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Após a volta da ex-namorada, a herdeira parou de fingir romance Capítulo 139

A pousada tinha um fotógrafo disponível para os turistas que quisessem tirar fotos profissionais, cobrando cem reais por foto.

Helena pediu ajuda ao fotógrafo.

— Senhor, pode usar a nossa câmera?

O fotógrafo pegou a câmera que Helena entregou e a analisou com curiosidade. Seus olhos brilharam de surpresa.

— Uau, vocês são profissionais, hein? Essa câmera não é nada barata! Eu já pensei em comprar uma dessas, mas desisti porque achei muito cara.

Helena sorriu de leve.

— É só um hobby.

O fotógrafo riu, animado.

— Essa é a câmera dos meus sonhos! Pode deixar, vou caprichar e tirar várias fotos incríveis para vocês.

Helena respondeu educadamente:

— Obrigada, agradecemos muito.

— Venham, fiquem aqui nesse ponto. Esse ângulo é perfeito, dá para pegar as montanhas de neve ao fundo. — O fotógrafo os posicionou e começou a orientá-los. — Moço, dá um passinho para a esquerda... Isso, exatamente aí! E você, moça, levanta um pouco o queixo. Isso mesmo, ficou ótimo!

Enquanto tirava as fotos, o fotógrafo não conseguia conter sua empolgação.

— Que câmera incrível! A qualidade da imagem é surreal! Agora eu entendo por que vale cada centavo. Preciso juntar dinheiro para comprar uma dessas.

Ele abaixou a câmera por um instante e sorriu para Gabriel, já se sentindo íntimo.

— Cara, você e sua namorada são lindos demais. Parecem até celebridades! Qualquer foto que eu tirar de vocês dá para colocar na capa de uma revista.

Gabriel estava de ótimo humor naquele dia e, excepcionalmente, respondeu o elogio de um estranho.

— Obrigado.

— Senhor, pode cobrar o valor completo, por favor. Eu sei que fazer essas fotos é o seu trabalho, e a gente não quer tirar vantagem.

As palavras de Helena deixaram o fotógrafo levemente envergonhado. Afinal, cobrar cem reais por foto em um ponto turístico já era um preço bem alto, e não era sempre que encontrava turistas dispostos a pagar. Além disso, o casal nem usou o equipamento dele, e ele acabou tirando muito mais fotos do que as dez combinadas. No ritmo que tinha ido, ele havia feito pelo menos quarenta ou cinquenta cliques. Cobrar tudo isso a cem reais por foto seria explorar demais.

Com a consciência pesada, o fotógrafo balançou a cabeça e disse:

— Não, não! Olha, eu tirei umas quarenta ou cinquenta fotos de vocês. Se eu cobrasse tudo, daria uma fortuna. Vamos fazer assim: cobro só o combinado, o preço de dez fotos, mil reais.

Gabriel transferiu o dinheiro imediatamente. Porém, no instante seguinte, o fotógrafo olhou o celular e arregalou os olhos. O valor recebido era de cinco mil reais. Ele levantou a cabeça, confuso.

— Cara, acho que você digitou o valor errado. Eu te devolvo o que sobrou.

— Não foi engano. — Gabriel guardou o celular com tranquilidade. — Eu nunca tiro vantagem de ninguém.

O fotógrafo ficou boquiaberto, sem saber se reagia com surpresa ou euforia. Ele tinha acabado de conhecer alguém que parecia uma espécie de "benfeitor milionário".

— Que dia incrível! — Murmurou ele para si mesmo, com um sorriso de orelha a orelha.

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