Amor Sombrio romance Capítulo 20

Augusto cruzou os braços em frente ao corpo ao ver Michael sair sozinho do prédio, para onde tinha o visto levar Lis. Sorriu ao andar em sua direção antes de gritar seu nome. Todos que estavam próximos, olharam na direção dos irmãos. As mulheres se mostravam ainda mais deslumbradas pela beleza e elegância dos príncipes. Michael olhou para Augusto com o semblante sério ao ver o seu irmão mais velho parar em sua frente.

— Acha que eu ficarei aqui somente por ter chamado a atenção? – Michael perguntou para Augusto, o qual sorriu largamente – Não sou do tipo que cai em seus jogos.

— Estava apenas chamando o meu irmão, não vejo problemas – Sorriu ainda mais – Falando nisso, onde está minha futura cunhada? Não me diga que ela já o trocou? Não me admira.

— Apenas pare – O alertou ao dar um passo em frente ficando centímetros de distancia. A diferença de alturas ficou ainda mais evidente. Michael conseguia ser mais alto que Augusto tranquilamente – Não continue.

— Pretende bater no herdeiro do trono? – Gargalhou modificando sua expressão em seguida – Nosso pai me enviou. Parece que você continua sendo incompetente aos olhos dele e preciso vir limpar a sua sujeira. Sem escândalos.

— Gosta de fazer o contrario do que me ordenam. Pensei que já tivesse entendido.

— E eu espero que tenha entendido o quanto as pessoas a sua volta saem machucadas com suas ações – Disse sério – Serei sua babá por um tempo, o que acha de me ajudar a te ajudar?

Sem responder, Michael deu as costas ao seu irmão indo em direção saída principal mesmo sob os olhares das pessoas e das fotografias. Ele desejava se afastar de tudo o quanto antes. Antes que pudesse cometer alguma insanidade. Antes que voltasse para onde Lis estava com Sebastian.

***

Lis olhou para a cerveja que Sebastian colocou em sua frente ao mesmo tempo em que ele olhava em volta com receio de que alguém pudesse tirar uma foto, pois se encontravam em um bar simples próximo a universidade. Após a insistência da jovem, se viu levando-a para beber mais uma cerveja.

Apenas mais uma. Disse a si mesmo assim que sentou em sua frente.

— Eu sou uma masoquista – Lis falou ao ingerir o primeiro gole da cerveja, fazendo uma careta em seguida – Continuo querendo beber uma coisa que não suporto. O que eu deveria fazer?

— Parar de beber – Deu de ombros ao cruzar os braços em frente ao corpo. Sua atenção estava nas pessoas a sua volta, as quais pareciam não perceber quem eram. – Disse que achava ser masoquista.

— Sim, mas não somos amigos, não é? – Sorriu atrevida antes de fazer um sinal com a mão – Eu continuo pensando no sádico. Não de forma amorosa, mas como se eu quisesse salvar a sua alma. Isso é cada vez mais estranho.

Sebastian limitou-se a assentir tentando não falar nada que pudesse fazer a jovem se sentir ainda mais instigada para conhecer a verdade sobre o segundo príncipe. Afinal, ninguém poderia saber a verdade. Ninguém poderia saber o culpado por ter transformado o príncipe em ser demoníaco.

— Devemos voltar assim que acabar essa cerveja – Ele a avisou ligeiramente intrigado com um movimento próximo a entrada do bar, se levantando abruptamente assim que avistou seguranças indo em sua direção acompanhados pelo príncipe Augusto. 0 primeiro príncipe sorria relaxadamente ao parar em frente a eles. – Alteza – Sebastian disse extremamente sério ignorando o sorriso oportuno de Augusto – Posso ajudá-lo em algo?

— Vim apenas ver a minha graciosa cunhada – Fez um sinal com as mãos afastando seus seguranças, enquanto mantinha o olhar em Lis. A jovem o ignorava mantendo toda a sua atenção na cerveja a sua frente. – E a encontro bêbada, confraternizando com a criadagem. – Gargalhou enquanto imaginava a expressão de seu irmão Michael diante da situação. Puxou uma cadeira sentando-se de frente para a jovem encarando-a com extrema atenção. Nenhum detalhe passou despercebido pelo primeiro príncipe – Conte-me, Lis Muller a verdade – Falou ao vê-la colocar o copo vazio em cima da mesa – Quero entender o motivo de não ter fugido de meu irmão.

— Você o odeia? – Ela perguntou ao encará-lo sem preocupar-se com alguns fios de cabelo que caiam em seu rosto – Um irmão odiando o outro, é realmente triste.

Augusto modificou a sua expressão por alguns segundos até sorrir novamente. Um sorriso vazio e falso.

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