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Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 45

Helen não pensou duas vezes antes de entrar no quarto. A tempestade rugindo lá fora era um lembrete cruel do passado, um gatilho que apertava seu peito como um punho invisível e Ethan…

Ele era sua âncora, mesmo que não quisesse admitir.

Quando ele se virou para ela, com as sobrancelhas franzidas em preocupação, Helen sentiu seu coração falhar uma batida.

— Helen? — A voz dele veio baixa, carregada de curiosidade. — O que foi?

Outro trovão rasgou o céu, iluminando o quarto por um breve instante e Helen se encolheu instintivamente, enquanto Ethan arqueava uma sobrancelha, com um sorriso torto brincando em seus lábios.

— Oh... não me diga que minha esposa tem medo de trovões?

Helen bufou, cruzando os braços e fingindo desinteresse.

— Não tenho medo! Só... achei que você gostaria de companhia.

— Claro que sim. — Ethan sorriu, batendo no colchão ao lado dele. — Então venha me fazer companhia.

Helen mordeu o lábio, hesitante. Ela realmente ia fazer isso? Mas outro trovão ecoou, sacudindo as janelas, e a resposta veio no instante seguinte: Sim, ela ia.

— Ethan... — Sua voz saiu baixa, um pouco incerta.

Ele sorriu de canto, como se já esperasse por isso e sem dizer nada, levantou o cobertor, abrindo espaço para ela, mas antes que Helen pudesse reagir, o estrondo de um relâmpago iluminou o quarto, fazendo Helen pular para dentro da cama, sem pensar duas vezes. Ethan soltou uma risada baixa, claramente se divertindo.

— Bem corajosa você, hein?

Helen o empurrou de leve, fazendo-o rir ainda mais e retrucou:

— Cale a boca, Ethan.

Ele ainda sorria quando a envolveu com o cobertor. E então, o silêncio caiu sobre eles, não um silêncio desconfortável, mas um silêncio cheio de consciência, cheio de algo que não deveria estar ali.

Helen sentia o calor do corpo dele, cada pequeno movimento que ele fazia, cada respiração.

E Ethan… sentia o perfume doce dela, preenchendo cada centímetro do espaço entre eles. Ela estava perto, muito perto. O tipo de perto que fazia seu coração bater mais rápido, mesmo que ele tentasse ignorar. O tipo de perto que era perigoso.

Então… o destino parecia querer brincar com os dois e a luz apagou. O quarto foi mergulhado na mais completa escuridão, fazendo Helen prender a respiração e resmungar:

— Ótimo.

Ethan sorriu no escuro, sentindo a tensão no corpo dela e sussurrou:

— Vai dizer que tem medo de escuro também?

— Não! — respondeu rápido demais fazendo Ethan duvidar do que ela falava.

Helen era uma péssima mentirosa. Aos poucos, os olhos dos dois começaram a se acostumar com a penumbra. E então, ele se moveu levemente aproximando-se mais.

Helen não se afastou e Ethan deslizou um braço ao redor dela, envolvendo seu corpo delicadamente, fazendo ela esticar os dedos, e tocar sem querer o peitoral nu dele. A pele quente contra a sua fez seu corpo inteiro arrepiar e Ethan fechar os olhos por um instante, respirando fundo. O cheiro dela era inebriante, a maciez de sua pele, o jeito que ela parecia caber perfeitamente contra ele… Era insano.

Helen prendeu o fôlego. Sentir a respiração dele quente contra sua pele era fascinante e perigoso. E então, ele sussurrou:

— Se eu te beijar agora.. você vai me odiar amanhã?

Helen não conseguia responder. Seu coração estava batendo forte demais. Ela sentia os lábios dele pairando sobre os seus. Se inclinasse um pouco mais… Se fechasse os olhos...

Mas então…

A luz voltou, e o encanto foi quebrado.

O quarto foi iluminado novamente, como se o universo estivesse determinado a impedi-los de cruzar aquela linha. Ethan abriu os olhos, ainda encarando Helen que abriu os olhos e soltou um suspiro trêmulo. Os dois se afastaram rapidamente, como se tivessem sido despertados de um sonho perigoso.

Ethan virou-se para o outro lado, com um sorriso quase imperceptível nos lábios e disse:

— Boa noite, chatinha.

Helen fechou os olhos, tentando ignorar o fato de que sua pele ainda estava em chamas. Tentando ignorar o fato de que... por um segundo... ela realmente quis que ele a beijasse, os abriu e respondeu quase num sussurro:

— Boa noite, Ethan.

E o silêncio voltou. Dessa vez, nenhum dos dois quis quebrá-lo, mas ambos sabiam… Que a tempestade entre eles estava apenas começando.

Porque, às vezes, o perigo não está no trovão… Mas no desejo que nasce entre um raio e outro.

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