Resumo de Capítulo sete – Bela Flor - Romance gay por Evy Maze
Em Capítulo sete, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico Bela Flor - Romance gay, escrito por Evy Maze, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Bela Flor - Romance gay.
Depois do almoço, ele ainda conseguiu me arrastar para o shopping e ficamos por horas naquele lugar.
Sério, acho que Jackson é o único ser humano que se ficasse uma semana inteirinha no shopping para fazer compras, ele ficaria feliz.
Mas não vou reclamar muito porque acabei ganhando dois conjuntos de moletom ㅡ do bom! ㅡ de presente dele, mas eu ainda vou cobrar o que ele levou e nunca devolveu.
Quando chego em casa para aproveitar o restante do meu dia de folga, sinto uma grande necessidade de apenas cair na cama e dormir até a hora da minha escravidão diária recomeçar.
E eu até faço, mas não durmo. Fico por minutos olhando para o teto empoeirado e sentindo uma grande agonia dentro de mim.
Eu preciso falar com Park, preciso dar uma resposta, ele ainda deve estar esperando.
Assim espero...
Então, é buscando o cartão que já está um tanto amassado no fundo da minha gaveta que sento na beirada da cama, respirando fundo, tentando tomar coragem para digitar aqueles poucos números no meu celular.
Não é uma coisa tão difícil de fazer, sinto como se meu coração quisesse sair pela boca e minhas mãos estão suando como nunca soaram antes. É agoniante.
É puro nervosismo.
Mas eu disco número por número com vagareza e com um leve tremor nas mãos, ponho o celular sobre meu ouvido, ouvindo cada toque angustiante percorrer, fazendo cada segundo parecer minuto, e cada instante uma eternidade.
Até que eu ouço.
ㅡ Você demorou. ㅡ ele atende, com seu tom de riso.
Eu franzo o cenho, e até afasto o aparelho para chegar se é mesmo o número correto que está em chamada. Então volto a ouvir o som de sua respiração e engulo em seco.
ㅡ Não irá falar nada, Jaejun?
Suspiro, surpreso.
ㅡ Como sabe que sou eu?
ㅡ Somente você tem esse número.
ㅡ Mas estava no cartão... ㅡ falo, olhando o pedaço de papel. ㅡ é impossível que só eu tenha esse número.
ㅡ É um cartão especial para alguém especial. Apenas um o teve. Você.
ㅡ Ah... ㅡ eu mordisco o lábio inferior ouvindo meu coração ecoar suas batidas forte e rápidas, enquanto também ouço outra risada baixa dele ㅡ Não te atrapalhei, né?
ㅡ Não, tudo bem. ㅡ ele diz. ㅡ Então, ligou para me dar uma resposta?
ㅡ É... Sim, eu acho que sim.
ㅡ Tudo bem. Diga.
Sinto meu corpo tremer.
"Pela santa, Jaejun, você parece um pinscher!"
Na moral, eu posso mandar minha própria consciência se foder?
ㅡ É que... Bom, você disse que tinha algo para... hm, me ensinar, lembra? Estou curioso.
A essa altura minhas bochechas já estão vermelhas de vergonha e eu nem consigo imaginar o rosto dele ao me ouvir, ou tenho certeza que fico ainda pior.
ㅡ Tudo bem, Jeon, mas antes de qualquer coisa, você está livre?
ㅡ Como assim?
ㅡ Está livre?
ㅡ Livre, tipo... Agora, agorinha?
ㅡ Sim.
Demorei um pouco a responder, e até olhei para minha imagem no espelho grudado na porta do meu guarda-roupa.
Eu estava totalmente despreparado para algo e ainda mais com ele.
ㅡ Hm... Não. Infelizmente não. ㅡ tento soar firme, mas ouço Park rir baixinho outra vez, e cacete, eu me arrepiei com esse som? Porra...
ㅡ Não minta para mim, Amarílis. Eu te pego às nove. Até mais.
ㅡ O QUÊ? ㅡ arregalei meus olhos, mas antes mesmo que eu pudesse dizer algo a mais, a chamada é encerrada. ㅡ Porra, caralho, nem me deu tchau?!
Eu o xingo muito, e até tento retornar a ligação, mas a clareza em minha mente vem minutos depois, pois Park não me atende mais.
Ele disse que me pega às nove, então, isso significa que ele sabe onde é minha casa?
E QUE SENTIDO TEM O "PEGAR" DA FRASE?
Me ergo rápido da cama, saindo dali aos tropeços e ainda encarando minha imagem no espelho, eu olho o visor do celular.
18:47
Ok.
O que eu faço agora?
GRR, COMO EU TE ODEIO PARK!
Corro para o banheiro ainda não entendendo como caralhos ele vai me pegar sem saber onde é meu endereço, e pior, confuso, porque eu nem tento esconder de mim mesmo que me sinto nervoso e, no fundo, animado ao saber que o verei após dias, e, que, provavelmente ㅡ tô confiante, ok? ㅡ, eu irei beijá-lo muito!
Tento ser rápido ao lavar meus fios cor de fogo e retirar alguns poucos pelos do meu corpo.
Porque estou me depilando?
Porque eu quero, é claro.
Mas admito que nunca fui a um encontro, mas acho que o que vai rolar em pouco tempo é tipo isso, então somente de cueca, retiro todas as minhas roupas do armário, apenas para achar a que está menos velha, e mais cheirosa.
É quando estou fechando minha única calça justa, que, adivinha? Isso mesmo, é a preta! Que ouço o som da campainha tocar.
Assusto-me de leve, e até olho adiante sem entender. Busco o celular para chegar às horas, e me espanto.
19:53
Que caralho! Jogo o aparelho de volta na cama e me olho outra vez.
Estou parecendo um pinto molhado, meu pai!
ㅡ JÁ VAI! ㅡ grito, me apressando a me vestir.
Visto rápido a melhor camisa preta que achei, e ainda com os fios molhados, vou correndo atender a porta.
Quando a abro, preciso de forças para não cair durinho no chão.
Park está aqui! Está bem aqui na minha porta, paradinho, encostado em seu carro, enquanto olha para o andar acima onde fica meu quarto.
Franzo o cenho, mas nem me demoro porque logo estou com os olhos arregalados ao perceber que ele agora me olha, e piora quando ele se desencosta do carro, começando a andar em minha direção.
ㅡ Olá. ㅡ ele diz e sorri.
Sério, meu Deus!
Eu me perco em alguns segundos o observando, e percebendo como ele fica ainda mais bonito vestido em um terno.
Seus cabelos estão um pouco bagunçados, e a gravata está frouxa. Ele sorri totalmente encantador, mas o modo que continua me olhando é totalmente intimidante.
ㅡ Oi... ㅡ eu digo baixo, nervoso. ㅡ ainda não são nove horas...
Ele ri soprado, e se aproxima ainda mais. Não há muito da porta aberta, mas é o suficiente para me deixar agoniado.
ㅡ Eu não consegui esperar. ㅡ diz, ainda sorrindo.
Não conseguiu esperar? Caramba, eu demorei mais de duas semanas para ligar, ele é doido?
ㅡ tem algum problema? ㅡ retorna a falar. ㅡ Eu posso ir e voltar somente às nove.
ㅡ Acho que... tudo bem, você já está aqui mesmo. ㅡ tento sorrir, mas ele está muito perto de mim. Consigo até mesmo sentir seu cheiro forte de perfume importado. ㅡ Você... pode me esperar?
ㅡ Eu posso entrar?
ㅡ Mas você quer entrar? ㅡ franzo meu cenho. ㅡ você pode esperar no carro...
ㅡ Não quer que eu entre?
ㅡ Não é isso, é que... sabe, é casa de pobre...
ㅡ Que besteira, minha flor. ㅡ ele sorrir, negando, e ergue a mão até tocar meu rosto, acariciando-o com leveza. ㅡ Eu posso entrar?
Eu pisco algumas vezes, vendo cada vez mais seus olhos se fechando enquanto ainda sorri. Apenas abro um pouco mais a porta, permitindo que ele entre.
ㅡ Só não olha a bagunça... ㅡ peço o que qualquer um pede. ㅡ Eu passei o dia ocupado e não consegui arrumar nada...
Park assente. Observo-o afrouxar mais a gravata, como se estivesse realmente à vontade. Ele caminha até meu sofazinho e busca uma das minhas almofadas de frutas, a de formato de morango, afastando-a para o lado e assim se sentar.
ㅡ Bom, eu, hm... vou... ㅡ Céus, eu não consigo sequer falar uma frase inteira sem querer colapsar antes. ㅡ eu subir para terminar e já volto.
ㅡ Tudo bem, mas não iremos a lugar algum. ㅡ ele diz relaxando mais a postura, abrindo mais as pernas, parecendo ainda mais confortável.
Céus, que pernas...
Mas pisco confuso, quando desvio meus olhos para os seus e franzo o cenho.
ㅡ Não? ㅡ pergunto. ㅡ Eu pensei que iriamos a algum lugar...
ㅡ Bom, eu disse que iria te pegar, acho que você entendeu errado.
Meu queixo cai, perplexo. Meus olhos se arregalaram e tenho certeza que minhas bochechas estão mais vívidas que meus cabelos agora.
ㅡ Quê?
Mas tudo o que ouço é a risada dele, ecoando pela minha casinha pequena.
ㅡ Estou brincando, minha flor. Eu pensei em te levar a um lugar, um restaurante, mas estou com um pouco de dor de cabeça, e como nós iremos apenas conversar, pensei que poderíamos conversar aqui mesmo.
Agora sim, eu acho que ele é realmente louco.
ㅡ Você é louco? ㅡ pergunto, mas ele só rir outra vez.
ㅡ Porque eu seria?
ㅡ Eu pensei que... ah, deixa para lá. ㅡ suspiro, desanimado por um ponto: ele quer só conversar. Sério? Isso significa que não terão beijos. Poxa. ㅡ Tudo bem, vamos conversar. ㅡ falo, esboçando um sorriso pequeno.
Caminho até o sofá e sento um pouco encolhido ao seu lado.
Percebo o olhar dele sobre meu corpo, mas antes que comece a falar, sou eu que pergunto:
ㅡ Como soube meu endereço?
ㅡ Hajun me deu. ㅡ ele diz como se esse tal Hajun fosse um amigo meu para sair dando meu endereço assim.
ㅡ Quê? Como assim?
ㅡ Ele me contou onde você morava há uns dias.
ㅡ Ele te contou ou você perguntou? ㅡ foi impossível segurar o riso que nasceu em meus lábios. Park me olhou por breves segundos, mas riu outra vez.
ㅡ Acho que fui descoberto. ㅡ diz, me fazendo desviar os olhos por pura timidez.
ㅡ Então, baby, porque me ligou mais cedo?
Mordi meu lábio inferior, incapaz de olhar nos olhos dele, que estavam completamente mirados em mim.
ㅡ Só achei que te devia uma resposta... Mas, Park, você poderia... dizer o que quer me ensinar antes?
ㅡ Pode me chamar por Hyun-Suk, baby. ㅡ sorri, vendo-o virar de ladinho para deixar a mão sobre minha nuca, brincando com meus cabelos ainda um pouco úmidos. ㅡ E é simples, Jaejun, eu quero que você seja meu. Apenas meu.
ㅡ Tipo... namorado? ㅡ Eu juro que essa coragem eu tirei do cu, porque eu só queria voltar a dois segundos e retirar o que falei, mas tudo piora quando ouço a risada dele.
ㅡ Não, baby, não como namorado. Mas apenas como meu.
Minha confusão só ficava cada vez pior.
ㅡ E o que seria ser... Seu?
ㅡ Seria apenas ser meu. ㅡ ele desce a mão, tocando sutilmente minha coxa, a apertando sem muita força. ㅡ quero te ter para mim.
ㅡ Eu não sou gay. ㅡ falo, num súbito de consciência. ㅡ Então... Não sei se posso ser seu, Hyun-Suk.
Ele apenas se aproxima mais. E outra vez, eu não sinto vontade de fugir ou me afastar dele. Eu até o espero se aproximar mais porque, no fundo, estou querendo isso, querendo muito, e não consigo controlar uma lufada de ar que me escapa, quando o sinto apertar mais uma vez minha coxa, agora com sua boca pertinho do meu ouvido.
Sua respiração quente me deixa aceso. Socorro!
ㅡ Você tem certeza disso? ㅡ ele sussurra. Eu não o respondo, mas sinto o modo calmo em que sua boca se move sobre minha pele e deixa um beijo pequeno abaixo de minha orelha. ㅡ Tem certeza? ㅡ ele sorri mais uma vez, passeando a língua pelo meu lóbulo, chupando-o descaradamente e então desvia o rosto para perto do meu, me fazendo buscar pelo seu também. ㅡ Então, se eu tentar te beijar agora, você irá fugir?
Eu me odeio por não conseguir sequer raciocinar direito agora, e tê-lo tão perto assim só me faz pensar em todos os nossos beijos passados e em como é bom ter sua boca a minha.
Eu engulo em seco, ainda sem palavras, e apenas me inclino para frente, tocando sutilmente seus lábios com os meus.
É um selinho brando. Um beijinho rápido, mas faz todo o meu corpo arrepiar.
Afasto-me absorto em seus lábios e agora ele somente me observa lhe desejar mais.
Meu coração já está totalmente acelerado, e quando Park se afasta e volta a se sentar relaxado e abre sutilmente as pernas, eu suspiro, entregue.
ㅡ Vem cá. ㅡ ele chama. Eu me aproximo inclinando meu corpo, ainda sentindo vergonha, mas vejo-o negar. ㅡ senta aqui. ㅡ passa a mão pela própria coxa grossa.
Eu já disse que não tenho dignidade, não é?
Pois é, eu não tenho nem um pouquinho mesmo!
Estou nervoso, morrendo de vergonha, mas tudo o que faço é me erguer sutilmente, e, sentindo as mãos dele em torno de minha cintura, me sento em sua coxa esquerda.
ㅡ Você tem dezenove anos, não é? ㅡ Assinto, me encolhendo um pouco sobre ele, sentindo sua mão acarinhar minha cintura. ㅡ Eu não quero que faça nada forçado, baby. Então... não se sinta pressionado.
ㅡ Você... pode dizer o que quer comigo? Com clareza, por favor... ㅡ peço, abaixando o olhar quando o percebo me encarar.
ㅡ Você sabe quem eu sou? Me conhece e sabe o que eu faço? ㅡ pergunta.
Nego com a cabeça porque realmente não sei o suficiente dele, mas ergo o olhar sem ainda o encarar, tocando-o sutilmente sobre a gravata frouxa, brincando com ela.
ㅡ Eu só sei seu nome e sua idade. ㅡ falo o que, realmente, é uma certeza que tenho.
ㅡ Eu sou herdeiro construtora Park e moro aqui mesmo em Seul, Jaejun. Essa parte da minha vida está explícita em todos os cantos, você pode confirmar depois, se quiser. Mas existe uma parte minha que ninguém conhece. ㅡ levo minha atenção ao seu rosto, enquanto agora sinto seus dedos me apertarem sutilmente. ㅡ Eu gosto que me obedeçam. ㅡ ele fala baixo, novamente se aproximando. Quando chega perto de meu ouvido, deixa outro beijo miúdo ali, aspirando meu cheiro em seguida. ㅡ gosto que sejam um bom garoto, comigo, e assim, eu posso retribuir da melhor maneira possível. ㅡ eu fecho os olhos, sentindo os carinhos e sua respiração ainda próxima. Umedeço os lábios, e continuo apenas a senti-lo. ㅡ Você quer ser esse garoto? ㅡ Eu suspiro, virando-me sutilmente para frente até estar devidamente sentado sobre ele, sentindo as mãos dele subir pelas laterais de meu corpo, até pararem em meu rosto. Park roça os lábios nos meus, me fazendo balbuciar baixo algo que sequer eu compreendo, meus pensamentos estão uma bagunça ainda maior. ㅡ Se você aceitar, bela flor, eu posso te ensinar a ser esse garoto.
ㅡ Eu não sei o que pensar, Hyun-Suk… ㅡ confesso, ainda sentindo os lábios dele sobre os meus. ㅡ Você vai me beijar ou não? ㅡ sussurro, sentindo-o mordiscar meu lábio. ㅡ me beija como você me beijou na cobertura.
ㅡ Então me peça como você me pediu.
ㅡ Me beija, Hyun-Suk. ㅡ sorri, encarando-o num segundo de coragem. ㅡ por favor… Eu quero te sentir outra vez. ㅡ fechei meus olhos, entregando-me.
Sinto-o sorrir sobre meus lábios, mas logo sinto seu beijo afoito me invadir.
Não há calma no toque, porém também não há mais vergonha.
Hyun-Suk me beija enquanto segura ambos os lados de meu rosto, e eu sou rápido a levar minhas mãos até seus ombros, abraçando-o.
Sua língua desesperada toca a minha pedindo permissão para que ambas tenham sua própria sintonia.
Ouço-o suspirar quando cedo, e sinto suas mãos descerem devagar por mim. Um aperto retorna a minha cintura, mas outra mão vai até minha coxa, apertando-a devagar outra vez.
Sinto a minha temperatura corporal aumentar no mesmo instante que sinto outra coisa aumentar também.
ㅡ Minha nossa. ㅡ eu sussurro, buscando um pouco de ar, mas ainda o sentindo ereto, bem abaixo de mim. ㅡ Eu... Eu não sei se isso vai dar certo.
ㅡ Eu te assusto? ㅡ pergunta, voltando a roçar em meus lábios com sua boca tão viciante, deixando pequenos beijos e mordida por meu queixo.
Nego sua pergunta, suspirando vergonhosamente aos seus toques, e até inclino meu pescoço para a esquerda, pedindo sutilmente para que ele me beije ali.
E Hyun-Suk me dá o que peço.
ㅡ Então... ㅡ ele fala entre os pequenos beijos e lambidas. ㅡ deixa apenas rolar, uh? Eu te quero tanto pra mim, minha flor. Desde a primeira vez que te vi.
Sorrio, me sentindo bem por saber daquilo. Mas me assusto levemente com o modo em como ele me toca na cintura, me puxando mais para perto, fazendo com que sua ereção deslize por entre minhas nádegas.
ㅡ Hyun-Suk, eu... eu nunca fiz nada disso. ㅡ confesso-lhe outra vez. ㅡ nada disso, nem beijos... Não podemos ir assim.
ㅡ Me desculpe. ㅡ ele pede voltando a me encarar de perto, desviando suas mãos para meu rosto, segurando ambas as minhas bochechas, acariciando-as. ㅡ não quero te forçar nada.
ㅡ Tudo bem. ㅡ digo, e, incerto, movo minhas mãos, dedilhando sua clavícula, até tocar a pontinha de sua orelha. Também lhe acaricio. ㅡ Eu não sei se consigo fazer... sabe? E nem sei consigo te obedecer assim, seja lá a forma em como você está falando. Mas... Você poderia me ensinar se quisesse... Sabe, aos pouquinhos...
Hyun-Suk sorriu, me olhando nos olhos, mas desviou sua visão para minha boca.
ㅡ Eu prometo que cuido bem de você.
Eu sorrio, mordiscando o lábio inferior, e assinto, buscando de onde não há, certezas.
ㅡ Tudo bem. ㅡ falo.
Park continua com carinhos vagarosos em mim, e ainda ousa roubar alguns beijos, onde por minha vontade, aprofunda, nos fazendo às vezes perder o controle de nossos corpos.
E por vezes ㅡ não conte isso para Jack ainda ㅡ, eu deslizo sobre sua ereção entendendo porque a tal dor possa valer a pena.
Mas é após muitos minutos de pegação em meu sofá vergonhoso e barulhento, que Hyun-Suk finaliza os beijos, tocando minha cintura para que eu me afaste sutilmente, e o encare.
ㅡ Eu menti. ㅡ ele diz, sorrindo.
ㅡ Em qual parte? ㅡ Observo-o ainda de seu colo e ele parece ainda mais belo agora que está uma bagunça também.
Sua boca gordinha está ainda mais inchada e está vermelha. Seus olhos pequenos e escuros não desviam dos meus e seus cabelos estão numa bagunça charmosa, mas creio que os meus também estejam, já que acho que estão até secos, então tudo bem.
|Eu conheço o Jae, se ele finalmente ver a cobra, ele vai querer sentar. E se ele estivesse sentado gostoso, ele não estaria mandando mensagem.
Jae:
|Será que EU posso falar?
Yejun:
|Claro.
Jae:
|Obrigado. Então... Eu ainda não dei.
Yejun:
|Vocês leram essa palavra com atenção? Ele disse """Ainda""".
Jack:
|AINDA!
Tae:
|A.I.N.D.A
Rini:
|Hm...
Minah:
|Usa camisinha!
Jae:
|Gente, é sério, pelo amor da santa purpurina, da deusa Beyoncé ou qualquer outra divindade, me deixem falar, caralho!
Jack:
|Tá, tá, fala logo.
Jae:
|Obrigado. Então, eu não dei caralho nenhum ainda a ele, e nem sei se eu vou dar porque eu não comprei a ducha! Mas ele quer sair para jantar. Tipo, agora!
Tae:
|Põe a sua calça filha única e aquela blusa vermelha de tecido fino, você vai ficar uma delícia.
Jack:
|A calça preta de novo? Não!
Tae:
|Ele só tem aquela, ué.
Jae:
|E eu meio que já tô com ela mesmo. Mas prestem atenção, ainda não terminei!
Yejun:
|Não liga pra eles.
Rini:
|é diz logo!
Jae:
|Ele me chamou para jantar, mas é além disso... Talvez ele queira transar MESMO comigo, então... Vocês acham que se eu disser que não estou pronto, ele vai achar ruim? tipo, vai pegar mal?
|Ele disse "eu não quero te forçar a nada", mas ele me pega de um jeito que eu acho que nem precisa forçar, mas eu sei que ainda não estou pronto. O que eu faço?
Jack:
|Primeiro, ele não precisa achar nada ruim. Se você não quer, é isso e acabou. E se você não está pronto, é muito correto falar. Se você se forçar, não vai ser legal e você não vai sentir prazer.
Tae:
|E você lembra do nosso código, certo?
Jae:
|Lembro. Se algo parecer estranho, eu te mando uma mensagem com a localização e você aparece para me resgatar.
Jack:
|não se esqueçam de mim também!
Yejun:
|Nem de mim.
Rini:
|Eu te defendo com a minha taser.
Minah:
|E não se preocupe, Jae, eu pago o advogado para soltar a Rini da prisão.
Eu rio, meu grupo só tem maluco!
Jae:
|Só me desejem sorte. Acho que pela primeira vez estou me permitindo conhecer um pouco de mim mesmo, e é estranho, mas também é bom.
Yejun:
|Boa sorte, Jae!
Jack:
|E com camisinha.
Minah:
|Eu já disse isso.
Jack:
|É sempre bom lembrar mais, ué.
Tae:
|Nós te amamos. Bom jantar, Jae!
Sorrio para o celular, mas o bloqueei, jogando de volta na cama, apenas para me trocar rápido.
Busco a camisa que Taeshin sugeriu, e ajeito meus cabelos com o secador.
Uma última olhada, e um suspiro nervoso.
Observo minha imagem e até que está bonitinha no espelho.
Preciso me conhecer e conhecer o que quero e gosto e o que não quero e não gosto, e é indo a esse jantar que saberei ao menos um pouco disso.
Coloco um pouco do perfume que Jackson me presenteou, e endireito meus brincos.
Uma nova ㅡ e definitiva ㅡ olhada no espelho, e um "boa sorte" ditado baixinho para mim mesmo é o que faço logo ao terminar.
Busco meu celular, guardando-o no bolso, e, pronto para sair do cômodo, eu respiro fundo, para me acalmar um pouco.
E logo após respirar três ou quatro vezes, eu finalmente vou.
Desço os poucos degraus, me sentindo ainda nervoso, e paro ao ver Park ainda sentado, e agora me olhando.
Eu me aproximo, vendo-o se erguer do sofá, e meio sem jeito paro a sua frente.
ㅡ Vamos? ㅡ chamo-o, baixo.
Ele ri soprado e se aproxima sorrateiramente como sempre, até tocar meu queixo, e roubar um pequeno e novo selar.
ㅡ Vamos... Meu lindo amarílis.
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