Após meu noivo fugir, casei com seu pai. romance Capítulo 101

Cap.91 Não me lembro de nada!

Lory continuava de pé em frente a Hanna, que se encolhia no sofá, o rosto abatido e os olhos marejados. A governanta a observava com preocupação, intuindo que algo muito mais sério do que uma briga com Maya a atormentava.

— Você não vai me contar o que aconteceu para estar com essa cara? — Lory perguntou mais uma vez, sua voz gentil e acolhedora.

— Não aconteceu nada! — Hanna balbuciou, desviando o olhar da governanta. Ela não queria revelar a Lory o que havia se passado na noite anterior, a vergonha e a culpa a consumindo por dentro.

— Hanna, que confusão você arrumou dessa vez?

— Bom... é que ontem Maya estava tentando procurar confusão e a gente brigou... Foi muito sério Lory! — Ela explicou se levantando do sofá com um impulso de ansiedade e bagunçando os próprios cabelos. — Ah... — Ela gritou histérica, como se quisesse abafar as memórias que a assombravam. — Eu tenho que sair, vou gastar meu tempo estudando!

Com passos apressados, Hanna subiu a escada e se dirigiu ao seu quarto. Lá, ela se trancou e iniciou o árduo processo de se maquiar, todas aquelas ataduras, apesar de sua mente muitas vezes trazer novas lembranças da noite, ela tentou se concentrar ao Máximo para disfarçar com maestria suas feições, ao mesmo tempo em que ao analisar seu corpo ficou ainda mais envergonhada, a marca em seu pescoço, ombros e costas, cada marca lhe trazia uma memória que fazia seu estomago apertar.

— Por que bebi aquilo... — ela choramingou frustrada. — Não era para ser assim... sua burra! — ela berrou com ela mesma batendo em seu próprio rosto. — você deveria ter se entregue como Hanna, como se atreveu! — ela resmungava se sentindo cada vez mais em um beco sem saída, o que Morgan pensaria quando descobrisse que esse tempo todo estava sendo enganado?

Finalmente pronta, ela saiu da mansão, sem perceber que seus passos eram observados por Oliver e Gantz, que a acompanhavam à distância. Mas eles não eram os únicos. Um carro misterioso, com vidros escuros e placas ilegíveis, estava estacionado em frente à mansão dos Farrugia.

No interior do veículo, um homem misterioso observava Hanna com atenção. Ele usava luvas de couro preto e segurava em seu colo uma pistola com silenciador, pronto para agir caso necessário.

Ao ver Hanna sair da mansão, ele já estava com o motor ligado para começar a seguir a estudou minuciosamente, analisando seus movimentos e sua expressão facial ela usava tantas roupas grandes que ele nem conseguir distinguir seu corpo e escondida debaixo daquele chapéu eram ainda pior. Mas quando ela ergueu o rosto e ele viu as ataduras que cobriam sua face e alguns hematomas criados por maquiagem tornando ela ainda mais irreconhecível, sua expressão se transformou em perplexidade e curiosidade.

Imediatamente, ele perdeu o interesse por ela. A mulher que ele procurava era outra, e Hanna não se encaixava na descrição, ele grunhiu Desligando o motor do carro para esperar que a próxima moça saísse.

/ Já estou em frente à mansão. — A voz fria e cortante do homem ecoou pelo telefone.

/ Ela sai todas as manhãs, — a voz feminina do outro lado da linha respondeu carregada de uma mistura de nervosismo e expectativa.

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