Cap.92: T***s e memórias.
— Sim! Você e... Danica! — Lory hesitou, o nome da jovem pairando no ar como uma acusação.
— Eu não estive com ela essa noite, — Morgan se defendeu, a convicção em sua voz em conjunto com a incerteza em seus olhos. Acabei bebendo demais e... parecia que tinha algo errado no vinho. Eu jurava que acordaria com... — Ele comprimiu os lábios, a memória fugindo de seu alcance, deixando apenas um gosto amargo de desgosto de pensar em Maya.
— Acordaria com quem? — Lory insistiu, seus olhos fixos em Morgan, buscando qualquer sinal de mentira.
— Eu não sei! — Ele suspirou, frustrado com a própria incapacidade de recordar. — Tudo está confuso e minha cabeça está explodindo.
— Você não se lembra de nada? — ela questionou, cética.
— Nada! — Morgan respondeu com veemência, se levantando da cama. — Eu não me lembro de ter visto Danica ontem.
Ele se dirigiu para a porta, enrolando o lençol em volta do quadril. Lory, por sua vez, puxou os lençóis da cama, revelando manchas vermelhas e sutis que a deixaram ainda mais desconfiada.
— Morgan! — Ela gritou, a urgência em sua voz evidente. Seus olhos se arregalaram.
— O que há de errado? — Ele questionou, confuso com a reação de Lory.
— Você não fez nada ontem à noite? — Ela perguntou, sua voz carregada de incredulidade e raiva.
— Eu estou bem! — Morgan respondeu analisando o próprio corpo buscando algum ferimento.
Lory sorriu com ironia. A resposta de Morgan era como um tapa na cara.
— Não fez nada? — Ela repetiu a pergunta, seus olhos ardendo em fúria. — E como explica isso?
Ele balançou a cabeça em negativa, ainda sem entender a situação. Mas a fúria de Lory era incontrolável.
Com um movimento rápido, ela lhe deu um tapa com tanta força que o som ecoou pelo quarto. Morgan gemeu de dor, segurando o local atingido.
Lory não se contentou com um único tapa. Agarrando a orelha de Morgan, ela o puxou de volta para a cama, obrigando-o a se sentar.
— Eu já sou um homem! — Morgan se defendeu, a indignação em sua voz ecoando pelo quarto. — Como pode me bater como se eu fosse ainda aquela criança?
Lory o olhou com desdém, seus olhos carregados de fúria e decepção.
— Como pode falar que é um homem se não se lembra nem de algo tão importante?
— Eu não fiz nada a noite passada! — Morgan insistiu, sua voz tensa e cheia de convicção. — Do que está falando? Eu já sou bem grandinho, dona Lory. Não preciso ser repreendido dessa forma, então pare!
Ele se levantou, a frustração evidente em seus gestos. Lory, por sua vez, balançou a cabeça com desgosto.
— Que direito você tem de dizer qualquer coisa sobre ser grande? Uma merda! — Ela o repreendeu, sua voz carregada de raiva. — Como pode tomar a primeira vez de alguém e simplesmente esquecer? O que está pensando? O que você fez? Abusou dela quando estava bêbado?
As palavras de Lory atingiram Morgan como um soco no estômago. Ele se calou, o olhar perdido no vazio. A mancha no lençol de repente tinha um novo sentido
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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.