Resumo de Capítulo cinquenta e cinco – Capítulo essencial de Bela Flor - Romance gay por Evy Maze
O capítulo Capítulo cinquenta e cinco é um dos momentos mais intensos da obra Bela Flor - Romance gay, escrita por Evy Maze. Com elementos marcantes do gênero Erótico, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Chego na clínica dez minutos antes do meu horário e converso um pouco com a recepcionista até que a senhorita Lim me chame. Quando adentro a sala, sento no mesmo sofá de sempre e sorrio para ela quando ela faz o mesmo bem à minha frente.
ㅡ Você está sorridente hoje. ㅡ ela comenta, me fazendo abaixar os olhos com a fraude que sou. ㅡ como tem passado?
Não era bem o meu plano simplesmente começar a falar bem ali, no início da sessão, mas estava tão cansado, tão sobrecarregado de mim mesmo que fui sincero quando disse que não estava bem. E quando ela me perguntou o porquê, as palavras simplesmente foram saindo e saindo, até o momento em que senti meu corpo tremer e o choro vir, junto com a grande cereja do bolo que foi mostrar-lhe o que eu havia feito comigo mesmo.
Senhorita Lim era cuidadosa, ela não demonstrava surpresas, descontentamento ou decepções, ela sempre continuava com o mesmo tom de voz calmo, e me deixava um pouco mais ciente das coisas que eu fazia e possivelmente tinha.
Não foi surpresa para mim quando ela me contou sobre o diagnóstico que havia chegado após ela me analisar por todos os meses. Eu tinha o que chamavam de transtorno de ansiedade generalizada, mas me assustou quando, ainda em sessão, ela me disse que o mais indicado agora seria que eu também passasse pela análise de um psiquiatra.
ㅡ P-Psiquiatra? Então... o que eu tenho é grave?
ㅡ Não diria que é algo que você precisa ter medo, mas você tem um transtorno e os seus sintomas estão se tornando mais frequente a cada semana. Ir ao psiquiatra te ajudará mais, pois ele saberá a melhor forma de tratar o que você tem.
Senti meu estômago revirar. Meu coração estava novamente acelerado e conseguia até mesmo ouvir os batimentos ligeiros. Respirei fundo, meu corpo parecia tremer.
— Isso quer dizer... remédios?
— Talvez.
Respirei fundo, tentando me acalmar internamente.
ㅡ Mas a gente não vai mais se ver? ㅡ me senti desesperado. A percepção de ter que falar tudo outra vez para um novo desconhecido me arrepiava.
ㅡ É claro que vamos. ㅡ ela sorriu, erguendo-se de onde estava para sentar ao meu lado. ㅡ ainda temos muito trabalho juntos a fazer. Continuaremos falando da sua infância, dos seus traumas, e de tudo o que também te faz bem. Eu vou continuar te ajudando.
Sorri pequeno, assentindo e respirando fundo outra vez.
ㅡ Quer beber um pouco de água?
ㅡ Por favor.
Observei a senhorita Lim ir até o canto da sala, onde ficava uma jarra com água e gelo, e encher dois copos. Ela trouxe um para mim e voltou a sentar ao meu lado. Bebi o líquido quase todo enquanto ainda estava me sentindo colapsar por dentro.
Senhorita Lim deu apenas um pequeno gole e deixou o copo no canto.
ㅡ A s-senhora conhece algum psiquiatra para me indicar?
Senhorita Lim sorriu e assentiu, ela era mesmo sempre calma demais.
A vi buscar um pequeno cartão em sua mesa e pensei como ela já deveria trabalhar com a tal pessoa a algum tempo para ter um cartão seu bem ali.
Busquei o cartão e quis devolvê-lo. Ver que o endereço era em um hospital me fez sentir ainda mais medo.
ㅡ Não precisa ter medo, Jaejun. É só lembrar que estamos trabalhando juntos para você melhorar e ter uma qualidade de vida melhor.
ㅡ É só que... é estranho. Eu procurei a senhora apenas porque me sentia triste pela morte da vovó, mas ir vendo que, em cada sessão, a gente foi falando e falando, e que agora eu sei que tenho traumas e ansiedade é... ㅡ suspiro. ㅡ muito doido. Eu pensei que isso fosse passar rápido.
ㅡ Não dá para curar rápido o que já vem te maltratando desde quando você era apenas um garoto. Mas posso te assegurar que, se você continuar firme e não desistir, sua melhora logo, logo, será notória e você viverá melhor.
ㅡ Tudo bem.
ㅡ Vou pedir ao meu amigo para abrir um horário para você ainda essa semana, tudo bem?
ㅡ Tudo, mas... e a gente?
ㅡ Você poderá voltar aqui na semana que vem se se sentir confortável, é claro.
ㅡ Eu volto. ㅡ assenti, convicto.
Naquela tarde, saí da terapia neutro. Ainda tentava raciocinar e tentava fazer meu corpo parar de ter todos aqueles sintomas que estavam mais frequentes durante um único dia.
Não deu sequer tempo de almoçar, pois, parei em uma praça e sentei sozinho no banco de madeira de lá. Quis chorar, mas não o fiz. Minha cabeça estava fervendo e eu só conseguia pedir ao universo para simplesmente sumir.
Talvez assim tudo passasse.
Mas não podia, é claro. Então fiquei o meu tempo livre ali, olhando as pequeninas plantas e flores que voltavam a nascer após terem sido cobertas pela neve.
Quando enfim já me sentia bem, me ergui para voltar ao trabalho, entretanto, minha atenção foi desviada para a tela do meu celular com a notificação do meu banco.
Franzi o cenho, abrindo-a e notando que meu saldo estava maior do que deveria estar.
Então busquei nas informações do porque aquilo havia acontecido. Pensei em ser Hyun-suk, já que ele às vezes me envia dinheiro como se fizesse aquilo sem querer, mas fica irritado quando eu o devolvo e rio de si, sabendo que "sem querer" não existe quando ele faz aquilo outras vezes também.
Mas senti meu corpo congelar quando li o nome da pessoa quem havia me enviado aquilo.
Lee Su-ji.
Ela havia me enviado dinheiro?
Caminhei rápido de volta à empresa e tentei não ligar para o meu estômago roncando quando deixei duas batidas pequenas na porta do chefe Jung e adentrei a sala após ele permitir.
ㅡ Me desculpa incomodar, senhor. ㅡ digo, me aproximando.
ㅡ Tudo bem, aconteceu algo? ㅡ Hajun parece mais tranquilo que pela manhã.
ㅡ Sim, eu... recebi isso. ㅡ mostro-o a tela do celular para ele e o vi ler a mesma mensagem que eu li.
ㅡ Uh, então ela fez o pagamento. Isso é bom.
ㅡ Bom? Isso é... a devolução?
ㅡ É, mais a multa que estipulei e foi aceita, é claro.
ㅡ Woah, isso é... muito dinheiro.
ㅡ Não é tanto, mas agora você tem o seu dinheiro de volta e pode fazer o que quiser com ele.
ㅡ E quanto eu envio para o senhor? ㅡ perguntei, odiava ficar devendo alguém.
ㅡ O quê? Nada! Eu não cobrei por esse serviço.
ㅡ Mas senhor, Jung... é muito dinheiro, nem eu sabia que o senhor ia conseguir tudo isso. Posso te dar metade.
ㅡ Claro que não, Jaejun. Guarde seu dinheiro ou gaste, te disse.
ㅡ Então posso pagar o jantar? ㅡ sorri sem jeito. ㅡ para todos nós. Você... pode ir, já que eu acho que vou convidar Taeshin e possivelmente ele vai convidar JiHo.
Mas quando adentramos o automóvel, Hyun-suk me olha com seu típico jeito preocupado. Ergo a camisa assim como fiz com Rini e a senhorita Lim, e lhe mostro o que fiz.
ㅡ Quando isso aconteceu? ㅡ ele tocou com cuidado sobre as marcas ainda vermelhas e doloridas.
ㅡ Ontem a noite. Eu... tive uma crise forte de choro e parecia que ia sufocar. Só percebi que estava fazendo isso quando vi sangue...
ㅡ Jaejun. ㅡ ele respira fundo, se aproximando de mim. ㅡ amor...
ㅡ Eu sei, deveria ter ligado para vocês, mas... eu não queria.
ㅡ Mas você deveria ter ligado. Amor, é isso que me preocupa. Você quis ficar sozinho, eu respeitei isso, mas você não pode continuar fazendo isso.
ㅡ Eu não fiz porque eu quis.
ㅡ Eu sei que não, é só... ㅡ ele fecha os olhos e espera um segundo. Hyun-suk faz isso quando não quer falar bobagens ou explodir. ㅡ eu me preocupo com você. Eu quero estar juntos, pertinho para poder cuidar de você, amor. Eu te amo muito pra te ver sofrendo assim, sozinho.
ㅡ Eu também te amo muito, mas só quis não preocupar mais nenhum de vocês. Principalmente você, Hyun, você já tem tantos problemas e já passou por isso, não quero ser o seu gatilho.
ㅡ Você não é o meu gatilho, você é o meu amor. ㅡ ele toca meu rosto, me fazendo se aproximar de si também. ㅡ Só, por favor, me deixa ficar pertinho de você. Me deixa cuidar de você, amor. Não me afasta assim...
Encarei seus olhos e sorri, me permitindo beijar-lhe com calma e intimidade, sentindo meu corpo se encher com sentimentos bons.
ㅡ Você dorme comigo hoje? ㅡ sussurrei a pergunta para si, sorrindo enquanto sentia seu nariz tocar o meu.
ㅡ Hoje e todos os dias que você quiser.
Hyun-suk estava se tornando um romântico nato.
O abracei com cuidado pelos ombros, me sentindo seguro quando seus braços também me cercaram.
ㅡ Obrigado por cuidar de mim.
ㅡ Obrigado por existir. ㅡ ele responde de volta. ㅡ obrigado por me deixar te amar.
Não fui forte o bastante para não lhe beijar outra vez, mas me assustei quando ouvi batidas na janela do carro e olhei junto com Hyun-suk, vendo Hajun bem ali.
Hyun-suk desceu a janela e riu, vendo Hajun com as sobrancelhas arqueadas, fingindo surpresa.
ㅡ Vocês não estão fazendo sexo no carro, enquanto estão em frente a minha empresa, né?
ㅡ É claro que estamos. ㅡ Hyun-suk respondeu rindo, fazendo-o rir também.
ㅡ Iaê, pra onde a gente vai? ㅡ Hajun pergunta.
Hyun-suk me olha, esperando por uma resposta.
ㅡ Vamos num lugar que eu costumava ir com o pessoal, lá vende frango frito e é baratinho. Taeshin disse que nos esperaria lá, acho que deve ter enviado a localização para JiHo ou eles podem ir juntos, não sei.
ㅡ Beleza, eu vou seguindo o carro de vocês.
Hyun-suk assentiu e fechou a janela outra vez. Antes que eu pudesse voltar ao meu lugar e pôr o cinto de segurança, senti quando ele roubou um novo beijo dos meus lábios e beijou o meu pulso, selando as minhas marcas.
ㅡ Vou cuidar para sempre de você.
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