Resumo de Capítulo sessenta e três – Uma virada em Bela Flor - Romance gay de Evy Maze
Capítulo sessenta e três mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Bela Flor - Romance gay, escrito por Evy Maze. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
POV: Jaejun
Tudo estava quieto.
Hyun-suk estava sentado ao meu lado, mas mantinha-se em silêncio e sequer me olhava mais.
Desde a decisão de entrarmos na aeronave e irmos sim, viajar para descansar, ele não falou sequer uma palavra.
Olhei através da janela, tudo que via eram as nuvens e sequer isso me animava.
Desviei os olhos quando Hyun-suk tocou sobre minha mão e o olhei depressa.
Ele novamente não disse nada. Mas sequer era preciso. Seus olhos bonitos, castanhos e tristes me imploravam mais uma vez o perdão.
Mas não havia nada, até então, no qual eu o devesse perdoar.
Deitei a cabeça sobre o ombro dele e me permiti descansar. Não sei qual o momento que apaguei, eu não sentia sono, mas acabei dormindo daquela forma no ombro dele, e acordei apenas quando Hyun-suk chamou baixo, informando que já estávamos em Jeju.
ㅡ Você está cansado, vamos direto para o hotel, tudo bem?
Assenti, seguindo com ele até o carro que já nos esperava.
Hyun-suk manteve-se quieto, mas abriu a porta para que eu entrasse e sentou-se ao meu lado, repousando as mãos entre as pernas. Inclinei meu rosto, atento a paisagem do lado de fora, que logo surgiu quando saímos do heliporto. Busquei uma de suas mãos, entrelaçando com a minha, mesmo que ele não sentisse vontade de fazer aquilo naquele momento, e novamente deitei em seu ombro.
Hyun-suk, ainda se mantendo quieto, apertou o botão que fazia o vidro que separava a parte da frente do carro com a de trás. Quando o vidro enfim nos deu privacidade, assustei-me com a forma que ele se voltou para mim e tocou meu queixo, me beijando com um desejo que vi poucas vezes. Tentei sorrir, mas Hyun-suk parecia insaciável. Suas mãos vieram até meu quadril e, com apenas um movimento, ele me ergueu, me colocando sobre seu colo.
Sorri sem jeito, mas me inclinei para frente, infiltrando os dedos em seus cabelos loiros, beijando-o nos lábios enquanto o sentia apertar minha cintura.
O ósculo estava quente, mas parecia que não acontecia para nos excitar. Era somente um toque desesperado como se ele quisesse gritar: obrigado por ainda estar aqui.
Mas eu não iria a lugar algum. Não antes de realmente saber de tudo e de ouvi-lo falar. Confiava em Hyun-suk com meus olhos fechados, queria continuar a confiar desse modo.
Meus lábios ficaram vermelhos, inchados e doloridos, mas encará-lo de cima, vendo seus olhos ainda tristes me encararem, me fez sorrir.
ㅡ Amo você. ㅡ o toquei com carinho, passeando o nariz devagar sobre o dele, tocando seus lábios uma última vez com carinho antes de suspirar e repousar em seu ombro, abraçando seu pescoço.
ㅡ Eu prometo que vou te fazer feliz, Jaejun. Vou dar o meu melhor.
ㅡ Tsc, você já dá, Hyun. Pode relaxar.
Hyun-suk negou, mas apenas me abraçou e beijou meu pescoço com suavidade, me fazendo suspirar.
Quando enfim chegamos ao hotel, o som do mar me trouxe atenção. Hyun-suk buscou as malas, me guiando pelos corredores até o quarto que seria o nosso.
ㅡ Você já veio aqui, Hyun? ㅡ perguntei, curioso.
ㅡ Vim apenas uma vez, com Sunhee. Mas ela é fresca demais e não aproveitou muito, então não foi divertido.
ㅡ Comigo, será. ㅡ segurei seu braço, quase o fazendo tropeçar por minha euforia. ㅡ vamos passear e ir ao mar muitas e muitas vezes. Vamos ficar vermelhinhos de tanto sol que iremos tomar.
ㅡ Tão vermelho assim? ㅡ ele riu, parando de frente com a porta do quarto.
ㅡ Uhum, como um camarão frito. ㅡ ri baixo, observando-o abrir a porta do quarto com o cartão que pegamos na recepção. Ofego baixo quando a porta se abre e a primeira coisa que vejo é a cama de casal com dorsal e um tecido fino e branco caindo sobre ali, bem ao lado de uma passagem que está aberta com as cortinas finas voando com a leve brisa.
O piso é amadeirado e tudo parece confortável. Há uma TV grande aqui, uma sala separada com sofá e mesa. Há um banheiro com banheira, mas, o que mais me chama atenção é o que há após a passagem, e quando chego lá, sorrio como um bobo, vendo o mar praticamente chegar aos meus pés.
Talvez alguns poucos passos por um píer de madeira e uns degraus abaixo e o mar está bem ali, azul e cristalino, com águas talvez mornas e relaxantes.
ㅡ Hyun, que lugar lindo. ㅡ falei, voltando para o quarto.
Hyun-suk sorria, pela primeira vez desde o trágico acontecimento, eu o via sorrir. Meu namorado deixou as malas sobre a cama e veio até onde eu estava. Sua mão tocou minha cintura, levando-me consigo para observar o mar azulzinho, mas Hyun-suk me surpreendeu quando me levou até o outro lado da construção e, de forma privada, me mostrou a piscina que também havia ali.
ㅡ Eu não vou mais querer voltar para casa, Hyun. ㅡ brinquei, sentindo a água quentinha da piscina.
ㅡ Se quiser, pode ficar aqui o tempo que for.
ㅡ Quanto é a diária? ㅡ o olhei, mas Hyun-suk negou, arqueando as sobrancelhas.
ㅡ Sabe do nosso trato, não é? Não vou te dizer o preço porque assim você aproveita mais.
ㅡ Por favorzinho...
ㅡ De jeito nenhum. ㅡ ele me puxa outra vez, me fazendo rir. Suas mãos apertam minha cintura enquanto seus lábios outra vez me beijam. ㅡ você quer conversar agora?
ㅡ Não... ㅡ toquei sobre a gola da camisa que ele usava e brinquei com o tecido. ㅡ não vamos deixar tudo menos divertido agora. Vamos tomar banho e sair para comer. A noite, quando você estiver me abraçando, você me conta tudo, pode ser?
Hyun-suk assentiu, tocando meus lábios com os seus outra vez.
ㅡ Então vamos tomar banho juntos, uh?
ㅡ Adoro a ideia. ㅡ sorri divertido e caminhei de volta para o quarto com ele, ainda absorto com o mar bem à nossa frente.
Hyun-suk ainda me abraçava, mas me deixou despir e lhe despir, sorrindo um pouco mais quando o puxei para debaixo da ducha quente.
Nossos corpos já se conheciam bem, mas estar abraçado a ele enquanto a água molha e deixa tudo um pouco mais liso e macio, era tentador.
Virei-me, em prol de molhar meu rosto e meus cabelos, mas o senti se encaixar em minha bunda. Sorri, negando, mas suspirei quando ele tocou minha cintura e apertou os dedos, mordendo meu lóbulo em seguida.
ㅡ Você é tão safado... ㅡ falei baixo, empinando para ele.
ㅡ E você é tão gostoso... Sabe o que me lembrei?
ㅡ O quê?
ㅡ Do seu rabo cheio da minha porra. Caralho... eu poderia enchê-lo agora também. O que me diz de uma rapidinha?
Ri baixo, virando-me para encarar seus olhos. Hyun-suk tocou o registro da água e o fechou, tocando sobre meu pau em seguida, me fazendo ofegar sem sequer notar que já estava duro por ele.
ㅡ Me deixa te foder?
ㅡ Você pede assim porque sabe que eu não resisto, não é? ㅡ ele sorriu ladino, dando de ombros. ㅡ mas eu também quero fazer algo. Eu posso?
ㅡ Você não vai me foder. Não ainda.
Deixei um tapinha sobre o ombro dele e fiz bico.
Eu queria saber como era fodê-lo. Mas...
ㅡ Não é isso que quero.
ㅡ Então o quê?
Não respondi a Hyun-suk, mas fiz como ele, toquei seu caralho e o massageei, fazendo-o manter aquele sorriso, entendendo o meu pedido.
ㅡ Vá em frente. ㅡ ele soltou meu pau e suspirou, inclinando a cabeça.
Me senti tímido, era uma droga como ainda não havia me acostumado com o homem no qual era o meu, mas não recuei. Abaixei-me devagar, não encarando mais seus olhos porque eu já me sentia queimar e suspirei quando meus joelhos tocaram o chão do banheiro.
O pau de Hyun-suk estava bem ali, a um palmo da minha cara.
Mantive a masturbação e só voltei a lhe olhar quando senti seus dedos acariciarem minha bochecha.
Hyun-suk era carinhoso, mas ele sabia bem como eu gostava, então sorri satisfeito quando seus dedos deslizaram para os meus cabelos e se apertaram ali de forma bruta, erguendo meu queixo.
ㅡ Seja um bom garoto e será bem recompensado, babe. ㅡ ouvi sua voz baixa reverberar e todos os pelos do meu corpo se eriçar.
A ponta da minha língua tocou-o sorrateira e reprimi o sorriso quando o ouvi gemer e xingar, apenas com aquele pequeno toque.
Fechei meus olhos e o lambi mais. Minha língua era tímida, assim como todo o meu corpo, mas pertencia a Hyun-suk. Firmei meus dedos, o apertando pela base e a rodei por toda a glande, deixando a primeira e fraca chupada ali.
ㅡ Porra, sua língua é tão macia... ㅡ ele apertou mais os dedos. Ergui meus olhos, indo novamente com a língua até seu caralho. A passeei pela fenda, subindo e descendo, antes de, novamente, chupá-lo devagar. ㅡ caralho... ㅡ Hyun-suk suspirou. ㅡ seus olhos são tão inocentes, mas você é um puto do caralho.
Acreditava na versão de que ele apenas quis proteger Hesun de um estuprador.
ㅡ Você quer sair para almoçar ou comer aqui mesmo?
ㅡ Vamos sair para comer fora, Hyun. Quero conhecer a ilha.
Hyun-suk assentiu. Ele vestia uma bermuda nude e uma camisa de botões e mangas curtas, branca. Seus cabelos loiros estavam penteados para trás e em seus pés haviam um par de sapatos mule da Gucci na cor preta.
Aquilo poderia até ter sido caro, mas que sapatinho feio.
ㅡ Pare de encarar meu pé. ㅡ ele pediu rindo.
ㅡ Desculpa, Hyun, é que seu sapato é muito feio.
ㅡ Ah, e as suas sandálias que mais parecem a que Jesus usava, é linda?
ㅡ Não fala do meu chinelinho! Ele é bonito sim.
ㅡ Lindo, cheio de tiras e fivelas. A moda está morta e foi você quem matou.
ㅡ Ah, Hyun, eu vou te bater!
ㅡ E eu te puno. ㅡ ele falou baixo, sorrindo quando tocou em minha cintura e a apertou. ㅡ se bem, que... ultimamente você está se mostrando ser um safado. Acho que você gosta de ser punido, uh?
O olhei sem jeito, sorrindo.
ㅡ Não fique vermelho assim, me excita.
ㅡ Para com isso. ㅡ pedi baixo. Hyun-suk conseguia deixar o meu corpo excitado só com suas palavras.
Ele riu, me guiando até o carro que já nos esperava em frente ao hotel.
Pude apreciar mais do mar enquanto estávamos indo até o restaurante, e quando enfim chegamos, não me surpreendi por Hyun-suk optar por um lugar completamente luxuoso e caro.
Eu já deveria estar mesmo acostumado com isso.
ㅡ Hyun, tira uma foto comigo? Quero mandar para os meus amigos.
ㅡ Mas porque para os seus amigos? ㅡ ele riu.
ㅡ Pra fazer inveja. Estou em um lugar incrível com um homem perfeito, nenhum deles está tão bem quanto eu agora.
Hyun-suk riu, mas tirou a foto comigo, me observando mandar no grupo e logo rir ao ver Jack desejar que eu tenha piriri e não possa sentar nele a noite.
ㅡ Seus amigos sabem se expressar com as palavras.
ㅡ Yejun disse que praga de urubu volta e bate no... ㅡ Hyun-suk leu a mensagem e gargalhou, olhando ao redor quando se controlou.
ㅡ Você não tem um amigo normal nesse meio?
ㅡ A Minah, eu acho. Mas ela tem a Rini, então acho que ela já nem é mais tão normal. Dizem que a convivência muda as pessoas, não é?
ㅡ Claro que muda. Veja só você... quando nos conhecemos, você era hétero e se recusava a beijar um homem, mesmo que sempre beijasse quando tinha vontade. Agora, você implora para que eu te foda. Acorda e dorme me beijando, e diz todos os dias o quanto me ama. A convivência comigo, fez você ficar ainda mais gay e safado, Jaejun.
Ri baixo, assentindo.
ㅡ Não tenho dúvidas disso, Hyun. Você me fez encontrar o Jaejun verdadeiro que ficava guardadinho lá no fundo de mim mesmo. Sou grato porque agora sou feliz.
Hyun-suk tocou sobre a minha mão e entrelaçou os dedos aos meus, beijando o dorso da minha mão em seguida.
ㅡ Amo você. ㅡ ele sussurrou novamente.
Acariciei o dorso de sua mão e pisquei.
ㅡ Eu sei que ama.
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