Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 4

O silêncio da casa contrastava com o turbilhão que pulsava no corpo de Ethan Carter.

As luzes estavam apagadas, exceto por uma discreta iluminação que vinha da sala de estar. Os risos da festa ainda ecoavam na memória, mas agora, tudo o que ele conseguia pensar era nela. Na esposa. Na mulher que estava ao seu lado há anos, e que, mesmo depois de tanto tempo, ainda o deixava com sangue quente, como se fosse a primeira vez.

Entraram em casa aos beijos. A porta mal se fechou atrás deles e Ethan já tinha as mãos no quadril de Helen, puxando-a com fome. O paletó caiu no chão. O salto dela também.

— Ethan… — ela sussurrou, rindo entre os beijos. — As crianças vão chegar mais tarde…

— Ótimo — murmurou ele, com a voz rouca, carregada de álcool e desejo. — Porque eu não vou conseguir esperar nem mais cinco minutos pra te ter.

A mão dele apertou a coxa dela com firmeza, levantando devagar a barra do vestido, enquanto a boca percorria seu pescoço, sua clavícula e o decote.

— Você estava me provocando a noite inteira nesse vestido, sabia? — sussurrou contra a pele dela. — Dançando daquele jeito… sorrindo daquele jeito… Me olhando como se soubesse exatamente o que eu ia te fazer quando chegássemos aqui.

Helen sorriu com malícia, levando a mão até os cabelos dele, puxando de leve.

— Eu sabia mesmo. E você vai fazer tudo o que eu quero, ou vai me deixar no vácuo, senhor Carter?

Ele rosnou e a virou de costas, empurrando devagar a porta do escritório com o ombro, entrando no cômodo com ela colada ao seu corpo. A madeira da mesa gelada contrastou com o calor da pele dela quando ele a ergueu e a sentou ali, os olhos cravados nos dela.

— Você vai me deixar te provar aqui mesmo, Helen? Na mesa onde assino contratos milionários? Vai me deixar ajoelhar como um homem faminto e te fazer perder a cabeça?

Ela não respondeu com palavras. Apenas abriu as pernas, lenta, provocante, o vestido deslizando pelas coxas como se estivesse sendo despido pelo próprio ar.

Ethan caiu de joelhos como se fosse oração.

Levou as mãos até as coxas dela, puxando-a para a beirada da mesa. Os olhos azuis em chamas.

— Eu vou te deixar gritando meu nome, meu amor.

E então mergulhou.

A boca dele encontrou sua pele quente e úmida. O hálito soprou contra a intimidade dela antes da língua começar a explorá-la com ritmo e precisão. Ele a conhecia. Sabia exatamente onde tocar. Como sugar. Como lamber devagar e depois acelerar, só pra vê-la tremer.

Helen jogou a cabeça pra trás, os olhos fechados, os dedos cravados nos cabelos dele.

— Ethan… Ethan…! — gemeu, o corpo inteiro vibrando. — Não para, meu Deus, não para…

Ele obedeceu, ou talvez não, porque nunca teve intenção de parar. Chupava como quem queria deixá-la marcada por dentro. A língua desenhava círculos, subia e descia com luxúria, os dedos apertavam sua cintura, os ombros, o quadril.

— Você tem o gosto da minha perdição — murmurou entre uma lambida e outra. — E eu não quero mais me salvar.

Helen gemia alto agora, o corpo rebolando contra a boca dele.

— Isso… aí mesmo… mas, Ethan… eu tô…

Ele intensificou o ritmo, os olhos vidrados nela, completamente entregue ao prazer de fazê-la perder o controle.

Ela gemeu mais alto, os músculos se contraindo, o corpo arqueando sobre a mesa. O orgasmo a atravessou como uma onda quente e avassaladora. E ele permaneceu ali, sugando até o último segundo, como se se alimentasse da entrega dela.

Quando se levantou, os olhos dele brilhavam. Helen respirava com dificuldade, o corpo ainda trêmulo, a boca entreaberta em um sorriso lascado.

A cada investida dele, o corpo de Helen reagia com mais intensidade. Os dois se conheciam como um só. Sabiam a cadência, os pontos fracos, o momento exato de acelerar e o instante em que tudo precisava ser mais lento.

— Você é minha, Helen… minha mulher… minha vida… Own puta que pariu que boceta apertada— sussurrava ele contra sua pele.

Ela se arqueava, gemia, apertava, entregava.

— Me come… Ann que delicia… Não para amor… eu vou gozar… Ann…

E então, o clímax os atingiu como uma onda poderosa. Primeiro ela, com um grito rouco de prazer que ele abafou com um beijo profundo. Depois ele, se enterrando mais uma vez, gemendo o nome dela com a voz falha.

Ficaram abraçados ali, ofegantes, suados, os corações batendo em compasso.

Ethan encostou a testa na dela.

— Ainda te faço feliz?

Helen sorriu, com os olhos marejados, as mãos emoldurando o rosto dele.

— Você me faz viva.

Ele a abraçou, apertando-a contra o peito nu, e ali permaneceram por mais alguns minutos, sem pressa de voltar ao mundo, ao tempo, às obrigações. Porque naquele instante, eram só Ethan e Helen, dois corpos, duas almas, uma história.

E depois de tantos anos, ainda era arrebatador.