Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir romance Capítulo 124

Ele nunca tinha se interessado por chuvas de meteoros, mas, ao ver Helena tão encantada com o espetáculo e fazendo um pedido com tanta devoção, Gabriel de repente achou que aquelas estrelas cadentes tinham um brilho especial.

Helena terminou de fazer seu pedido, abriu os olhos e ergueu o rosto para olhar Gabriel. Seus olhos estavam claros e radiantes, cheios de alegria.

— Gabriel, por que você não faz um pedido?

A temperatura noturna havia caído, e a ponta do nariz e as orelhas de Helena estavam levemente avermelhadas pelo frio. Gabriel não resistiu e estendeu a mão, apertando suavemente o lóbulo de sua orelha, enquanto um sorriso brincava em seus lábios.

— Meu desejo já se realizou.

Ele só tinha um desejo na vida: que ela estivesse sempre ao seu lado, compartilhando com ele cada momento, para sempre.

Helena não entendeu e piscou algumas vezes, suas longas pestanas se movendo como asas de borboleta.

— Que desejo?

Gabriel afastou uma mecha de cabelo que caía sobre o rosto de Helena, colocando-a atrás da orelha dela. Um sorriso suave curvou seus lábios.

— Meu desejo é estar com você.

Seus olhos escuros a encararam com seriedade enquanto ele acrescentava, com um tom profundo e sincero:

— Para sempre.

O coração de Helena foi tomado por uma onda de ternura e doçura. As palavras de Gabriel, tão carregadas de emoção, a deixaram corada e tímida. Naquele momento, ela parecia uma flor delicada desabrochando ao vento na primavera.

Helena abaixou a cabeça, a voz tão baixa que quase se perdeu no ar.

— Você parece tão sério no dia a dia… Como consegue dizer coisas tão românticas assim?

— Isso não é romantismo. — A voz de Gabriel era grave, quase hipnotizante. — É a minha verdade.

Helena pressionou os lábios, balançando levemente a ponta do pé contra uma pedrinha no chão. Seus cílios cobriram parcialmente os olhos, e ela evitou olhar diretamente para Gabriel, claramente envergonhada.

— Helena, o que você pediu? — Gabriel perguntou, puxando-a suavemente para seus braços e apertando-a contra si.

Enquanto ela se perdia em pensamentos, Gabriel parou de repente. Sua respiração ofegante era audível na escuridão, e sua voz, rouca pela excitação, soou grave e controlada.

— A primeira vez não pode ser em um lugar assim. Vamos dormir.

Helena soltou um suspiro de alívio. Ela estava claramente pensando demais.

Ela até achou que Gabriel não seria capaz de parar, mas ficou surpresa com o nível de autocontrole dele. Estavam tão próximos do limite, e mesmo assim ele conseguiu se segurar.

Por outro lado, ela percebeu que algo dentro dela havia sido despertado, e dormir parecia um desafio.

Gabriel a abraçou e deixou um beijo delicado em sua testa.

— Boa noite, Helena.

Helena se aconchegou no peito dele, como uma gatinha procurando calor.

— Boa noite, Gabriel.