Bela Flor - Romance gay romance Capítulo 17

Resumo de Capítulo quinze: Bela Flor - Romance gay

Resumo de Capítulo quinze – Uma virada em Bela Flor - Romance gay de Evy Maze

Capítulo quinze mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Bela Flor - Romance gay, escrito por Evy Maze. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

POV: Hyun-Suk

Isso é estranho de dizer, mas, me sinto bem.

Depois de enfim tomar coragem e aceitar que eu preciso ㅡ e quero ㅡ Jaejun perto de mim, decidi ir atrás do que acredito ser o correto, e agora tenho meu garoto dos cabelos de fogo perto de mim outra vez.

Ter Jaejun perto assim, mesmo que enroscado em meu pescoço como está agora quando estamos sobre a sua cama, é tudo o que me faz sentir que eu realmente fiz o certo seguindo o que ㅡ talvez ㅡ meu coração havia pedido.

Não estamos nus, não estamos sequer nos tocando. É apenas isso, um abraço silencioso e muito bom.

ㅡ Você não deveria estar aqui. ㅡ ele rompe o silêncio, erguendo o rosto que está sobre meu peito, sorrindo. ㅡ Eu cedi com muita facilidade...

ㅡ Não seja tão mau, meu bem. Estamos bem assim, não acha? E pensar que você quem me puxou até aqui quando eu só iria te deixar na sala e ir embora após roubar alguns beijos, eu acho que você está bem comigo aqui. Não era o que queria?

Jaejun sorri, me apertando ainda mais em seu abraço. Sua bochecha se esmaga em meu peito mais um pouco.

ㅡ Era...

ㅡ Então só vamos ficar mais um pouquinho assim, tudo bem? É gostoso te ter perto assim.

Ele assente, suspirando e voltando a ficar quietinho no silêncio. Olho como sorrateiramente, Jaejun leva seus dedos até os meus e assim começa a brincar.

ㅡ Sabe... Jackson jurou que quebraria suas pernas, preciso avisar que não será mais preciso.

Eu rio, desacreditado.

ㅡ Mas o que eu fiz para ter minhas pernas quebradas?

ㅡ Me fez se apaixonar por você e por um momento isso doeu muito. ㅡ fala calmo, mas sua pequena e sutil declaração faz todo o meu corpo tremer e instantaneamente meu coração acelerar.

ㅡ Você está mesmo apaixonado? ㅡ pergunto baixo.

Jaejun suspira, mas não parece querer esconder nada, então apenas assente com tranquilidade e me olha outra vez.

ㅡ Tudo bem para você eu estar apaixonado?

Observando seu rosto bonito outra vez, sorrio e ergo minha palma apenas para acariciar a bochecha fofa.

ㅡ Tudo. Eu também quero me sentir assim por você.

Ele ri, negando. Então se ergue um pouquinho sobre a cama, parando com o rosto de frente ao meu e me beija.

ㅡ Seu bobo, tenho certeza que esse coração já me pertence.

ㅡ Tanta certeza assim? ㅡ brinco, roubando outro beijo.

Jaejun assente, sorrindo e fechando os olhos apenas para repousar a cabeça sobre meu ombro.

Sinto seus dedos voltarem a brincar, mas dessa vez é sobre meu queixo, dedilhando aquela área com suavidade.

ㅡ Quer saber como foi meu primeiro dia no trabalho? ㅡ ele pergunta.

ㅡ Adoraria, meu bem.

Então Jaejun se ergue, sentando-se sobre os joelhos, e como uma criança animada conta-me tudo de seu dia. Com detalhes, pausas e até dramas.

Ouço tudo com atenção. Até mesmo a parte em que ele fala como o seu "Hajun chefinho" é bem-humorado, prestativo e como ele é ainda mais bonito do que havia percebido ser.

Essa parte me deu certo incômodo ao ouvi-la, mas tudo bem, Hajun é meu amigo e jamais tentaria me roubar minha flor assim.

ㅡ Você vai... dormir aqui? ㅡ ele pergunta, retirando a gravata que ainda usava, e eu até mesmo esqueço de responder sua pergunta, já que me perco em como ele ficou ainda mais bonito assim.

Arqueio minhas sobrancelhas, desviando meus pensamentos sobre ele e sua beleza.

ㅡ Você quer que eu fique?

Jaejun dá de ombros.

ㅡ Você quem sabe...

ㅡ Tudo bem. Eu durmo.

Ele sorri, deixando a gravata no canto e abre a camisa social que usa.

ㅡ Você comprou essas roupas? ㅡ pergunto me sentando sobre a cama.

ㅡ Jack me emprestou, são um pouco apertadas já que ele é um pouquinho mais magro que eu, mas quando receber meu salário compro um novinho.

ㅡ Vou marcar uma hora para você com o meu alfaiate. São ternos italianos, você gosta? O tecido é um pouco mais pesado, mas fica bastante alinhado no corpo. Em você ficará lindo.

ㅡ Eu... não sei, nem sabia que existia diferença. São muito caros?

ㅡ Meu bem, é mais divertido se você não souber o preço, sabia disso?

ㅡ Mas, Hyun-Suk... ㅡ ele faz bico, é claro que ele se sente desconfortável quando menciono qualquer coisa cara assim.

Talvez ele gere algum tipo de sentimento negativo sobre si mesmo se aceitar? Mas, caramba, eu quero mostrar que Jaejun pode ter tudo, e não é porque quero ficar com ele. Porque é óbvio, eu quero muito. Mas é porque eu... gosto muito dele. Ele merece o melhor.

ㅡ Meu bem, não se sinta mal em aceitar meus presentes.

ㅡ Eu só não quero que gaste com bobeiras para mim... se você continuar gastando seu dinheiro assim, uma hora ele acabará...

Me ergo da cama, sorrindo enquanto caminho em direção a ele. Tomo a liberdade de abrir o restante dos botões de sua camisa, olhando dentro de seus olhos.

ㅡ Meu bem, você tem ideia de quanto ganho por minuto? ㅡ Jaejun ofega quando abro sua camisa e deslizo apenas uma mão por sua cintura fina que logo se perde em meu toque. Vejo-o negar com a cabeça. ㅡ trezentos dólares.

ㅡ Por minuto? ㅡ ele arregala seus olhos tão lindos. Sorrio, apreciando como aquele seu modo é gracioso, mas assinto.

ㅡ Por minuto. São dezoito mil dólares por hora, mais de quatrocentos se contarmos por dia. Então quando eu digo: não se preocupe, por favor, não se preocupe, está bem?

Jaejun se mantém com seus olhos arregalados, mesmo quando eu me aproximo e beijo brevemente seus lábios que me matam a cada toque. Ele ainda se mantém assustado.

ㅡ Você acabou de me deixar completamente desconfortável.

ㅡ Não foi essa a intenção. Só quero que saiba que eu tenho dinheiro, gastar não é um problema.

ㅡ Eu não fazia ideia de que você é tão rico assim, Hyun-Suk... agora estou com vergonha.

ㅡ Vergonha, Jaejun? ㅡ rio, negando outra vez. ㅡ não fique.

ㅡ Juro que estou mortinho. Imagina, você ganha tudo isso e está aqui? Nessa casinha velha, nesse quarto sem graça e comigo?

ㅡ Estou no melhor lugar que eu poderia estar. E sabe o porquê? ㅡ ele morde o lábio inferior. Ele não mentiu quando disse que estava envergonhado, suas bochechas começam a ficar rosadas e o tom só vai ficando mais forte. ㅡ porque estou com você. Fosse aqui, na minha casa, em qualquer um dos meus prédios e apartamentos, eu ainda estaria no melhor lugar apenas por estar com você.

Jaejun sorri, seu jeito tímido me deixa louco, por isso levo minha outra mão e o aperto na cintura, trazendo-o completamente para mim.

Ele ofega, surpreso, mas seu sorriso continua exposto, de modo que me faz compreender que ele aprova aquilo.

ㅡ Tudo bem...

ㅡ Então não vai mais reclamar se eu te presentear com algo caro?

Jaejun ergue os braços, amarrando-os em meu pescoço. Seus dedos brincam com minha nuca.

ㅡ Talvez, mas... se quiser me dar algo caro demais, por favor, me avise antes, tudo bem?

ㅡ Isso significa que, o apartamento que estou planejando te dar, ele precisa ser anunciado antes? ㅡ sorrio, vendo o modo em como ele, novamente, volta a arregalar os olhos.

Jaejun me solta, livrando até mesmo minhas mãos de sua cintura. Observo-o negar com vagareza, desviando os olhos.

ㅡ Eu te disse que não quero mais isso...

ㅡ Não será aquele, pode esquecer, prometo. Será outro, posso te mostrar e você escolhe, você sabe que tenho vários.

ㅡ Não, não... Me deixe receber meu primeiro salário, e então procurarei um lugar para mim. Eu mesmo vou pagar...

ㅡ Que cabeça dura, Jeon, aish!

Ele me ouve, estou realmente chateado, mas com a minha própria tolice. Onde eu estava com a cabeça para colocar Jaejun no mesmo apartamento cujo Hesun e eu usávamos?

Eu fui um completo idiota!

Mas eu tenho mesmo outros apartamentos, até mesmo fora de Seul e da Coreia, ele pode escolher onde quiser morar, eu, com certeza, o darei qualquer um.

Mas Jaejun é irredutível, pelo menos por enquanto. Eu decido não insistir, talvez em outro momento ele mude de ideia.

Me afasto e retiro minhas meias. Enquanto retiro a calça, vejo-o se aproximar, quase como uma cobra que quer muito dar o bote. Olho-o e puxo o moletom que uso para fora de meu corpo, ficando apenas de cueca.

ㅡ O que faremos hoje?

Sinto o atrevimento em sua voz, mas analisando bem seu rosto bonito, ele está ainda mais tímido. Sorrio e o puxo outra vez para perto, colando nossos corpos, o fazendo ofegar mais uma vez devido o contato, mas desta vez, nossos corpos se sentem em suas temperaturas naturais, sem qualquer tecido nos impedindo.

ㅡ o que quer fazer?

ㅡ Quero... quero ir à loucura. ㅡ ele fala sorrindo, completamente vermelho. ㅡ com você.

ㅡ Quer mesmo? ㅡ sorrio ao ver como Jaejun assente sem sequer pensar. Isso me deixa ainda mais louco. ㅡ Então entre no banheiro, vamos tomar banho, juntos.

Isso não foi um pedido, mas eu gosto como Jaejun age quando me ouve falar assim. Ele assente, ainda parecendo tímido, mas não recua quando obedece.

Retiro minha cueca e não me envergonho quando seus olhos descem e constatam como nosso contato me deixou em tão poucos segundos.

Estou duro.

Sob seu olhar, adentro o pequeno banheiro, e logo abro o chuveiro que infelizmente, não tem opções de temperatura.

Quando sinto a água gelada bater contra minha pele, me encolho com o leve susto que tenho, mas ouço a porta fechar, e então tenho a visão de meu Jaejun ainda de cueca me olhando.

Sinto todo o meu corpo acender ainda mais quando ele sorri.

Jaejun está encolhido, parte de suas mãos cobrem sua barriga e sua também ereção. Olhando-me cheio de dúvidas, ele caminha até parar perto.

ㅡ Posso entrar? ㅡ pergunta rindo. Não há um box que separe o banheiro, no entanto, franzo o cenho. Ele quer entrar de cueca na água?

ㅡ Assim, meu bem? ㅡ aponto para sua cueca, e percebo como ele se encolhe ainda mais. ㅡ Tudo bem, não há problemas. ㅡ dou espaço para que ele adentre. Não quero que Jaejun se sinta desconfortável, tampouco forçado a fazer qualquer coisa.

Mas parece que sua coragem de antes some. Talvez porque eu não tive sequer a preocupação de mostrar-lhe como estou por si? Será que eu o assustei?

Ainda encolhido, Jaejun vem e para a minha frente, compartilhando a ducha que não é tão forte.

ㅡ Está fria. ㅡ ele ri, se encolhendo mais.

Sorrio e passo minhas mãos ao redor da cintura, o abraçando.

ㅡ Melhor assim?

Jaejun nega, mas ainda sorri.

ㅡ Como você é safado...

Eu não entendo de imediato, mas quando sinto Jaejun se remexer de leve, fazendo meu pau roçar sobre o seu, tento me afastar.

ㅡ Me desculpe. ㅡ peço, mas Jaejun nega, me segurando daquele jeito em si.

ㅡ Eu não disse que estava ruim...

Com nossos corpos juntos, Jaejun toma a iniciativa de me beijar, e então ainda com ele me apertando, eu empurro com leveza o seu corpo, o prendendo contra a pequena parede úmida.

Sinto as mãos incertas me soltarem e descerem por minha barriga, dedilhando cada músculo dali, até parar a alguns centímetros do meu pau.

Eu sei que ele quer tocar, que quer me ter em suas mãos, mas ele ainda não consegue fazer tal coisa sem se sentir completamente constrangido.

E é por isso que sou eu quem toma a iniciativa de fazê-lo gemer. Estoco devagar sobre seu pau e levo uma de minhas mãos até seus fios vermelhos, prendendo-me bem ali quando intensifico o beijo.

E é certo, Jaejun geme, se deixando levar sobre minha dominância.

Ele desce a mão e dedilha minha glande que ainda continua batendo contra a sua a cada vez que eu invisto.

Com o pequeno contato de nossas intimidades, eu também gemo contra sua boca, e tomado pelo meu prazer, toquei seu queixo e o ergo, descendo meus beijos por ali de forma agoniada e intensa, ouvindo como a cada vez os sons de Jaejun se tornam cada vez mais alto.

ㅡ Você me deixa louco, sabia? ㅡ sussurro.

Jaejun geme baixo outra vez, voltando a procurar por meus lábios. Quando os tem, os toma com tanta sede que nossos corpos se encontram agora com força.

Desço minha mão apenas para segurar o elástico de sua cueca e ainda esperando uma confirmação, desço-o minimamente.

ㅡ Vamos para a cama. ㅡ ele fala suspirando.

Eu paro com minha mão, assim também com minha boca e olho-o.

Jaejun tem a boca aberta, está ofegante. Seus olhos expressivos fazem os meus brilharem. Ele implora por aquilo sem precisar ditar uma palavra sequer.

Desligando o registro do chuveiro, eu busco a toalha que tem ao lado da área do banho e o seco. Retiro sua cueca, observando como ele é atento a cada coisa que faço consigo, por isso fiz questão que minhas mãos deslizassem por todo o seu corpo bem desenhado, ansiando para lhe ter em minha boca quando parei de frente com seu pau.

Mas me controlo.

Jaejun sorri quando eu termino e é o primeiro a deixar o cômodo. Vendo-o com seu sorriso que entrega mais do que deseja, eu me seco brevemente e sigo para fora. O observo adentrar os lençóis da cama, aquilo me faz ficar ainda mais louco por seu corpo. Ele está nu, completamente despido e à minha espera.

Abandonando a toalha, caminho despido até lá. Puxo os lençóis para adentrar ali também e sinto seu corpo nu procurar pelo meu de imediato, passando uma de suas perna por entre as minhas, me prendendo a si quando me olha de lado.

Sorrio de sua iniciativa e me volto para si também, louco para voltar a beijá-lo.

ㅡ Hyun-Suk... ㅡ ele chama por mim quando inicio beijos em seu pescoço. Jaejun suspira, deixando que seus dedos toquem meus cabelos. ㅡ Você me faz querer fazer coisas que eu nunca pensei fazer. ㅡ e ele confessa aquilo, me fazendo sorrir ainda contra sua pele fria, mordendo-o controladamente na região.

ㅡ E o que você quer fazer, minha flor? ㅡ sussurro a pergunta. Começo a mordê-lo ainda mais, sinto meu corpo queimar porque com Jaejun ainda preciso me controlar. Ele geme quando mordisco sua orelha, chupando sua pele logo abaixo.

ㅡ Você disse que me ensinaria a ser seu, então me ensine.

Assinto, descendo minha palma até tocar seu quadril. Puxo-o para que seu pau se arraste pelo meu. Observo como o rosto de Jaejun volta a ficar rubro quando seus olhos miram os meus e o toque não reprime o gemido que ele libera.

ㅡ Vai me ensinar? ㅡ pergunta, desviando os olhos para minha boca.

Sorrio, umedecendo-os e sinto Jaejun roubar um selar.

ㅡ Tudo bem, sente-se. ㅡ peço.

Jaejun morde o lábio outra vez. Percebo que talvez isso seja a forma em como ele encontre para liberar um pouco de sua timidez, por isso, ainda assim, ele obedece. O garoto se senta sobre seus joelhos e me olha assim.

ㅡ O que você sente quando me olha assim? ㅡ Pergunto, ainda deitado.

Jaejun deixa com que seus olhos desçam por meu corpo, naquele instante eu seguro meu pau, masturbando-o com suavidade.

Percebo como ele fecha as pernas ainda mais, umedecendo os próprios lábios. Ele sorri pequeno, talvez notando como se sente, e volta a olhar para meus olhos.

Sorrio em retorno, deixando que meu braço livre repouse debaixo de minha cabeça. Mas continuo me masturbando.

ㅡ Me sinto quente. ㅡ ele diz, sem desviar os olhos. ㅡ Sinto vontades...

ㅡ Do que sente vontade? ㅡ pergunto, gemendo baixo logo em seguida. Fecho brevemente meus olhos, mas volto a fitá-lo. Jeon tem a língua passeando por entre seus lábios mais uma vez, e suas mãos repousam sobre suas coxas, se apertando ali.

ㅡ De ter você. ㅡ ele sussurra e leva a mão até sua própria ereção, tocando-a e fazendo os mesmo movimentos que eu.

Nego sorrindo, e parando meus movimentos, o encaro.

Eles sabiam que eu não brincava quanto às minhas ameaças.

Sem deixar toda minha pose de lado, caminhei até o vigésimo segundo andar, último onde está situada minha sala, e rapidamente vi o modo em como meu secretário me analisou. Ele parecia ainda mais perdido, não entendendo nada das minhas atuais roupas, mas mesmo assim, se aproximou correndo, com seu típico modo agoniado e atrapalhado de ditar o que eu preciso fazer.

ㅡ Chefe Park, o senhor está atrasado. ㅡ ele fala rápido, me entregando o terno que buscou em minha casa.

ㅡ Não estou tanto assim, Lee.

ㅡ Senhor, a reunião está marcada para começar em dez minutos!

ㅡ Relaxa. ㅡ falo sem parar de caminhar. Ele me segue, é claro. ㅡ Sunhee te recebeu bem em casa?

ㅡ Sim, senhor, mas ela não me deixou entrar no seu closet, foi ela mesmo quem separou esse terno, disse que ficaria ótimo para uma terça ensolarada.

Ergo meu olhar para o terno que tenho em mãos e então vejo o conjunto rotineiro preto, comum e básico. Mas o diferencial está na camisa que ela me mandou. É amarela!

Típico de Sunhee.

ㅡ Não acredito nisso. ㅡ resmungo, mas não tenho tempo para reclamar de fato. ㅡ Algo mais? ㅡ pergunto, apenas olhando sobre meu ombro.

ㅡ Sim, senhor Jung e senhor Kim estão te aguardando e estão fazendo isso dentro da sua sala, chefe.

ㅡ Hajun e Hanguk estão aqui? ㅡ Lee assente. ㅡ o que querem a essa hora?

ㅡ Não disseram o assunto, senhor, apenas adentraram e disseram que te esperariam. Ah, eles pediram cafés também.

ㅡ E você fez? ㅡ paro, olhando-o incrédulo quando vejo-o assentir. ㅡ Não, Lee! Mandasse eles mesmo fazerem, esse por acaso é o seu trabalho?

ㅡ Não senhor, é que...

Suspiro.

ㅡ Tudo bem, não faça mais isso, ok? Eu sou seu chefe e estou falando isso agora. Já me sinto mal o bastante por ter te feito ir até minha casa buscar isso. ㅡ ergo a roupa, vendo-o quieto. ㅡ esse não é o seu trabalho, quero que entenda isso. A partir de hoje está proibido de fazer café aqui, entendeu? Você é meu secretário particular, é formado na melhor universidade do país e tem três certificados de fluência em línguas estrangeiras, não foi contratado para cafés.

Lee sorri pequeno, juntando as mãos em frente ao corpo e assente.

ㅡ Tudo bem, Chefe Park.

ㅡ Certo, obrigado por seu trabalho indo buscar isso para mim, não se preocupe, eu vou te recompensar. Agora pode ir fazer seu trabalho.

Vejo-o sorrir e fazer uma reverência maior do que necessário.

Assim deixo-o em sua mesa, e carregando o terno em mãos, adentro a sala, vendo um de meus amigos deitado no sofá de couro que há no canto, enquanto o outro está sentado sobre minha mesa de madeira, mexendo em tudo o que há nela, enquanto bebe o café que há em sua mão esquerda.

ㅡ Posso saber o que fazem aqui há essa hora? ㅡ pergunto retirando Hajun de cima de minha mesa e deixando o terno que irei vestir ali, logo retirando o casaco de Jaejun, e sentindo o cheiro de seu perfume no trajeto que faço.

ㅡ Que tipo de roupa é essa? ㅡ Hanguk quem pergunta. Dobrando o casaco com cuidado, coloco-o sobre a madeira. ㅡ é assim que vem trabalhar agora? ㅡ sorri.

ㅡ Não são roupas minhas, mas isso não vem ao caso. Vocês ainda não me responderam o que perguntei. E outra, porque mandaram meu secretário fazer café?

ㅡ Foi ideia de Hanguk, ele disse que o garoto é bonito e queria testar a "obediência" dele. ㅡ Hajun revirou os olhos, negando. ㅡ eu disse que foi algo tonto de ser feito

ㅡ Foi muito tonto. Você nunca mais mande o Lee fazer esse tipo de coisa, entendeu? Eu não quero que ele ache que desvalorizamos os seus talentos. ㅡ falei olhando para o Kim. ㅡ se quer um submisso, arrume um, não faça isso logo com o meu secretário, não é assim que você consegue algo, seu idiota. Ele só ficou com medo de ser demitido caso não fizesse!

ㅡ Eu disse isso. ㅡ Hajun outra vez diz, e busca o casaco que eu dobrei. ㅡ De quem é isso? É bem bonito, mas não é de marca.

ㅡ Deixa de ser xereta, caralho. ㅡ tomo de suas mãos e dobro novamente, tomando cuidado para não estragar o tecido.

Agora retirando a calça, fico apenas de cueca. Busco o terno que Lee me entregou e visto a calça.

ㅡ O que estão fazendo aqui? ㅡ perguntei mais uma vez.

ㅡ Viemos saber o porquê de você não ter nos atendido ontem. ㅡ Hanguk enfim se erguendo, ajeitando alguns botões de sua camisa social preta.

Fechando a calça, busco a camisa bem passada ㅡ e amarela ㅡ e a visto, ajeitando-a por dentro da calça para que fique bem presa.

ㅡ Fui até a Jung, ontem. ㅡ falo e olho para Hajun, que abre os olhos em espanto.ㅡ falei com Jaejun quando ele largou, e então resolvemos ir jantar numa barraquinha de rua e depois passamos a noite juntos, não atenderia sequer a ligação do presidente estando com ele.

Hanguk ri.

ㅡ Desde quando está apaixonado?

ㅡ Você resolveu mesmo ir atrás do garoto? ㅡ Hajun pergunta, me vendo assenti. ㅡ Admito que estou surpreso.

ㅡ Espera, o que perdi enquanto estava viajando? ㅡ Hanguk pergunta e, desta vez, ele parece até sério, bastante curioso eu diria. Enquanto ajeito minha gravata, sorrio junto à Hajun e nego.

ㅡ Não perdeu nada. Apenas tenho um garoto agora, e esse é completamente diferente dos outros.

ㅡ É o da boate?

ㅡ Esse mesmo.

ㅡ Ele aceitou o cartão? Quando foi isso?

ㅡ A pergunta certa é: você o convidou? ㅡ Hajun retruca, mas sua pergunta é para mim, por isso que, junto à Hanguk, ele me encara.

ㅡ Ainda não, mas como disse, com ele é diferente. ㅡ termino de ajeitar o terno sobre meu corpo e olho-me sobre o espelho que há no canto de minha sala.

ㅡ Então ele não será seu submisso?

ㅡ Se tudo der certo, ele será sim, mas também será mais do que apenas isso.

ㅡ Vish, pronto, então você irá querer pedir o garoto em casamento? Por favor, Hyun-Suk, sabemos bem que isso não é seu jeito. Você já passou por isso uma vez, se lembra?

Olho para Hajun através do espelho e vejo-o com seu sorriso desafiador.

ㅡ É diferente dessa vez, e o único surtado assim aqui é você. Ou pensa que me esqueci de quando você me contou como era seu sonho casar com o Min?

Eu rio do modo em como ele bufa alto.

ㅡ Porque você sempre fala dele?

ㅡ Porque é a ele que você entregou seu coração. ㅡ é Hanguk quem responde, me fazendo gargalhar e sentar-me sobre minha cadeira. Olho para meu relógio, minha reunião começa em menos de dois minutos. ㅡ Sejamos claros também, Hajun, o garoto no qual você está agora não chega sequer a fazer seu coração sambar, como Min JiHo fazia e ainda faz, não é?

ㅡ Esta conversa já não está mais tão legal assim ㅡ Hajun fala chateado e senta em meu sofá, ao lado de Hanguk. ㅡ anda, vamos voltar a falar do meu funcionário.

ㅡ Seu funcionário? ㅡ Hanguk pergunta confuso. ㅡ é sério, eu passei algumas semanas em Paris, apenas isso, e vocês viram suas vidas de cabeça para baixo?

ㅡ Não é nada de mais, mas Jeon Jaejun, o tal garoto-barra-a-flor-do-Park, agora meu co-secretário. Sorah comentou o quanto ele gostou de lá, e também deixou escapar que ele me chama de Hajun chefinho. ㅡ ele ri, mas me encara e sabe que isso faz toda a minha espinha queimar.

ㅡ Não há graças nisso, Hajun. Jaejun é meu.

ㅡ Possessivo, credo. Melhore isso. ㅡ ele torna a brincar, mas sequer retruco, já que batidas na porta fazem nossa atenção ser guiadas ao Lee que logo adentra envergonhado quando olha para os outros dois ao meu lado.

ㅡ Desculpa incomodar, chefe Park, mas os acionistas já chegaram e estão apenas te aguardando para iniciar a reunião.

ㅡ Ok, obrigado Lee.

Ele assente logo se retirando e então olho bem para a cara de meus dois amigos.

ㅡ sábado irei até a scandal. ㅡ aviso a ambos.

Vejo como eles se olham e, confusos, tornam a me encarar.

ㅡ E o seu garoto? ㅡ Hanguk pergunta.

ㅡ Você irá levá-lo? ㅡ Hajun pergunta, novamente surpreso.

Sorrio para ambos, mas os vejo trocarem olhares novamente, mas agora estão sorrindo, constatando o óbvio.

ㅡ É claro que irei. Acho que está na hora de mostrar a Jaejun um pouco do meu mundo.

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