Lis não conseguia se mover nem por um mínimo milímetro. Ela se mantinha deitada olhando para o teto com o cobertor em seu corpo tentando ignorar Michael deitado ao seu lado, lhe encarando com um sorriso na face. Ele parecia se divertir ao vê-la incomodada daquela forma.
Os planos da jovem eram de retornar para o seu quarto assim que o segundo príncipe caísse no sono, contudo já havia se passado uma hora desde que ele deitara ao seu lado. Uma hora em que esperava por ele adormecer, sem sucesso.
— Precisa de bebida para se soltar? – Michael a provocou ao apoiar o cotovelo no colchão mantendo o olhar em Lis. O modo como o corpo dela estava tenso, o fazia sorrir, divertindo-se com a situação.
— Você deveria ser o único incomodado com isso. Da última vez em que fiquei no seu quarto, chegou a dormir? – Ele negou calmo – Isso deveria fazer com que eu me sentisse segura? – Se perguntou cansada. – Se não consegue ficar com alguém no mesmo quarto, não deveria ir para outro lugar? Tem uma bela banheiro no banheiro. Pode colocar algum cobertor lá.
— Se esse é o meu quarto, por qual motivo iria dormir na banheira? –A sua pergunta fez Lis suspirar ao retirar a coberta pronta para se levantar quando sentiu a mão dele segurando a sua mão. Ela o encarou sem saber como reagir. Ela abriu a boca para responder, mas se viu em silêncio no instante em que ele a puxou, fazendo-a cair deitada ao seu lado. Seus rostos próximos, fizeram a jovem piscar sem ação. Michael não sorriu ao encará-la. Ergueu a mão tocando o seu rosto com delicadeza antes de colar suas testas. Ele conseguiu sentir o aroma dela que tanto lhe intoxicava, questionando-se o quão imprudente estava sendo. Sua mão desceu em direção ao pescoço, acariciando-o levemente. Ele queria saber como seria expressão de Lis ao gemer. Ele queria saber o quanto seu rosto poderia se tornar avermelhado. – Você é realmente.. – Não terminou a frase, pois seus lábios foram capturados por Lis. Ela não pensou ao segurar o rosto de Michael e beijá-lo com ardor.
Lis se viu sendo sincera aos seus desejos.
E ela sabia que não iria se arrepender.
O beijo de Michael que antes era tímido, tornou-se provocativo e avassalador no instante em que ele pressionou o seu corpo contra o dela, deitando-se por cima.
— Eu não sou o tipo que consegue se controlar – Michael revelou ao encará-la assim que pararam de se beijar. Ele continuou a encarando com ardor mantendo a sua mão em seu rosto.
— E eu estou pedindo por isso? – Respondeu atrevida ao sorrir – Eu só queria ceder ao meu desejo antes que fosse tarde.
— Tarde para que? – Indagou confuso, contudo antes que ele pudesse raciocinar corretamente, Lis passou as pernas pela cintura dele, prendendo-o, envolvendo o seu pescoço com seus braços.
— Eu não quero parar.
— Qualquer pessoa pensaria o inverso – Algo em Michael o estava forçando a tentar persuadi-la de sua decisão. – Eu não posso lhe oferecer nada. Eu jamais vou poder me apaixonar por você – Declarou frio com os olhos vazios, a fazendo assentir em resposta – Não acho que manteve a sua virgindade para qualquer um como eu.
Lis sorriu levemente.
— Eu só não tinha tempo para ter encontros ou namorados – Confidenciou – Não estou guardando ou oferecendo a minha virgindade como algum presente. Isso nem ao menos é um presente, Alteza. Uma virgindade é apenas um hímen.
Michael gargalhou ao encará-la antes de a beijar com mais paixão. Passou sua língua pelos lábios dela delicadamente, mordiscando-os em seguida.
Lis gemeu assim que sentiu a mão de Michael subir pela sua perna, indo em direção ao short que vestia. Ela se viu respirando fundo, fechando os olhos levemente, no momento em que ele afastou sua perna, dando mais espaço para seus dedos invadissem a sua intimidade ao colocar a sua calcinha para o lado. Um gemido escapou de seus lábios no instante em que Michael moveu seus dedos, acariciando o seu ponto delicado. Inconsciente, Lis puxou o cabelo de Michael, arranhando o seu pescoço em seguida. E não demorou para Michael parar e a encarar.
— Eu... Fiz algo errado? – Lis indagou confusa obtendo como resposta um sorriso de Michael. Ele se afastou por alguns instantes, retornando com uma gravata. – O que pretende fazer?
Michael segurou a gravata azul com força ao ir em direção a cama. Tocou no braço de Lis, o acariciando para em seguida, amarrar a gravata nele.
— Se me tocar ou me arranhar, posso acabar perdendo o controle. Esquecer que estou bem e que estou aqui ao seu lado. Eu não quero ter um surto – Admitiu sincero ao encará-la – Preciso apenas manter suas mãos presas. Somente.
— Precisa me falar o motivo para isso. Não posso aceitar ser amarrada sem um motivo válido.
— Passei por muitas coisas no exército. Preciso ter certeza de que não estou lá. É um pouco difícil de explicar, mas vai precisar confiar em mim.
Lis suspirou ao fechar os olhos por alguns segundos antes de abri-los.
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