Resumo de CAPITULO 34 – Capítulo essencial de Amor Sombrio por Thay
O capítulo CAPITULO 34 é um dos momentos mais intensos da obra Amor Sombrio, escrita por Thay. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Lis não conseguia se mover nem por um mínimo milímetro. Ela se mantinha deitada olhando para o teto com o cobertor em seu corpo tentando ignorar Michael deitado ao seu lado, lhe encarando com um sorriso na face. Ele parecia se divertir ao vê-la incomodada daquela forma.
Os planos da jovem eram de retornar para o seu quarto assim que o segundo príncipe caísse no sono, contudo já havia se passado uma hora desde que ele deitara ao seu lado. Uma hora em que esperava por ele adormecer, sem sucesso.
— Precisa de bebida para se soltar? – Michael a provocou ao apoiar o cotovelo no colchão mantendo o olhar em Lis. O modo como o corpo dela estava tenso, o fazia sorrir, divertindo-se com a situação.
— Você deveria ser o único incomodado com isso. Da última vez em que fiquei no seu quarto, chegou a dormir? – Ele negou calmo – Isso deveria fazer com que eu me sentisse segura? – Se perguntou cansada. – Se não consegue ficar com alguém no mesmo quarto, não deveria ir para outro lugar? Tem uma bela banheiro no banheiro. Pode colocar algum cobertor lá.
— Se esse é o meu quarto, por qual motivo iria dormir na banheira? –A sua pergunta fez Lis suspirar ao retirar a coberta pronta para se levantar quando sentiu a mão dele segurando a sua mão. Ela o encarou sem saber como reagir. Ela abriu a boca para responder, mas se viu em silêncio no instante em que ele a puxou, fazendo-a cair deitada ao seu lado. Seus rostos próximos, fizeram a jovem piscar sem ação. Michael não sorriu ao encará-la. Ergueu a mão tocando o seu rosto com delicadeza antes de colar suas testas. Ele conseguiu sentir o aroma dela que tanto lhe intoxicava, questionando-se o quão imprudente estava sendo. Sua mão desceu em direção ao pescoço, acariciando-o levemente. Ele queria saber como seria expressão de Lis ao gemer. Ele queria saber o quanto seu rosto poderia se tornar avermelhado. – Você é realmente.. – Não terminou a frase, pois seus lábios foram capturados por Lis. Ela não pensou ao segurar o rosto de Michael e beijá-lo com ardor.
Lis se viu sendo sincera aos seus desejos.
E ela sabia que não iria se arrepender.
O beijo de Michael que antes era tímido, tornou-se provocativo e avassalador no instante em que ele pressionou o seu corpo contra o dela, deitando-se por cima.
— Eu não sou o tipo que consegue se controlar – Michael revelou ao encará-la assim que pararam de se beijar. Ele continuou a encarando com ardor mantendo a sua mão em seu rosto.
— E eu estou pedindo por isso? – Respondeu atrevida ao sorrir – Eu só queria ceder ao meu desejo antes que fosse tarde.
— Tarde para que? – Indagou confuso, contudo antes que ele pudesse raciocinar corretamente, Lis passou as pernas pela cintura dele, prendendo-o, envolvendo o seu pescoço com seus braços.
— Eu não quero parar.
— Qualquer pessoa pensaria o inverso – Algo em Michael o estava forçando a tentar persuadi-la de sua decisão. – Eu não posso lhe oferecer nada. Eu jamais vou poder me apaixonar por você – Declarou frio com os olhos vazios, a fazendo assentir em resposta – Não acho que manteve a sua virgindade para qualquer um como eu.
Lis sorriu levemente.
— Eu só não tinha tempo para ter encontros ou namorados – Confidenciou – Não estou guardando ou oferecendo a minha virgindade como algum presente. Isso nem ao menos é um presente, Alteza. Uma virgindade é apenas um hímen.
Michael gargalhou ao encará-la antes de a beijar com mais paixão. Passou sua língua pelos lábios dela delicadamente, mordiscando-os em seguida.
Lis gemeu assim que sentiu a mão de Michael subir pela sua perna, indo em direção ao short que vestia. Ela se viu respirando fundo, fechando os olhos levemente, no momento em que ele afastou sua perna, dando mais espaço para seus dedos invadissem a sua intimidade ao colocar a sua calcinha para o lado. Um gemido escapou de seus lábios no instante em que Michael moveu seus dedos, acariciando o seu ponto delicado. Inconsciente, Lis puxou o cabelo de Michael, arranhando o seu pescoço em seguida. E não demorou para Michael parar e a encarar.
— Eu... Fiz algo errado? – Lis indagou confusa obtendo como resposta um sorriso de Michael. Ele se afastou por alguns instantes, retornando com uma gravata. – O que pretende fazer?
Michael segurou a gravata azul com força ao ir em direção a cama. Tocou no braço de Lis, o acariciando para em seguida, amarrar a gravata nele.
— Se me tocar ou me arranhar, posso acabar perdendo o controle. Esquecer que estou bem e que estou aqui ao seu lado. Eu não quero ter um surto – Admitiu sincero ao encará-la – Preciso apenas manter suas mãos presas. Somente.
— Precisa me falar o motivo para isso. Não posso aceitar ser amarrada sem um motivo válido.
— Passei por muitas coisas no exército. Preciso ter certeza de que não estou lá. É um pouco difícil de explicar, mas vai precisar confiar em mim.
Lis suspirou ao fechar os olhos por alguns segundos antes de abri-los.
— Eu a machuquei? – Questionou pensativo ao erguer um pouco o seu corpo, o suficiente para enxergar a sua face com exatidão. – O que houve? Nunca é calada.
Lis suspirou ao encará-lo ligeiramente envergonhada pelo que fizera nas últimas horas. Todas as posições, os gemidos, as caricias ainda se repetiam em sua mente de forma incansável, e agora se questionava em que aquilo iria alterar a forma em que conviviam e em como ela poderia lidar com seu próprio sentimento.
— Não foi nada disso – Ela se viu sorrindo ligeiramente ao tocar no rosto de Michael – Estava apenas pensando.
— Você não é do tipo que pensa muito, poodle. Poodles gritam, correm atrás e tentam assustar cachorros maiores, mas não param para pensar. – Sorriu provocante – Conte o que houve.
Lis finalmente vislumbrou uma oportunidade em Michael. Uma oportunidade para descobrir alguma coisa. Ela estava disposta a falar uma parte de seu problema, mas estava curiosa demais para permanecer com dúvidas em sua mente.
— Contarei com uma condição – Ele a encarou fixamente – Se me responder algo, contarei sobre o que estou pensando – Michael demorou alguns segundos antes de concordar. Lis suspirou ao fazer a pergunta que tanto lhe afligia - Onde Susana está?
A expressão de Michael modificou-se totalmente indo de deprimido para assustado. E cada sutil diferença, a fez encará-lo com mais cuidado.
— Qual o motivo da pergunta? – O modo grosseiro de Michael fez Lis desejar desaparecer daquele quarto. Suspirou profundamente ao tentar se levantar da cama, e no segundo seguinte o seu braço foi agarrado. – Espere – Murmurou – Ela foi minha noiva, mas é passado – O modo como a sua voz se tornou sombria a fez perceber que Susana sempre seria especial para ele.
Eu sempre vou ser uma noiva falsa.
Um sorriso repleto de tristeza enfeitou o seu rosto ao assentir.
— Vou tomar banho – Disse fazendo com que Michael a libertasse, e no instante em que se viu trancada no banheiro, chorou baixo ao perceber o erro que havia cometido. – Parece que estou me apaixonando por ele. E isso é uma merda – Enxugou as lagrimas ao analisar as suas alternativas, se dando conta que em apenas uma poderia sair com um pouco de dignidade daquilo tudo. Ela deveria se afastar dele e desaparecer.
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