— Então tá decidido. — Ethan passou a mão no queixo, segurando o riso. — Vocês vão cuidar do David hoje. O dia inteiro. Sem ajuda. Só vocês dois. Avôs super-heróis.
Donald e Richard se olharam. O peito estufou. O ego inflamou. E, sem combinar, os dois disseram ao mesmo tempo, cruzando os braços:
— Fácil.
Helen segurou a risada, olhando para Amélia, Zoe e Melissa, que já estavam sentadas no sofá, com as pernas cruzadas e aquele olhar de quem estava prestes a assistir um espetáculo digno de Hollywood.
— Sério, amor? — Helen arqueou a sobrancelha, segurando David no colo. — Você tem certeza disso?
— Mais certeza do que no dia que te disse que te amava. — respondeu Ethan, dando um beijo no topo da cabeça dela e depois no filho. — A gente merece um dia só nosso. E eles… bem… eles merecem entender o que é amor… e caos em forma de bebê.
David, no colo da mãe, olhou pros avôs, chupando a mãozinha, como quem pensava “Que a sorte esteja com vocês, senhores…”
Quando Ethan e Helen saíram pela porta, os dois avôs se viraram lentamente um pro outro, como cowboys em duelo no velho oeste.
— Bom… quem segura primeiro? — Donald estendeu as mãos, sorrindo largo.
— Obviamente eu. Ele gosta mais de mim. — respondeu Richard, já tentando tirar David do colo de Melissa.
Melissa segurou David e levantou as mãos.
— Eu só tô passando o bebê. Não quero ser cúmplice disso.
Amelia, de braços cruzados, riu.
— Vocês vão ver que cuidar de neto não é igual a brincar no parquinho.
Zoe estalou a língua, pegando um balde de pipoca que parecia ter surgido magicamente.
— Isso vai ser melhor que N*****x.
Donald pegou David no colo e ajeitou com aquele cuidado exagerado, como se segurasse uma bomba sensível ao toque.
— Viu? Moleza. Tá até sorrindo pra mim. — disse, orgulhoso.
David olhou pra ele… e imediatamente começou a puxar o bigode do avô com a força de quem puxa fio de telefone.
— AAAAI! SOLTA, PEQUENO VIKING, SOLTA!
Richard gargalhou.
— Ele só tá testando a resistência, Don. Dá aqui. Comigo ele fica calminho. — estendeu os braços.
Donald, fingindo dignidade, passou o bebê. David foi direto na camisa de Richard, agarrou o botão e… CRAACK! — arrancou como quem abre uma latinha de refrigerante.
— David! — Richard olhou pra própria camisa rasgada. — É assim? Começamos assim? Ok, garoto… Você tem meu respeito.
David gargalhou, batendo as mãozinhas no peito do avô, como quem diz: “Toma essa, vovô.”
Do sofá, Zoe quase caiu no chão de tanto rir.
— Isso é ouro, Melissa. Anota. Isso merece legenda no I*******m.
Amelia balançava a cabeça, rindo.
— Eles achavam que ia ser fácil. Ai… que delícia assistir isso.
Os dois avôs se alternavam tentando entreter David. Donald tentou cantar uma música de ninar, que, na verdade, era uma versão modificada de uma música dos Beatles , enquanto Richard tentava equilibrar um bichinho de pelúcia na cabeça, fazendo caretas que pareciam saídas de um circo.
David ria , babava e puxava o cabelo de quem passava mais perto.
Foi quando…
DING DONG!
A porta se abriu e Liam entrou, sorrindo largo, com aquele olhar de quem sabia que estava prestes a se divertir.
— Bom dia, família! E aí, como estão os avôs do ano? — perguntou, jogando a jaqueta no encosto do sofá.
Zoe levantou o balde de pipoca.
— Senta, que tá melhor que qualquer série.
— Sério? O que perdi? — Liam perguntou, empolgado beijando a noiva nos lábios.
Melissa, segurando o celular já na gravação, respondeu:

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