Resumo de CAPITULO 35 – Uma virada em Amor Sombrio de Thay
CAPITULO 35 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Amor Sombrio, escrito por Thay. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
No momento em que Lis saiu do banheiro encontrou Michael sentado na cama segurando uma fotografia. Suas mãos pressionavam a fotografia tão forte, que ela viu o modo como a foto estava amassada. O seu coração apertou ao encarar a expressão de Michael, a qual beirava ao desespero.
Ela se sentia uma intrusa. Ela se sentia errada e inadequada naquele momento. De algum modo, sentiu que o sofrimento de Michael era particular e que não importasse o quanto tentasse ir ajuda-lo, sabia que ele iria afastá-la. Ela sentia isso.
O roupão felpudo que usava a fazia se sentir ainda mais sufocada.
O quarto logo não pareceu ser tão grande, pelo contrário, e antes que percebesse correu em direção a porta. Lis só desejava fugir do ciúme, do medo de ser abandonada e de qualquer sentimento que começava a ter pelo segundo príncipe.
Correu pelo corredor sem se importar em estar descalça com os cabelos molhados pingando a cada passo que dava e nem em sua respiração ofegante. Lis estava se controlando para não chorar.
E assim que percebeu, estava prestes a descer as escadas. Sorriu ao se dar conta do quão tolo havia sido o seu comportamento, mas lhe faltava coragem para retornar, pois abrir a porta do quarto iria lhe trazer a mesma visão de Michael sofrendo ao olhar para a fotografia, a qual ela imaginava ser de Susana.
Sentou no primeiro lance de escadas, apoiando o queixo com a sua mão, enquanto pensava em suas possibilidades.
— Problemas no paraíso? – Philipe disse assim que sentou-se ao lado de Lis, a fazendo gritar levemente – O que houve?
— Não me diga que veio me prender com aquela coisa? – Indagou realmente surpresa ao encarar o terceiro príncipe. Ela jamais imaginara que Philipe pudesse ter um lado sombrio. Um lado que lhe assustava.
— Que coisa? – Olhou curioso para ela. – Sobre o que está falando?
— O presente em cima da minha cama – Ele negou confuso – Não pediu para deixar um presente em meu quarto? – Ele negou novamente fazendo-a gargalhar – Alguém deixou uma caixa com uma algema em cima da minha cama. E bem, tinha o seu nome.
— Juro que não fui eu – Jurou ao encará-la. Ele queria ver a expressão submissa de Lis, mas nada lhe servia enviar um presente e não ver sua reação. – Deve ter sido alguma brincadeira de Augusto. Ele sempre fez coisas assim. Ele gosta de chamar a atenção – Deu de ombros tentando não olhar para a abertura do roupão mostrando as pernas dela. Sem nada falar, retirou o casaco que vestia e depositou por cima de sua perna – Bem, agora me conta o que houve.
Algo na voz de Philipe a fez hesitar antes de responder.
— Quem é Susana? – A expressão do terceiro príncipe, fez Lis repudiar a si mesma pela pergunta.
— Onde escutou esse nome?
—Michael. Ela é realmente bonita, vi uma foto dela – Disse misteriosa, pois não sabia se Philipe conhecia a empresa de Michael. – Ela é muito importante para ele?
— Tão importante quanto o oxigênio – Disse com a voz séria e um tom de voz baixo – Susana foi a única responsável por Michael ter aguentado tanto tempo no exército longe de todos. Foi por ela, que ele voltou vivo. E eu sempre serei grato a ela.
— Ela parece ser incrível. – Sorriu sem graça ao se comparar com a mulher que nem conhecera. – Um dia, Michael irá desistir de tudo por ela, não é? – A pergunta fez Philipe a encarar perplexo, mas antes que pudesse responder, o grito de Michael chamando o seu nome fez com que o casal se virasse. Michael andava a passos largos em sua direção vestindo apenas uma calça.
Os olhos de Lis se mantiveram fixos no corpo de Michael, desde suas pernas fortes até as marcas que ela havia feito em seu ombro e em seu peito. Ela se sentiu orgulhosa.
— Afaste-se dela – Michael falou ao olhar para Philipe – E você – Apontou para Lis ao estender a sua mão em seguida – Precisamos conversar.
Lis sabia que eles precisavam conversar, mas não queria, pois temia o conteúdo da conversa. Ela temia escutar que jamais poderia se comparar a Susana e que a desconhecida era a escolhida para habitar o coração do príncipe.
― Eu não iria fazer nada – Michael mentiu, pois estava pronto para assassinar o seu próprio irmão. Em algum ponto, havia se perdido. – Então não precisa ter medo.
― Eu não queria te perder desse jeito – Confessou, arrependendo-se pelo que falara no segundo seguinte. – Eu queria dizer que...
― Não se preocupe – A interrompeu – Eu sei o que queria falar – Sorriu exibindo suas covinhas ao fechar os olhos por alguns instantes. Mesmo conhecendo o motivo de seu pai ter a escolhido como a sua noiva, se viu feliz pelo que estava acontecendo.
O que isso quer dizer sobre mim?
Michael se perguntou ao apertá-la ainda mais contra o seu corpo.
***
Duque Klaus Vincent Reid. Apenas ler o nome do príncipe bastardo da Inglaterra fazia com que Sebastian meneasse a cabeça em descrença. A história do irmão que havia tentado matar o seu próprio irmão para que o rei reconhecesse a sua existência para o mundo, abalara o mundo assim que foi descoberta por um jornalista dois anos após a prisão do duque.
Klaus havia usado toda a conexão que conseguira com o tempo após a sua mãe casar-se com um duque para destruir a família real da Inglaterra, em uma tentativa tola de vingança, e agora estava preso em uma prisão de segurança máxima. Klaus era uma lenda. Klaus era um nome que sempre trazia medo para todos com passados sombrios, pois se alguém como ele havia conseguido atingir o seu objetivo ao sequestrar a princesa Charlotte e quase assassinar o seu irmão, tudo seria possível.
O documento em sua mão fez com que encarasse o vazio ao imaginar o motivo do rei em forçar o segundo príncipe a se casar com a prima do homem que havia tentado destruir a monarquia na Inglaterra.
― Será que Lis conhece o real motivo dela ter sido escolhida? – Questionou-se ao colocar a cabeça no travesseiro e fechar os olhos. Ele estava cansado demais ainda para tentar tomar qualquer ação sobre o que acontecia no reino. Sebastian desejava descansar de tudo.
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