Bela Flor - Romance gay romance Capítulo 76

POV: Hyun-suk

ㅡ Para que lado o GPS manda ir? ㅡ perguntei. Meus olhos estavam embaçados, como antes, minhas lágrimas desciam sem eu sequer notar.

Hajun estava ao meu lado enquanto Hanguk estava no banco de trás.

ㅡ Vira a esquerda. ㅡ Hanguk mandou, se inclinando para frente enquanto apontava para o aparelho. ㅡ Esse endereço está certo, não é?

ㅡ Claro que está. ㅡ Hajun falou. ㅡ Foi o que o seu tal hacker mandou.

ㅡ Gente, presta atenção. ㅡ pedi, fungando e limpando meus olhos com o dorso da mão. ㅡ para onde eu vou agora? O Jaejun precisa de mim. Ele precisa...

ㅡ Calma. ㅡ Hajun pediu. ㅡ, vira na próxima direita.

Assenti, acelerando o máximo que pude.

ㅡ Segue reto. ㅡ Hanguk pediu. ㅡ Diz que é a quatrocentos metros.

Assenti novamente, notando que já não haviam mais casas ao redor. Freei quando chegamos ao local indicado e fui rápido em desligar o carro. Não pensei muito antes de buscar minha arma e sair do carro.

ㅡ Ei, ei, calma. ㅡ Hajun tentou segurar minha mão, eu sabia que ele queria que eu seguisse sem minha arma, mas consegui me afastar de si a tempo. O olhei, negando e o vi bufar no mesmo segundo.

ㅡ Vamos logo. ㅡ Hanguk falou, parando ao nosso lado.

Segui na frente, destravando minha arma. Eles vieram logo em seguida, mas meu coração estava tão acelerado que sequer conseguia pensar corretamente.

No lugar havia uma porta grande, algo como a entrada de um galpão. Toquei sobre as correntes e as puxei.

ㅡ Droga. ㅡ xinguei, havia um cadeado trancando aquilo.

ㅡ O que a gente faz? ㅡ Hajun perguntou.

ㅡ Se afastem. ㅡ pedi, sentindo minhas mãos trêmulas. Hajun e Hanguk me olharam com espanto, mas se afastaram. Respirei fundo, tentando me acalmar e controlar minhas mãos trêmulas. Mirei no único cadeado e fechei meus olhos por um segundo, pedindo para que Jaejun estivesse ali e estivesse bem.

O som do disparo ecoou como um pássaro solto e o cadeado partido ao meio foi ao chão.

Hajun se afastou ainda mais quando a porta ficou entreaberta, e eu não pude pensar sequer por dois segundos quando a chutei e a fiz bater contra a parede, a abrindo com pressa, correndo para dentro do local sem me importar se aquilo pudesse ser só uma armadilha.

O galpão estava escuro, Hanguk parou ao meu lado e ligou a lanterna do seu celular.

ㅡ Não tem ninguém aqui? ㅡ ele perguntou.

Hajun adentrou por último, mais quieto que nós dois. Mas como Hanguk, tinha a lanterna do celular ligada e buscou por um interruptor.

O silêncio tomava conta do local, mas sem muita surpresa, quando as luzes se acenderam, constatamos que sim, tudo estava de fato vazio, sequer um sinal de Jaejun ou dos sequestradores.

ㅡ Que merda! ㅡ Xinguei chutando uma pequena mesa à minha frente.

ㅡ Está mesmo vazio. ㅡ Hanguk caminhou à frente.

Minhas mãos abaixaram, minhas lágrimas voltaram a cair.

ㅡ Não... não! ㅡ meu corpo cedeu. Meus joelhos tocaram o chão e ter uma arma agora já não fazia mais sentido. Minhas lágrimas rolaram e caíram no chão como meu corpo, deixando a marca das gotas densas no pavimento. Meu corpo se despedaçou. Minha alma estava em prantos, eu sei que não conseguirei viver mais um dia nesse inferno.

Hajun parou ao meu lado. Seu receio com a arma entre a gente era notório, mas ainda assim, ele se abaixou, tocou meu rosto com ambas as mãos e secou minhas bochechas, me abraçando com força a seguir.

ㅡ Eu falhei, Hajun, eu falhei...

ㅡ Não é verdade. ㅡ ele falou. ㅡ você não falhou.

ㅡ Eu preciso salvá-lo, eu preciso trazê-lo de volta...

ㅡ Você vai. ㅡ Hanguk abaixou a minha frente também. Ele foi quem buscou a arma e voltou a travá-la, guardando-a em sua cintura. Se arrastando até nós dois, seus braços longos rodearam a mim e a Hajun. ㅡ a gente vai achar eles.

ㅡ Não tem como. Por que... porque eles não estão aqui? Onde está o carro?!

Hanguk se ergueu, olhando ao redor.

ㅡ Acho que eles saíram antes de chegarmos. ㅡ Hajun falou.

ㅡ Mas como? ㅡ Hanguk perguntou. ㅡ não tem como eles saberem que estávamos vindo!

ㅡ Esse tipo de gente geralmente não fica em apenas um local. É comum deslizarem como uma cobra em fuga.

ㅡ O que eu faço agora? ㅡ olhei para Hajun.

ㅡ Fica aqui, eu vou olhar ao redor. ㅡ Hanguk falou. ㅡ se o carro não estiver aqui, nós poderemos rastreá-lo novamente.

ㅡ Tome cuidado. ㅡ Hajun pede.

Hanguk fica de pé. Ele busca a minha arma e a destrava, a engatilhando.

Me ergo do chão, limpando meus olhos. Sentia que o ódio dentro de mim, crescia sem limitações, mas precisava continuar, e por isso voltei a buscar meu celular e mesmo com a visão embaçada, fui até a localização do carro de Jaejun.

ㅡ Isso não tem como atualizar? É em tempo real, não é? ㅡ perguntei a Hajun.

Ele assentiu, buscando o celular.

ㅡ Hey, olhem isso. ㅡ Hanguk chamou ao abrir uma porta no final do galpão.

Fui até lá e não sei como me mantive de pé quando vi o quarto.

ㅡ Não...

Adentrei o cômodo e parei no meio do lugar. Haviam chicotes, mordaças e cordas. Uma estrutura grande de madeira firme com algemas abertas nas pontas me fez recuar um passo.

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