Resumo de O Mestre Mandou – Uma virada em Antologia Erótica de Evangeline Carrão
O Mestre Mandou mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Antologia Erótica, escrito por Evangeline Carrão. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Esse conto contém defloração/ protagonista virgem, que pode ser incômodo para algumas pessoas.
- Ele só estará aqui às quinze horas - a secretaria bateu com o carimbo na folha de papel e a virou, fazendo o mesmo com a de baixo.
- O Sr. Burrows marcou comigo às onze.
- Imprevistos acontecem, queridinha. Pode esperar aqui ou voltar mais tarde.
Olhei para a recepção ao lado, pequena e mal iluminada, apenas um banco com três assentos juntos, em uma ponta um homem todo enfaixado e aparentemente bêbado e na outro um outro gordo e suado comendo um sanduíche de carne que derrubava mais molho em sua camisa que dentro da boca, apenas um pequeno espaço entre eles que mal caberia minha bunda.
- Volto mais tarde.
- Foi o que pensei.
Saí do escritório de seguros e logo o sol me cegou, era fim de maio e estava quente demais, fazendo que as pessoas se sentissem preguiçosas para andar na rua, ainda mais em uma terça-feira em horário comercial. Olhei no relógio mais uma vez, teria que esperar por quatro horas, tempo mais que suficiente para um sorvete.
Enquanto descia a rua, vi uma loja que mal me lembrava. Quando mais nova, sempre a visitava nas férias e fazia minha mãe comprar diversos doces e jogos. Tempo eu tinha, então não vi problema em me entregar a nostalgia. A Casa dos Brinquedos e Bonecas estava igual, aliás, não tinha passado tanto tempo assim.
Comecei a andar pelos corredores e olhar cada prateleira, muitos daqueles brinquedos eu não conhecia, peguei uma caixa branca cheia de pontinhos coloridos e uma bola preta no meio, sacudi uma vez.
- Eu vou conseguir aquele emprego? - disse baixinho.
"nem se nascer de novo."
- Que mal educado.
- Posso ajudar? - disse um dos donos se aproximando, eu me lembrava dele, quando entrei na adolescência, meu interesse em entrar naquela loja mudou dos brinquedos para o dono.
- Eu só estou olhando, é...
- Lucas.
- Eu só estou olhando, Lucas.
- Tá bem, se precisar de ajuda, Jane. Só me chamar.
Que fofo, ele lembrava meu nome. Bem, eu lembraria o dele também se não ficasse desconsertada toda vez que o via.
- Eu vou conseguir aquele emprego? - sacudi.
- Não faça a mesma pergunta - Lucas tentou tirar o objeto da minha mão mas a bola negra no centro explodiu espalhando tinta por todo meu vestido.
- Ah, não. Tenho uma entrevista de emprego em algumas horas.
- Calma - ele disse, pegando a caixa da minha mão - vamos limpar isso.
- Que tipo de brinquedo é esse?
- As crianças tem ficado cada vez mais dificéis de agradar, se não faz bagunça elas não se interessam.
Eu estava tão nervosa e chateada que apenas concordei, Lucas me levou para um banheiro pequeno nos fundos da loja e entrou comigo trancando a porta.
- Como isso vai sair?
- Se quiser tingimos ele todo de preto.
Eu ri com a idéia, mas era mais medo, Lucas pegou uma toalha e molhou na pia, em seguida a passou sobre a mancha mas só estava espalhando.
- Não tá funcionando - ele disse com a mão sobre meu seio - vai ter que tirar.
Arregalei os olhos com o choque e balancei a cabeça, nunca tinha ficado de calcinha na frente de ninguém.
- Ou tira ou fica com ele sujo.
Balancei a cabeça de novo.
- Já sei - ele disse com um sorriso lindo - vamos brincar.
- Como assim.
- O mestre mandou, conhece? - assenti - eu começo, o mestre mandou desabotoar um botão.
Corri os dedos pela costura da gola até embaixo e soltei o primeiro botão, Lucas apertou os lábios e por algum motivo isso me arrepiou.
- Muito bem - ele sorriu - o mestre mandou desabotoar dois botões.
Obedeci sem questionar, em seguida mandou eu desabotoar o restante, fazendo uma faixa de pele e lingerie branca aparecer por baixo da peça.
- O mestre mandou tirar o vestido e colocar sobre a pia.
Abaixei as alças e o deixei cair no chão, agachei apanhando o tecido e me levantei devagar colocando o vestido embaixo na torneira. Lucas assentiu em aprovação.
- Eu sou muito boa nesse jogo.
- Sim, muito boa - havia uma malícia curiosa na sua voz - quer continuar jogando?
- Vou ter que tirar mais alguma coisa?
- Você tiraria? - não respondi, eu não ia perder o jogo mas estava tímida com isso - quem sabe depois.
- Eu preciso do meu vestido limpo.
- Sim, o mestre mandou virar de costas - quando eu fiz, ouvi um 'nossa' atrás de mim, minha barriga encostou na pia fria e notei o quanto minha pele estava quente apesar de ainda arrepiada - o mestre mandou, esfregar.
Lucas parou atrás de mim e bateu com uma escova grande na pia.
- Não vai sair.
- Você vai perder - ele avisou - o mestre mandou esfregar com força.
Peguei a escova sobre a pia e passei sobre a mancha, forte e rápido, meu corpo balançava com o movimento, Lucas estava perto demais e sua calça roçava na minha pele, era uma sensação boa e como ele não parecia se importar, levei o corpo um pouco mais para trás, olhei por cima do ombro e Lucas sorriu, me inclinei mais e esfreguei, limpando boa parte mas não tudo.
- Nunca vai sair - choraminguei.
- Assim - Lucas colocou sua mão sobre a minha e forçou a escova no tecido, seu peito era pressionado contra minhas costas com o movimento, pequenas ondas elétricas percorriam meu corpo se concentrando no centro, eu queria mais um pouquinho e empinei só o bumbum. Lucas colocou o quadril mais para frente, senti seu pênis.
Bem, eu não sabia que era realmente seu pênis mas eu imaginava que sim. Mesmo nunca tendo visto um de perto.
- É, não vai funcionar.
Lucas jogou a escova na pia e a enfeitiçou com a varinha, ele tirou o celular do bolso e digitou uma mensagem, pegou uma toalha e secou as mãos, virei de frente para ele e ofereci minhas mãos.
Ele me secava enquanto eu olhava sua pélvis, morrendo de curiosidade. Lucas percebeu e pressionou minhas mãos juntas contra o volume que só crescia.
- Gosta disso? - perguntou.
- Eu não sei.
- Você nunca... - neguei com a cabeça - quer ver?
Assenti e sua ponta passou devagar mas firme pela abertura, fechei os olhos e aguentei tudo até o fundo, quando estava dentro ele me deixou respirar, espalhando beijos pelo meu pescoço e ombro.
- Posso mexer?
Assenti, ele estocou algumas vezes e a dor foi indo embora aos poucos, logo eu só podia sentir uma pequena ardência e um prazer fora do comum, nossos olhares se cruzavam pelo espelho, Lucas tirou meu sutiã e apalpou meus seios que pulavam em suas mãos com o movimento.
Mexi as pernas para me livrar da calcinha e tentei abrir um pouco as pernas. Lucas não deixou, ele segurou minha perna direita e levantou sobre a pia fazendo meu joelho encostar na louça fria.
- Lucas...
- Calma, é mais gostoso assim.
Ele entrou ainda mais fundo e passou a bater na minha intimidade, eu gemia a cada estocada e mais ainda quando saía.
- Quer gozar? - sua voz ofegante fez meu corpo estremecer, ele colocou a mão sobre o clitóris e começou a circular, parando toda vez que eu cedia um pouco - vou fazer você gozar junto comigo.
Olhei seu rosto pelo espelho, a testa franzida e a boca aberta, pequenas gotas de suor brotando nas têmporas, deitei a cabeça para trás, logo abaixo do seu pescoço.
Meu corpo estremeceu de novo mas ele não parou dessa vez, foi mais rápido, minha intimidade se fechou apertando ainda mais ele dentro de mim, Lucas saiu com dificuldade e gemeu enquanto seu leite espirrava na minha coxa.
Ele deu mais alguns beijos no meu pescoço enquanto massageava minha perna a colocando de volta no chão.
- Você está bem?
- Estou, e você?
- Não sabe o quanto, Jane.
- Acho que sei - disse tímida - mas ainda preciso do meu vestido.
- Certo temos que limpar você também - ele riu.
- Sério, não posso vesti-lo assim.
- Não se preocupe - ouvi uma batida na porta e congelei. Lucas abriu so uma pequena passagem e colocou a mão para fora - pedi para minha vendedora comprar um novo na loja ao lado, espero que sirva.
Peguei a peça na mão dele, era tão parecido com o meu quanto possível. Alguns minutos depois eu estava pronta para ir.
- Se não conseguir o emprego, pode voltar aqui. Precisamos de uma balconista e pode ser útil até achar outro - ele disse me levando até a porta.
- Está bem, obrigada.
Saí correndo da Casa dos Brinquedos e Bonecas até a agência de seguros, a secretária me olhou de canto e então fez sinal para que eu entrasse, me decepcionei na mesma hora. O escritório era todo marrom e sem graça, o Sr. Burrows era um homem de meia idade alto e encurvado com a pele toda vermelha.
Dúvido que faça o mesmo que o Lucas fez comigo e pensar nisso me deu náuseas.
- Desculpe, Sr. Burrows - disse me levantando no meio da entrevista - mas acho que não tenho as habilidades necessárias.
Ele protestou, eu sorri e saí pela porta correndo de volta loja de brinquedos.
- Oi - disse timidamente para Lucas que estava ao lado da vendedora - vou me candidatar a vaga de balconista.
- Não conseguiu a vaga? - perguntou se aproximando.
- Não é o que estou buscando.
- Tem certeza? Não pagamos bem.
- Ah, Lucas. Você paga sim.
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