/ Preciso de um favor seu para amanhã, — Liara disse, a voz baixa e carregada de urgência. — Será que consegue me ajudar?
/ O que você quer? — O homem perguntou sem delongas, a voz demonstrando tédio e desinteresse.
/ Quero que você leve uma mulher para longe, — Liara explicou, a voz tensa e nervosa. — Pode fazer o que quiser com ela, desde que ela nunca mais volte para a Mansão Farrugia.
— Você quer... se livrar dela para sempre? — O homem questionou, a voz carregada de incredulidade.
— Sim! — Liara exclamou, a impaciência tomando conta de seus nervos. — Faça como bem entender, apenas se livre dela de uma forma que eu nunca mais a veja. Prenda, mate, deporte... só se livre dela!
— Tudo bem, — o homem disse, a voz fria e profissional. — Me mande o que você tem dessa moça.
Liara abriu rapidamente a galeria do seu celular e procurou a foto que havia tirado de Hanna na mansão. A imagem mostrava o rosto da jovem com clareza, seus olhos inocentes e brilhantes contrastando com a escuridão da noite. Sem nenhum remorso, Liara enviou a foto para o homem, seus dedos deslizando pela tela com destreza.
Maya observava tudo em silêncio, seu corpo paralisado por uma mistura de medo e incredulidade. Ela jamais imaginaria que sua mãe seria capaz de tamanha crueldade, ainda assim a sua mágoa a fazia desejar o pior para Hanna.
Já estava quase amanhecendo. Hanna se contorcia desconfortavelmente em cima de algo que ela não conseguia identificar, mas que emanava um calor intenso. Finalmente, abrindo os olhos de forma abrupta, ela se deparou com um braço forte e musculoso estendido ao seu lado. Subindo pelo braço com a mão trêmula, ela ergueu a face e, para sua grande surpresa, se viu deitada sobre o corpo de Morgan que estava de burço na cama e dormia profundamente.
Por um momento, a mente de Hanna se recusou a recordar o que havia acontecido na noite anterior. As memórias, fragmentadas e nebulosas, voltaram aos poucos, inundando-a com uma onda de pânico. Ela se lembrava da paixão, do desejo, da entrega... e da vergonha que a consumia agora.
— Não! — Ela esbaforiu, levando as mãos à boca para abafar o grito que ameaçava escapar. O mundo de Hanna desmoronava em volta dela, e a única coisa que ela desejava era fugir daquele lugar sem acreditar no que havia feito.


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.