O final da festa foi um daqueles momentos que a gente olha e deseja apertar o botão de “repetir para sempre”. Todos foram se despedindo aos poucos, ainda cheios de risadas, sorrisos, abraços demorados e promessas de que, sim, precisavam repetir aquilo mais vezes.
Helen ajeitava David no bebê conforto, enquanto Ethan se despedia dos pais, do sogro e dos amigos.
— Tá tudo aí, amor? — ele perguntou, ajeitando a mantinha sobre o filho.
— Tudo. A bolsa dele tá no carro, as fraldas, a mamadeira… até o paninho da sorte da Zoe eu trouxe, só pra garantir. — sorriu, beijando o rostinho do bebê, que dormia profundamente, cansado de ser o centro das atenções.
Ethan segurou o queixo dela, puxou-a para um beijo doce.
— Então vamos pra casa, mamãe mais linda do universo. Nosso pequeno rei precisa descansar… e eu também tô precisando de… — deslizou o polegar pelo lábio inferior dela. — …cuidar da minha rainha.
Helen sentiu o corpo inteiro arrepiar. Aquele olhar dele… aquele tom de voz rouco, possessivo, carinhoso… Deus… Como aquele homem ainda a deixava completamente derretida.
O caminho até em casa foi tranquilo, com David dormindo no banco de trás e os dois trocando olhares, sorrisos e mãos entrelaçadas, como se estivessem apaixonados pela primeira vez e, na verdade, estavam… de novo, de novo, e de novo, todos os dias.
Ao chegarem, Ethan estacionou, pegou David com o maior cuidado do mundo, e entraram em casa com aquele silêncio reverente que pais de recém-nascidos desenvolvem como superpoder.
David foi colocado no bercinho do quarto dele, ajeitado com a manta até o queixo, aquele biquinho de quem tava sonhando com leite e colo, as mãozinhas fechadas e o peito subindo e descendo em uma paz que fazia o coração de qualquer um aquecer.
E foi só fechar a porta do quarto que…
A tensão que estava latente entre Ethan e Helen desde o final da festa explodiu no ar como faísca em pólvora.
Ele segurou a mão dela, puxando-a pela cintura, colando seus corpos, e sua voz desceu uma oitava, rouca, possessiva, carregada de desejo.
— Sabe há quanto tempo eu tô esperando por esse momento, Helen? — seus lábios roçaram no queixo dela, descendo até a curva do pescoço.
Ela arfou, segurando nos ombros dele.
— Desde… sei lá… desde que o David nasceu? — mordeu o lábio, provocando.
Ele segurou mais forte sua cintura, apertando-a contra si, e sussurrou no ouvido dela:
— Desde a primeira noite que eu te vi amamentando ele… com aquela sua camisola solta, o cabelo bagunçado… você nem imagina o quanto eu te quis. O quanto eu te quero. Agora. Inteira. Minha.
Ela gemeu baixinho, apertando as mãos no peito dele, sentindo o corpo inteiro acender, a pele formigar, o desejo tomar conta.
— Ethan… Deus… eu também te quero tanto…
Ele a ergueu no colo, como quem segura a coisa mais preciosa do mundo, e foi andando até o quarto deles, chutando a porta, jogando-a na cama com cuidado, mas com aquele olhar que dizia que a noite… ou o que restava dela… seria deles.
— Tira essa roupa… agora. — ordenou, arrancando a própria camiseta.
— Com todo prazer, meu amor… — respondeu, começando a abrir os botões do vestido que usará no batizado.
Ethan subiu na cama, passou a mão por trás da nuca dela, puxando-a para um beijo que misturava saudade, amor, desejo, paixão e tudo que existia entre eles. As línguas se encontraram com fome, com sede, com aquela urgência de quem passou meses sem se tocar, sem se possuir.
As mãos dele deslizavam pelas coxas dela, subindo, apertando, enquanto ela gemia contra a boca dele, puxando os fios de cabelo da nuca dele.
— Meu Deus… Ethan… eu te amo tanto… — arfava, quando os lábios dele desceram pro pescoço, mordendo, chupando, marcando.
— E eu te amo mais. E você é minha. Minha, Helen. Sempre foi. Sempre vai ser. — rosnou, descendo as mãos até a cintura dela, segurando firme, pronto para finalmente tomar o que era dele.
E foi nesse exato instante…

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