada.
— Vou assim que eu a levar comigo – Sorriu largamente ao fazer um barulho com chaves, atraindo a atenção da jovem. – Seu motorista hoje sou eu, deveria estar agradecida e se ajoelhar como uma forma de me agradecer, sabia?
— Onde ele está? – indagou referindo-se a Sebastian sem olhar para Michael.
— Isso não importa agora, vamos. Não é como se eu tivesse todo o tempo do mundo.
Lis se virou tentando não se impressionar com o modo como ele estava vestido. Uma calça preta social e uma blusa social branca com o dois primeiros botões abertos. E se viu achando-se uma tola por estar admirando-o.
—Minhas opções são ir sozinha ou com você? – Ele deu de ombros – Prefiro ir sozinha. – Com um sorriso cínico saiu da cozinha passando por Michael, contudo ao sentir a mão dele em seu braço parou – O que foi?
— Temos uma consulta marcada no ginecologista. Quero ter certeza sobre sua virgindade.
A expressão de Lis foi o reflexo de sua incredulidade diante da situação.
— Você é mesmo um doente – Murmurou ao se libertar indo em direção ao quarto, gritando em resposta – Vamos, quero ver a sua cara quando perceber que não sou uma prostituta. Seu doente, lunático.
Michael se limitou a sorrir. Ele se divertia diante de cada expressão ou argumento da jovem.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Amor Sombrio