Bela Flor - Romance gay romance Capítulo 56

Resumo de Capítulo cinquenta e quatro: Bela Flor - Romance gay

Resumo do capítulo Capítulo cinquenta e quatro do livro Bela Flor - Romance gay de Evy Maze

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo cinquenta e quatro, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Bela Flor - Romance gay. Com a escrita envolvente de Evy Maze, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.

POV: Jaejun

Me sentia exausto.

O inverno já havia acabado, mas tudo ainda estava cinza e frio, e apreciar a paisagem da minha janela antes de me forçar a ir trabalhar não era agradável.

Mas lá estava eu, o Jeon Jaejun que já não tinha mais nada, mas que continuava com a sensação de estar perdendo tudo a cada novo segundo que passava.

Estava há semanas me sentindo péssimo. Tão péssimo que meu sono estava desregulado e isso já era notório pelas marcas abaixo dos meus olhos.

Mas ainda existia maquiagem e felizmente eu conseguia esconder bem, nem todo mundo precisava saber o quanto eu já tava na pior.

Ouvi a campainha tocar e sorri, desta vez de modo verdadeiro, era Rini. E mesmo com a senha da fechadura ㅡ como todos os outros também tinham ㅡ ela sempre tocava a campainha e esperava que eu atendesse.

E tocando a campainha pela segunda vez, me apressei a abrir a porta antes que ela afunde tanto o dedo no botão que ele suma.

ㅡ Bom dia. ㅡ ela sorri quando enfim me olha.

ㅡ Bom dia.

ㅡ Já está pronto? Sua carona chegou.

Assenti. Rini havia se oferecido para me levar até o trabalho hoje, mas isso nem era novo, depois que voltei a morar sozinho meus amigos sempre se dividiam para passar um pouco do dia comigo.

ㅡ Já comeu?

ㅡ Comi uma maçã.

ㅡ Só isso?

ㅡ Não tô com fome.

ㅡ Mas precisa comer. Porque não pega outra maçã? Duas é melhor que uma.

ㅡ Hey, estou bem mesmo. ㅡ disse, sorrindo. ㅡ vamos?

Era nítido que mesmo eu pedindo para ficar sozinho no meu apartamento, eles continuavam vindo muitas vezes sem sequer avisar e me enchiam de perguntas bobas como essas que Rini acabou de fazer somente para que eu não me descuidasse um pouco.

E não que eu ache ruim, gosto de todos os meus amigos aqui e gosto de Hyun-suk. Mas é que realmente me chateia a forma como eles sempre perguntam a mesma coisa, em intervalos pequenos no dia.

Rini caminha comigo para fora. Enquanto descemos pelo elevador, organizo meu terno e analiso meus cabelos penteados de forma alinhada.

ㅡ Como está se sentindo hoje? ㅡ ela pergunta, aproveitando o espelho também. Analiso Rini passando o batom quase incolor, mas que deixam seus lábios brilhantes e com o cheirinho de morango no ar. Ela me olha rindo e o ergue. ㅡ quer passar?

ㅡ Tsc, claro que não, eu sou homem...

ㅡ Aigoo, e desde quando uma coisa tem a ver com a outra? ㅡ ela guarda o batom na bolsa e nega, olhando o painel ainda indicando os andares abaixo. ㅡ se você entendesse que qualquer um pode usar o que quiser, seria mais feliz.

ㅡ O que quiser? ㅡ rio, enfim saindo do elevador direto para a garagem. ㅡ então quer dizer que eu posso usar uma calcinha se quiser? Claro que não, né!

ㅡ Claro que sim, Jae! É só tecido, e se te deixar feliz, e fazer sua confiança elevar, é claro que deve usar. Tudo para se sentir bem consigo mesmo, Jae.

ㅡ Você é muito doida. ㅡ adentro o carro e espero Rini entrar também e dar partida, para que eu possa ligar o rádio e escolher a música que vamos ouvir hoje.

ㅡ Põe na que passa pop.

ㅡ Ela é a melhor, não é? ㅡ mexo nos botões pequenos e espero que sintonize.

ㅡ Você precisa apertar duas vezes, Jaejun, assim vai direto.

Faço como Rini diz e sorrio para ela, mas vejo que ela está atenta ao meu pulso quando o terno desce, e rápido, a explico:

ㅡ Eu só me machuquei.

Rini olha nos meus olhos. Eu sou incapaz de mentir para ela.

ㅡ Posso ver?

Reluto, mas engulo em seco e a entrego meu pulso. Com cuidado e delicadeza, ela ergue um pouco mais e eu sinto vergonha.

ㅡ São marcas de unhas? ㅡ Perguntou, dedilhando. Haviam muitas. Eu, infelizmente, não me controlei como outras vezes.

ㅡ Eu só acabei... me machucando. ㅡ respiro fundo, sentindo um peso no meu coração. ㅡ ontem, eu... tive uma crise de ansiedade e choro. Não teve motivos, mas parecia que eu estava sufocando, parecia que meu coração ia sair pela boca e que estava chorando por um ano inteiro. E você sabe, eu não gosto de me sentir assim, acho que só fiz isso para mudar o foco da dor, desse jeito é mais fácil lidar e então parar.

ㅡ Jaejun... Esse não é o jeito mais fácil. ㅡ ela diz em um tom ameno, mas sei que ela se importa muito comigo para seu tom também ser de preocupação. ㅡ porque não me ligou? Eu viria correndo, sabe disso. Poderia passar a noite com você.

ㅡ Eu sei, mas eu não quero mais incomodar nenhum de vocês, não quero mais me sentir um fardo.

ㅡ Você não é.

ㅡ Eu sei, mas acabo me sentindo mesmo assim. Por isso estou morando sozinho outra vez, isso aconteceu e ninguém viu, ninguém deixou de se importar com os próprios problemas para se importar com os meus que são tantos...

ㅡ Às vezes eu sinto uma enorme vontade de te dar uns cascudos. Não é aconselhável você ficar sozinho em momentos assim. Você deve nos chamar, não é um sacrifício pra nenhum, é um ato de amor. A gente ama muito você para que aceitemos que você faça isso com você.

ㅡ Foi só uma crise, eu não fiz isso de propósito...

ㅡ Eu sei que não. Ninguém faz. Mas essa não é a primeira vez que você se auto-agride numa crise, Jae... Você já se machucou bastante.

ㅡ Eu vou parar com isso. Eu vou... vou conversar com a senhorita Lim e vou falar disso também, ela ainda não sabe que às vezes faço isso. Mas eu sei que já deveria ter contado...

ㅡ Você realmente já deveria ter falado a ela, assim isso pode parar de acontecer. Mas eu não tô te criticando, tudo bem? Só estou preocupada. Promete que vai contar dessa vez? ㅡ ela ergue o dedo mindinho. O envolvo com o meu, deixando um beijinho sobre eles.

ㅡ Prometo.

ㅡ E me promete que, independente do dia, hora ou situação, você vai me ligar ou ligar para qualquer outro do grupo? Você é o nosso irmão mais novo, é óbvio que vamos sempre nos preocupar mais com você, então não sinta estranhezas quanto a isso.

ㅡ Tudo bem, eu prometo.

Rini sorri e me abraça forte. Ela não é de demonstrar afeto, mas eu adoro cada um dos seus abraços, por isso o aproveito até o último segundo, e quando nos afastamos, sorrio grande por ouvir enfim a rádio sintonizar.

Rini dirigiu até a empresa e aproveitei o caminho para responder às mensagens de todos os outros e principalmente a de Hyun-suk.

Sorri quando abri a conversa com ele. Havia uma foto sua já todo arrumadinho de terno e com os cabelos bem penteados, mas a legenda era que ele estava um milhão de vezes mais com saudade de mim.

Isso porque nós não nos vemos a apenas três dias.

Anotei tudo de modo ligeiro e me apressei a ir até às pastas, me esquecendo completamente do café quando as juntei e caminhei até a sala do chefe.

Respirei fundo, meu coração estava batendo tão rápido que conseguia ouvir o som ecoar na minha cabeça.

Deixei duas pequenas batidas e adentrei a sala.

ㅡ Me desculpe, senhor Jung. Aqui estão os documentos.

Ele o busca, assentindo e os deixando na mesa.

ㅡ Com licença. ㅡ me viro para sair, mas paro quando ele chama pelo meu nome novamente. Me viro já sentindo o medo me preencher.

Acho que é hoje que sou demitido por ir buscar um cafezinho.

ㅡ Me desculpe.

Entretanto, arregalo meus olhos ao ouvir Hajun se desculpar usando seu tom de voz ameno.

ㅡ Eu não deveria falar com você daquela forma, tampouco na frente de outros funcionários. Sinto muito.

ㅡ E-Está tudo bem.

Hajun respira fundo e me encara.

ㅡ Você está bem? ㅡ arregalo os olhos e assinto, mas ele se ergue, caminhando até parar a minha frente. ㅡ você está pálido e frio. ㅡ diz, tomando a liberdade de tocar em minha testa. ㅡ não está bem. O que aconteceu?

ㅡ N-Não é nada. Só estou com um pouco de dor de cabeça.

ㅡ Foi pelo que fiz? Nossa, eu não queria mesmo te deixar assim.

ㅡ Não, isso não... não foi nada. Eu só... acho que preciso de um pouco de ar.

ㅡ Você anda dormindo bem? ㅡ ele arqueia uma sobrancelha e nessa altura eu sequer sei se quem está me perguntando isso é Jung Hajun, meu chefe, ou apenas Hajun, o melhor amigo do meu namorado.

Mas respondo de qualquer forma:

ㅡ Sim, estou.

ㅡ Isso é bom. Se precisar de um tempo, pode tirar uma pausa, só avise a Sorah antes.

ㅡ Tudo bem, obrigado, senhor Jung.

Ele sorri como sempre faz quando o chamo assim, mas saio de sua sala após aquilo e sequer olho para Sorah ou falo com ela, só corro para minha sala e abro a janela, respirando com tanta força em busca de ar puro que me sinto aliviado ao sentir a brisa fria que bate contra meu rosto.

ㅡ Estou um caos. ㅡ digo sozinho, negando, olhando a avenida abaixo. Estou em um andar muito alto. ㅡ não deveria estar sendo assim. Era para eu estar melhor, seguindo em frente e não regredindo. Já faz meses que faço terapia, não deveria estar melhor?

Massageio meus olhos e decido ficar um tempinho ali. O café já esfriou, perdeu completamente o interesse para mim, mas até mesmo pensar em caminhar e ir até a máquina e enfrentar todo o barulho e as pessoas, me faz desistir no mesmo instante.

Ouço meu celular tocar e o busco novamente durante a manhã. É apenas uma ligação de rotina da clínica onde sempre ligam para confirmar a ida às sessões, e como hoje estou um caos, confirmo, porque talvez isso passe ou piore completamente com a senhorita Lim.

Continuo meu trabalho até que chegue o horário do almoço, e com o rumo já certo, me despeço da minha companheira de trabalho e caminho até o metrô mais próximo, encaixando meus fones de ouvido para não me sentir pior com todo o barulho dali.

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