Antologia Erótica romance Capítulo 12

Esse conto contém defloração/ protagonista virgem, que pode ser incômodo para algumas pessoas.

- Ele só estará aqui às quinze horas - a secretaria bateu com o carimbo na folha de papel e a virou, fazendo o mesmo com a de baixo.

- O Sr. Burrows marcou comigo às onze.

- Imprevistos acontecem, queridinha. Pode esperar aqui ou voltar mais tarde.

Olhei para a recepção ao lado, pequena e mal iluminada, apenas um banco com três assentos juntos, em uma ponta um homem todo enfaixado e aparentemente bêbado e na outro um outro gordo e suado comendo um sanduíche de carne que derrubava mais molho em sua camisa que dentro da boca, apenas um pequeno espaço entre eles que mal caberia minha bunda.

- Volto mais tarde.

- Foi o que pensei.

Saí do escritório de seguros e logo o sol me cegou, era fim de maio e estava quente demais, fazendo que as pessoas se sentissem preguiçosas para andar na rua, ainda mais em uma terça-feira em horário comercial. Olhei no relógio mais uma vez, teria que esperar por quatro horas, tempo mais que suficiente para um sorvete.

Enquanto descia a rua, vi uma loja que mal me lembrava. Quando mais nova, sempre a visitava nas férias e fazia minha mãe comprar diversos doces e jogos. Tempo eu tinha, então não vi problema em me entregar a nostalgia. A Casa dos Brinquedos e Bonecas estava igual, aliás, não tinha passado tanto tempo assim.

Comecei a andar pelos corredores e olhar cada prateleira, muitos daqueles brinquedos eu não conhecia, peguei uma caixa branca cheia de pontinhos coloridos e uma bola preta no meio, sacudi uma vez.

- Eu vou conseguir aquele emprego? - disse baixinho.

"nem se nascer de novo."

- Que mal educado.

- Posso ajudar? - disse um dos donos se aproximando, eu me lembrava dele, quando entrei na adolescência, meu interesse em entrar naquela loja mudou dos brinquedos para o dono.

- Eu só estou olhando, é...

- Lucas.

- Eu só estou olhando, Lucas.

- Tá bem, se precisar de ajuda, Jane. Só me chamar.

Que fofo, ele lembrava meu nome. Bem, eu lembraria o dele também se não ficasse desconsertada toda vez que o via.

- Eu vou conseguir aquele emprego? - sacudi.

- Não faça a mesma pergunta - Lucas tentou tirar o objeto da minha mão mas a bola negra no centro explodiu espalhando tinta por todo meu vestido.

- Ah, não. Tenho uma entrevista de emprego em algumas horas.

- Calma - ele disse, pegando a caixa da minha mão - vamos limpar isso.

- Que tipo de brinquedo é esse?

- As crianças tem ficado cada vez mais dificéis de agradar, se não faz bagunça elas não se interessam.

Eu estava tão nervosa e chateada que apenas concordei, Lucas me levou para um banheiro pequeno nos fundos da loja e entrou comigo trancando a porta.

- Como isso vai sair?

- Se quiser tingimos ele todo de preto.

Eu ri com a idéia, mas era mais medo, Lucas pegou uma toalha e molhou na pia, em seguida a passou sobre a mancha mas só estava espalhando.

- Não tá funcionando - ele disse com a mão sobre meu seio - vai ter que tirar.

Arregalei os olhos com o choque e balancei a cabeça, nunca tinha ficado de calcinha na frente de ninguém.

- Ou tira ou fica com ele sujo.

Balancei a cabeça de novo.

- Já sei - ele disse com um sorriso lindo - vamos brincar.

- Como assim.

- O mestre mandou, conhece? - assenti - eu começo, o mestre mandou desabotoar um botão.

Corri os dedos pela costura da gola até embaixo e soltei o primeiro botão, Lucas apertou os lábios e por algum motivo isso me arrepiou.

- Muito bem - ele sorriu - o mestre mandou desabotoar dois botões.

Obedeci sem questionar, em seguida mandou eu desabotoar o restante, fazendo uma faixa de pele e lingerie branca aparecer por baixo da peça.

- O mestre mandou tirar o vestido e colocar sobre a pia.

Abaixei as alças e o deixei cair no chão, agachei apanhando o tecido e me levantei devagar colocando o vestido embaixo na torneira. Lucas assentiu em aprovação.

- Eu sou muito boa nesse jogo.

- Sim, muito boa - havia uma malícia curiosa na sua voz - quer continuar jogando?

- Vou ter que tirar mais alguma coisa?

- Você tiraria? - não respondi, eu não ia perder o jogo mas estava tímida com isso - quem sabe depois.

- Eu preciso do meu vestido limpo.

- Sim, o mestre mandou virar de costas - quando eu fiz, ouvi um 'nossa' atrás de mim, minha barriga encostou na pia fria e notei o quanto minha pele estava quente apesar de ainda arrepiada - o mestre mandou, esfregar.

Lucas parou atrás de mim e bateu com uma escova grande na pia.

- Não vai sair.

- Você vai perder - ele avisou - o mestre mandou esfregar com força.

Peguei a escova sobre a pia e passei sobre a mancha, forte e rápido, meu corpo balançava com o movimento, Lucas estava perto demais e sua calça roçava na minha pele, era uma sensação boa e como ele não parecia se importar, levei o corpo um pouco mais para trás, olhei por cima do ombro e Lucas sorriu, me inclinei mais e esfreguei, limpando boa parte mas não tudo.

- Nunca vai sair - choraminguei.

- Assim - Lucas colocou sua mão sobre a minha e forçou a escova no tecido, seu peito era pressionado contra minhas costas com o movimento, pequenas ondas elétricas percorriam meu corpo se concentrando no centro, eu queria mais um pouquinho e empinei só o bumbum. Lucas colocou o quadril mais para frente, senti seu pênis.

Bem, eu não sabia que era realmente seu pênis mas eu imaginava que sim. Mesmo nunca tendo visto um de perto.

- É, não vai funcionar.

Lucas jogou a escova na pia e a enfeitiçou com a varinha, ele tirou o celular do bolso e digitou uma mensagem, pegou uma toalha e secou as mãos, virei de frente para ele e ofereci minhas mãos.

Ele me secava enquanto eu olhava sua pélvis, morrendo de curiosidade. Lucas percebeu e pressionou minhas mãos juntas contra o volume que só crescia.

- Gosta disso? - perguntou.

- Eu não sei.

- Você nunca... - neguei com a cabeça - quer ver?

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