Anjo Protetor romance Capítulo 35

Dois anos depois...

Jamais pensei que poderia ser tão feliz em toda minha vida, muito menos conseguir realizar todos os sonhos que tive enquanto amargurava dia após dia naquele quarto escuro do convento. Cheguei a cogitar que morreria naquele lugar, velha e amargurada como algumas das freiras que ali viviam.

Dois anos se passaram e muita coisa aconteceu comigo desde então. Casei-me com o homem da minha vida, ingressei na faculdade de medicina, além de morar permanentemente em Londres, mas sem nos desfazer da nossa cabana que tem sido nosso refúgio quando estamos estressados e loucos por descanso, como agora. Ethan e eu resolvemos pegar nossas malas e vir para cá, pois como Ethan é diretor do St. George´s Hospital e entre o seu trabalho, as aulas que ele ministra na faculdade e as minhas próprias aulas quase não há tempo para nós dois ficarmos juntos, pois quando chega a noite ambos estamos cansados demais para qualquer coisa e, quando percebemos que a rotina do dia a dia está nos afastando, nós fugimos para nosso paraíso na terra.

Chegamos ontem à noite e só tivemos tempo de tomar um banho, comer alguma coisa e capotar na cama, exaustos. Ethan, como sempre, já está de pé andando pela floresta, como ele gosta de fazer quando estamos aqui.

Termino de mexer os ovos para nosso café da manhã, mas quando ia colocar em uma travessa acabo me queimando na frigideira quente.

─ Ai! ─ Grito ao sentir o ardor. Em seguida vou até a pia lavar o dedo com água corrente, a fim melhorar um pouco a dor.

Tenho andado bastante distraída desde que recebi o resultado do exame que fiz há quinze dias, na verdade fui pega desprevenida pelo que estava escrito naquele papel e, desde então, estou um caco de nervos com a expectativa de como Ethan irá reagir à notícia.

─ Anjo?!

─ Aqui, amor! Na cozinha. ─ Grito para que ele me encontre.

Escuto seus passos vindo em meu encalço.

─ O que foi, Anjo? Você se machucou? ─ Pergunta todo preocupado.

─ Estou bem, amor. Só me queimei na frigideira, mas não foi nada grave, já passou.

─ Vem cá, me deixa ver direitinho essa queimadura. ─ Ele vai até a mesa e senta-se na cadeira mais próxima me fazendo sentar em seu colo.

─ Viu? Não foi nada, amor. Só está um pouco vermelhinho, daqui a pouco passa. ─ Digo sentando ao contrário em seu colo para olhar em seu rosto e dar um beijo gostoso de bom dia, já que não consegui dar quando acordei, pois ele já havia saído quando abri os olhos.

Ethan aprofunda o beijo enroscando meus cabelos em um punho da mão e com a outra aperta minha cintura com mais pressão. Não perco tempo e começo a me esfregar em seu colo num vai e vem gostoso, fazendo uma fricção deliciosa em nossos sexos.

─ Hum... Anjo, como você está gostosa, amor. Quero te comer em cima da mesa de café. ─ Quando ele fala a palavra “café” lembro que deixei o leite no fogo e dou um pulo para fora do seu colo, indo feito uma louca até o fogão para constatar que o leite derramou todo sobre o fogão.

─ Vem cá, Anjo. Olha como você me deixou. ─ Olho para trás e vejo-o com o calção fino de corrida formando uma barraca por causa do seu pau duro e começo a gargalhar da situação.

─ Você ainda fica rindo da minha situação, sua desalmada? ─ Ainda rindo vou até ele que se empolga com minha proximidade e estica os braços para me pegar, mas escapo a tempo e, com o dedo indicador balançando de um lado para o outro, digo: ─ Não, senhor, doutor Ethan. Nós vamos tomar nosso café da manhã agora e depois, se o senhor se comportar bem, nós iremos até a cachoeira tomar banho e lá, sim, eu posso cuidar desse seu probleminha aí em baixo. ─ Sorrio maliciosa e vou rebolando os quadris de forma acentuada até o fogão só para provocá-lo.

─ Assim você me mata, Anjo. ─ Rio do seu desespero.

─ Paciência é uma virtude, amor. ─ Pisco para ele provocante.

Tomamos café da manhã num clima maravilhoso o que me faz esquecer um pouco meu problema. Assim que terminamos de comer, vamos de mãos dadas até a cachoeira nadar e, quando chegamos lá, Ethan é o primeiro a tirar a roupa em minha frente, me deixando super excitada só em ver seu corpo musculoso e que sempre me deixará babando por ele, não importa há quanto tempo estaremos juntos, tenho certeza disso.

Depois que ele mergulha e dá algumas braçadas vigorosas na água, retiro minha roupa lentamente sem notar que estou sendo observada.

─ Linda! ─ Ethan sussurra com a voz grossa, do jeito que ele fica toda vez que está excitado.

Termino de tirar a roupa e mergulho em seguida, indo em direção ao meu homem, meu amor.

Quando o alcanço, agarro-me toda nele, braços, pernas, boca e coração.

─ Eu já disse que te amo hoje? ─ Questiono.

─ Não.

Epílogo (Melanie) 1

Epílogo (Melanie) 2

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